quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Amazonia longe dos objetivos do milênio (ODM)

O estudo A Amazônia e os Objetivos do Milênio 2010 (Celentano, D., Santos, D. & Veríssimo, A. Imazon. 2010.) analisa criteriosamente a evolução da região em relação ao ODM, e demosntra que na grande maioria dos indicadores analisados, embora acompanhando o país, a velocidade das melhorias são bem menores na maioria dos casos. Mantendo assim a triste sina colonial da região, em acompanhar o crescimento marginal da corte.
No link abaixo pode-se "baixar" a publicação completa diretamente do sitio do Imazon.http://www.imazon.org.br/novo2008/publicacoes_ler.php?idpub=3772

Fonte: Valor Econômico (SP) 20/12/2010:
Pobreza mantém Amazônia distante do país

Por Daniela Chiaretti
De São Paulo

Se a boa notícia da Amazônia é que o desmatamento nunca foi tão baixo na história deste país, a má notícia é que os indicadores sociais mostram uma região com problemas crônicos e preocupantes. Apesar de alguma melhora, a Amazônia está distante do Brasil em relação à pobreza, às doenças, ao saneamento básico e à saúde materna. Colocando foco em alguns desses parâmetros, os brasileiros que vivem em nove Estados da floresta parecem fazer parte de outro país.
A pobreza, por exemplo, afetava 42% da população amazônica em 2009. A média brasileira naquele ano era de 29%. Segundo dados do mais recente Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 24 milhões de pessoas moram na Amazônia e 80% estão nas cidades. O crescimento da população da região nos últimos 20 anos foi de 41% (a média brasileira bateu em 31%), e a migração tem papel importante nesse número. Em 2009, mais de 10 milhões de pessoas viviam com menos de meio salário mínimo por mês.
Paradoxalmente, na região que mais tem recursos hídricos no mundo, o acesso à água potável e o saneamento básico são serviços precários. Em 2009, 34% da população amazônica não tinha água encanada. A metade não possuía coleta de esgoto adequada - ou seja, ligada à rede ou com fossa séptica. Não há dados disponíveis sobre tratamento do esgoto. O que se sabe é que, há dois anos, 81% dos municípios amazônicos não tinham nenhuma rede de coleta de esgoto.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Acre regulamenta extração, coleta e transporte do Daime

Mais uma vez o estado do Acre sai na frente com sua preocupação com o meio ambiente e sustentabilidade. Com uma prática intensiva relativamente recente,
o consumo da ayahuasca, e a consequente retirada de seus "ingredientes" da floresta, vem reduzido gradativamente a ocorrência desses vegetais.(como ocontece aliás com uma grande quantidade de produtos florestais)
A ação visa contralar essa retirada indiscriminada e combater o forte comércio paralelo a utilização para os fins religiosos mais tradicionais.
Fonte: Terra Magazine 23/12/2010  
Altino Machado

As organizações religiosas do Acre que utilizam em seus rituais a Ayahuasca, também conhecida como Daime, Santo Daime, Vegetal ou Hoasca, terão que se adequar à resolução publicada nesta quarta-feira (22) pelo governo do Acre regulamentando autorização para extração, coleta e transporte do cipó (Banisteriopsis spp.) E da folha do arbusto (Psychotria viridis), usados em cozimento no preparo da bebida.
O plantio, extração, coleta e transporte com o fim comercial ou lucrativo do jagube e chacrona, como são mais conhecidos o cipó e a folha, é considerado pela resolução como incompatível com o uso religioso e não será passível de autorização.
A Ayahuasca é uma bebida enteógena utilizada como sacramento por seguidores de várias organizações religiosas no país e até no exterior.
O Estado do Acre reconhece o uso ritualístico da Ayahuasca como prática religiosa legítima e ancestral manifestação cultural, pela relevância de seu valor histórico, antropológico e social, merecedora da proteção do Estado.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Tabela Periódica será corrigida pela primeira vez na história

Mudando um pouco de assunto. Interessante a matéria da  Newsletter n. 339 do Instituto de Engenharia de SP, para engenheiros, que como eu,  já atuaram com engenharia de avaliações, e estão habituados a tratar os valores de forma probabilística, e não determinística. Porém agora são os químicos que terão que adaptar seus conhecimentos, para 10 elementos da tabela, pois o peso atômico deles agora varia dentro de um intervalo e não são mais um valor determinístico como sempre foi por mais de 150 anos.

