O estudo A Amazônia e os Objetivos do Milênio 2010 (Celentano, D., Santos, D. & Veríssimo, A. Imazon. 2010.) analisa criteriosamente a evolução da região em relação ao ODM, e demosntra que na grande maioria dos indicadores analisados, embora acompanhando o país, a velocidade das melhorias são bem menores na maioria dos casos. Mantendo assim a triste sina colonial da região, em acompanhar o crescimento marginal da corte.
No link abaixo pode-se "baixar" a publicação completa diretamente do sitio do Imazon.http://www.imazon.org.br/novo2008/publicacoes_ler.php?idpub=3772
Fonte: Valor Econômico (SP) 20/12/2010:
Pobreza mantém Amazônia distante do país
Por Daniela Chiaretti
De São Paulo
Se a boa notícia da Amazônia é que o desmatamento nunca foi tão baixo na história deste país, a má notícia é que os indicadores sociais mostram uma região com problemas crônicos e preocupantes. Apesar de alguma melhora, a Amazônia está distante do Brasil em relação à pobreza, às doenças, ao saneamento básico e à saúde materna. Colocando foco em alguns desses parâmetros, os brasileiros que vivem em nove Estados da floresta parecem fazer parte de outro país.
A pobreza, por exemplo, afetava 42% da população amazônica em 2009. A média brasileira naquele ano era de 29%. Segundo dados do mais recente Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 24 milhões de pessoas moram na Amazônia e 80% estão nas cidades. O crescimento da população da região nos últimos 20 anos foi de 41% (a média brasileira bateu em 31%), e a migração tem papel importante nesse número. Em 2009, mais de 10 milhões de pessoas viviam com menos de meio salário mínimo por mês.
Paradoxalmente, na região que mais tem recursos hídricos no mundo, o acesso à água potável e o saneamento básico são serviços precários. Em 2009, 34% da população amazônica não tinha água encanada. A metade não possuía coleta de esgoto adequada - ou seja, ligada à rede ou com fossa séptica. Não há dados disponíveis sobre tratamento do esgoto. O que se sabe é que, há dois anos, 81% dos municípios amazônicos não tinham nenhuma rede de coleta de esgoto.