Transcrito da Newletter n. 339 do Instituto de Engenharia

Tabela Periódica será corrigida pela primeira vez na história
Inovação Tecnológica
Publicado em 17 de Dezembro de 2010

Pela primeira vez na história, os pesos atômicos de alguns elementos da Tabela Periódica serão alterados.
A nova Tabela Periódica, descrita em um relatório científico que acaba de ser divulgado, irá expressar os pesos atômicos de 10 elementos de uma forma diferente, para refletir com mais precisão como esses elementos são encontrados na natureza.
Os elementos que terão seus pesos atômicos alterados são: hidrogênio, lítio, boro, carbono, nitrogênio, oxigênio, silício, cloro, enxofre e tálio.
"Por mais de 150 anos os estudantes aprenderam a usar os pesos atômicos padrão - um valor único - encontrados na orelha dos livros didáticos de química e na Tabela Periódica dos elementos," comenta o Dr. Michael Wieser, da Universidade de Calgary, no Canadá e membro da IUPAC (União Internacional de Química Pura e Aplicada).
Contudo, explica ele, conforme a tecnologia foi evoluindo, os cientistas descobriram que aqueles números tão bem decorados não são tão estáticos quanto se acreditava anteriormente.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O desafio da globalização para o açaí dos paraenses


Transcrevo artigo de Lúcio Flavio Pinto tratando da explosaõ do consumo do açai nosso de cada dia, que caiu no gosto de todo mundo e, embora tenha aumentado e muito a produção, está se tornando escasso para o paraense. comum. Externaliza a procupação do garantir a origem do produto amazônico, como amazônico, antes da transposição do cultivo para outras plagas, apagando a essência de sua origem.
Fonte Jornal Pessoal.
Antigo versinho, de largo uso local, revela um dos principais atrativos do Estado: “Quem vem ao Pará, parou; tomou açaí, ficou”. Mas não eram muitas as pessoas que vinham ao Pará. E nem todas elas apreciavam o açaí, que continuou a ser um patrimônio exclusivo dos paraenses e, em menor grau, de outros Estados da Amazônia.
Em 2000 a situação começou a mudar, rápida e intensivamente. Disparado o maior produtor nacional, o Pará extraiu naquele ano 380 toneladas, quase exclusivamente para o consumo interno. No ano passado, a produção alcançou quase 10 mil toneladas - e se tornou insuficiente para suportar a demanda. Boa parte dela foi para outros Estados e alguns países.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Conter o desmatamento é a herança de Lula e o desafio de Dilma.

Com frequência duramente criticado na temática ambiental pela impresa, em seu final, observamos textos, como o pastado abaixo, reconhecendo o desempenho "inacreditável" do governo Lula em relação ao combate ao desmatamento.

Atenção total para preservar a floresta
Fonte: Valor Econômico 17/12/2010

Daniela Chiaretti

O maior trunfo dos oito anos de governo Lula na área ambiental é também o desafio da próxima presidente: o desmatamento da Amazônia. Quando Luiz Inácio Lula da Silva tomou posse, a taxa anual de desmate era espantosa. Chegou a bater em 27 mil quilômetros quadrados em 2004, o que dava quase um Haiti. O legado de Lula é inacreditável nesse campo: a taxa de desmatamento deste ano, fechada em julho, é de menos de 6.500 quilômetros quadrados, o que evidencia que a estratégia de conter a derrubada deu muito certo. É exatamente aí que está o primeiro desafio da presidente Dilma Rousseff: a proposta de mudança do Código Florestal que está na linha de frente do Congresso pode ameaçar esta trajetória de sucesso. Esse é o temor de ambientalistas e de estudiosos da Amazônia, embora a senadora Katia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), insista que a proposta em análise - o relatório do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) - não irá promover derrubadas. Há poucos dias, em Cancún, no México, durante a conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, a senadora disse a interlocutores e jornalistas do mundo todo que o texto de Rebelo "apenas regularizará a propriedade de terra dos agricultores."

A fusão entre clima e biodiversidade

 Fonte: Página 22. Ed.48 Gisele Neuls* e Gustavo Faleiros* 

O Redd avança usando a lógica de compensar o custo de oportunidade do desmatamento. Um dos riscos é favorecer grandes proprietários rurais em detrimento dos pequenos
Em decorrência do formato das decisões tomadas em 1992 na Cúpula da Terra no Rio de Janeiro, a proteção da biodiversidade e o combate ao aquecimento global são temas que não se misturam na agenda das Nações Unidas. No entanto, o desmatamento de florestas tropicais, por ser uma fonte relevante nas emissões de gases de efeito estufa, tem colocado essas duas dimensões da questão ambiental no mesmo tabuleiro. Essa fusão tem sido acelerada pela busca de instrumentos econômicos que permitam conservação da natureza com geração de renda.

sábado, 27 de novembro de 2010

BICICLETA DE BAMBU

De volta enquanto não roda o sítio Amazonidade.com, posto essa interessante  matéria do sitio do PNUD.
Nairóbi, 16/11/2010
Bicicleta de bambu ganha prêmio ambiental
Projeto africano foi um dos 30 homenageados com o Seed 2010, que valoriza ações sobre sustentabilidade nos países em desenvolvimento




da PrimaPagina

Uma empresa que produz bicicletas de bambu e outra que fabrica máquinas de lavar que independem de água encanada ou energia elétrica para funcionar estão entre os 30 vencedores do Prêmio Seed (“Semente”, em inglês), que reconhece ideias inovadoras e voltadas para a sustentabilidade nos países em desenvolvimento.

domingo, 22 de agosto de 2010

Texto do Prof. Armando Mendes

Depois de uma longa parada para reflexão, férias e outras atividades estou de volta. Apresentando o texto: Breve introdução à Teoria Geral de uma verdadeira ACADEMIA AMAZÔNICA, entregue pelo próprio autor o Prof. Armando Mendes, grande amazonólogo que tive a honra de conhecer pessoalmente, e que, entre tantos outros atributos, cunhou o neologismo que dá título a este espaço. Fiquei imensamente feliz por ter tido o privilégio de conhecer um homem culto, de inteligencia superior, vivaz e instigante, totalmente apaixonado pela Amazônia, a qual é o tema central de sua intensa produção intelectual.

Breve introdução à Teoria Geral de uma verdadeira ACADEMIA AMAZÔNICA
Armando Dias Mendes 
Professor universitário aposentado, não inativo
Fundador do NAEA - Núcleo de Altos Estudos Amazônicos

Em suma:
Plataforma
      I - O trivial acadêmico
a academicidade genérica
   II - O radical amazônico
a amazonidade específica
III - O acadêmico amazônico ideal
a trivialidade nada banal da academia amazônica

sábado, 3 de julho de 2010

Biodiversidade ou Biomassa?

Neste artigo Flavia Pardini registra uma questão bastante interessante levantada pelo pesquisador  Craig Leisher em recente seminário ocorrido em Londres. É uma constatação acadêmica baseada em extensa revisão bibliografica, mas que pode ser intuida facilmente quando se observa a realidade das pessoas em áreas de conservação com recente implantação, ou sobre processo de fiscalização intensa, como na necessária e exemplar  operação arco de fogo, onde há uma intervenção abrupta em grande parte da atividade econômica local, sem a apresentação de contrapartida imediata para a vida das pessoa que dela dependem.

Defendo e propago sempre a necessidade basilar de conservação da natureza, em especial pelo foco deste espaço, do bioma amazônico, mas insisto que ela tem que ser pensada sempre em harmonia com a população lá habita. 

Com que bio eu vou?

Fonte Revista Página 22
por Flavia Pardini*
Um pesquisador afirma que biomassa é mais importante para reduzir a pobreza do que biodiversidade, atiçando o debate acadêmico sobre conservação a favor dos pobres
Radar “As pessoas não se interessam pela biodiversidade”, resumiu Craig Leisher, pesquisador-sênior da ONG The Nature Conservancy, ao explicar à imprensa os resultados de uma revisão de 400 artigos científicos e documentos sobre projetos em que a conservação da biodiversidade funciona como mecanismo para redução da pobreza.
Leisher e seus colaboradores concluíram que às vezes o mecanismo oferece uma rota para que a população local saia da pobreza, porém mais frequentemente atua como rede de segurança para evitar que mergulhe ainda mais fundo nela.  E, em alguns casos, pode se tornar armadilha de pobreza.
A prioridade, quando se trata de reduzir a pobreza, segundo Leisher, deve ser a biomassa, e não a biodiversidade.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Apostando no monitoramento global de florestas tropicais, Inpe inaugura instalações em Belém

Saindo da área da Embrapa, onde estava instalado provisóriamente e instalando-se no Parque ciência e Tecnologia do Guamá, o CRA do INPE começa na casa nova com a assinatura de convênios e mostrando a força da instituição que é tão importante para o monitoramento da Amazônia.

Fonte VNews - 09h12min - 01/07/2010

Durante a cerimônia, Instituto assina acordo que irá permitir a realização de nove cursos em vários idiomas
Em seu Centro Regional da Amazônia (CRA), em Belém, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) capacitará técnicos de vários países para o monitoramento por satélite de florestas tropicais.
Nesta quinta-feira (1), durante a cerimônia de inauguração da sede própria do CRA, o Inpe assina com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) acordo que irá permitir a realização de nove cursos que serão ministrados em inglês, francês e espanhol ao longo de três anos – entre 2010 e 2013.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mesmo atrasada, BR-163 atrai cobiça de empresários

Fonte: Valor Econômico. 21/06/2010
Aos poucos, e ainda lentamente, o asfaltamento da BR-163 começa a sair do projeto onde permaneceu ao longo dos últimos 34 anos. Mas a rodovia que rasga o coração do país, ligando Cuiabá (MT) a Santarém (PA), ainda terá um sinuoso caminho até superar crateras, atoleiros e o poeirão típicos de seus 956 quilômetros de terra batida.
Otimista, o governo estima concluir metade da obra de R$ 1,5 bilhão até o fim de 2010. Até agora, porém, apenas 93 km dos 408 km contratados foram efetivamente terminados, informa o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em 12 trechos, só 23% foram finalizados até aqui. Outros 506 km da estrada, que figura como prioridade no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ainda são um esboço dependente da contratação de empreiteiras - isso equivale a 45% do total da obra. Os trechos em convênio com o Exército são alguns dos mais atrasados. Ainda assim, a confiança na pavimentação da BR neste ano é tanta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve inaugurar, em julho, um pequeno trecho de 5 km que corta a cidade de Novo Progresso, mas que ainda liga o nada a lugar nenhum.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Atuação de estrangeiros em ONGs na Amazônia dependerá de autorização do governo

Enviada por Daniel Soeiro
Fonte: Agência Pará
A participação de estrangeiros em associações que atuam na Amazônia Legal exigirá prévia aprovação do Ministério da Justiça, como previsto em projeto de lei (PLS 12/03) aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) nesta quarta-feira (16). O texto foi proposto pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurou denúncias a respeito da atuação irregular no país de organizações não governamentais (ONGs). A comissão encerrou seus trabalhos em 2003, depois de dois anos de atividade, ganhando destaque como a CPI da Biopirataria.

Página na internet vai monitorar Fundo Amazônia

Fonte: Instituto Socioambiental. 16/06/2010 17:11
A ideia é ampliar a participação da sociedade civil no acompanhamento da aplicação dos recursos e de seus resultados. Ferramenta vai disponibilizar publicações, dados e reportagens sobre projetos e assuntos relacionados
O ISA colocou no ar o site De Olho no Fundo Amazônia (http://deolhonofundoamazonia.ning.com/) para monitorar a gestão do fundo criado pelo governo brasileiro, em 2008, para financiar ações de prevenção, combate e vigilância ao desmatamento. A iniciativa pretende ser um canal aberto à sociedade civil para acompanhar a aplicação dos recursos, os critérios usados na seleção dos projetos e seus resultados. ONGs têm reivindicado mais transparência e participação na administração do fundo, a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Floresta em pé pode gerar mais renda do que desmatamento

Fonte: Valor Econômico - 07/06/2010
Autor(es): Ediane Tiago, para o Valor, de Brasília


O desenvolvimento sustentável da Amazônia é questão polêmica e exige revisão dos modelos de negócios propostos para a preservação. De acordo com Bertha Becker, geógrafa e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a venda de crédito de carbono pode limitar a produtividade da região, se for vista como única alternativa. "Temos de abandonar a ideia de mercantilizar a natureza e encontrar meios para desenvolver a economia", afirmou a pesquisadora durante a 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizada em Brasília, no fim de maio.
Para ela, tornar a Amazônia improdutiva é o pior caminho. Não adianta remunerar a preservação, sem dar condições de a população trabalhar e melhorar de vida. A saída é explorar as riquezas da floresta e mantê-la em pé, gerando emprego e renda. Isso só ocorrerá se houver atribuição de valor à região, resgatando o zoneamento ecológico-econômico. Pela lógica, o modelo permitirá que a exploração dos recursos florestais seja competitivo com as atividades como extração de madeira, pecuária e agricultura. "Áreas como biotecnologia e engenharia genética são promissoras na região. Se elas gerarem mais renda que as atividades exercidas atualmente, serão opção natural", comenta Bertha.

Cikel unifica área de pisos e transfere produção para o Pará

Fonte: Valor Econômico - 01/06/2010 Autor(es): Marli Lima, de Curitiba

O grupo Cikel, que atua nos ramos de madeira e siderurgia, vai unificar sua área de pisos e transferir a fábrica que possui em Araucária (PR) para Ananindeua (PA), onde conta com outra unidade. Também vai investir R$ 80 milhões em ampliação e modernização de sua estrutura, para aumentar a produção em 50%. A intenção é reforçar a atuação no mercado brasileiro e aproveitar o bom momento da construção civil no país.

Previ, Petros, Funcef e FI FGTS são os novos sócios de Belo Monte

Fonte: Valor Online - Josette Goulart 14/06/2010 08:56:42
A nova sociedade do consórcio que vai ter a concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte já está fechada. O FI FGTS e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef vão ter direta ou indiretamente, por meio de empresas que participam, cerca de 30% da sociedade. . A única participação direta será...

A nova sociedade do consórcio que vai ter a concessão da usina hidrelétrica de Belo Monte já está fechada. O FI FGTS e os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef vão ter direta ou indiretamente, por meio de empresas que participam, cerca de 30% da sociedade. A única participação direta será do fundo dos funcionários da Petrobras, que ficam com 10%. A Previ também terá 10% de Belo Monte, mas por meio da 521 Participações - que é a empresa dona da Neoenergia. O FI FGTS entrará por meio da J. Malucelli Energia, onde detém 40% das ações e a Funcef, por meio da Cevix, empresa que o fundo de pensão dos funcionários da Caixa tem em parceria com a Engevix.

Organizações da sociedade civil divulgam manifesto pela boa governança ambiental no MT

[10/06/2010 23:45]
As organizações signatárias, que atuam em Mato Grosso, questionam a gestão ambiental no estado depois que a Operação Jurupari revelou um esquema de fraudes de licenças ambientais envolvendo funcionários da Secretaria de Meio Ambiente do estado. Pedem mais seriedade e empenho nas políticas ambientais e solicitam do governo estadual e da Assembleia Legislativa uma manifestação sobre os pontos levantados no documento.
O documento, reproduzido abaixo, é assinado pelo Fórum Mato-grossense de Meio Ambiente e Desenvolvimento (Formad), Instituto Centro de Vida (ICV), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Instituto Socioambiental (ISA), Operação Amazônia Nativa (Opan), The Nature Conservancy (TNC).
Manifesto público pela boa governança ambiental no Estado de Mato Grosso
de junho de 2010

Mudanças vão reduzir custo de Belo Monte em pelo menos R$ 1 bi

Fonte: O Estado de S.Paulo 12/06/2010 15:27:24
Presidente do consórcio Norte Energia diz que alterações também reduzem o impacto ambiental da hidrelétrica

O presidente do consórcio Norte Energia, José Ailton de Lima, afirmou ontem que as melhorias propostas para a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, vão reduzir, em pelo menos R$ 1 bilhão, o custo do empreendimento. "Esse é o valor que conseguimos apenas com a concretagem", destacou o executivo, após participar do leilão de transmissão de energia elétrica, ontem, em São Paulo.
Entre as melhorias avaliadas pelo consórcio estão a redução do número de canais de desvio da água, a diminuição do número de turbinas de 20 para 18, redução do tamanho da casa de força e o deslocamento dos vertedouros da casa de força principal para secundária.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O desafio da sustentabilidade na Amazônia

Autor(es): Bettina Barros, de Paragominas (PA)
Fonte: Valor Econômico - 11/06/2010

Chegar ao topo de um ranking é, sem dúvida, um feito. Já manter-se na liderança é uma tarefa complexa, sobretudo quando se trata de madeira, pecuária e Amazônia.

Paragominas terá pela frente o desafio de ser líder ambiental em uma parte do Brasil castigada por moto-serras e balas. O município paraense localizado a 300 quilômetros da capital, Belém, foi o primeiro na região a adotar medidas para ordenar seu território e frear a derrubada da floresta. Por causa disso, após dois anos de boicote de crédito público, Paragominas foi retirado da lista dos maiores desmatadores da Amazônia, elaborada pelo Ministério do Meio Ambiente. Agora vem o mais difícil.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Motosserra sem ideologia

Fonte: O Estado de S.Paulo 01 de junho de 2010
XICO GRAZIANO -
''Há quem imagine que pequenos agricultores sejam mais ecológicos que grandes produtores rurais. Políticos que se julgam da "esquerda" propagam que a agricultura familiar faz bem à natureza, enquanto o agronegócio destrói o meio ambiente. Pura ideologia. Nunca nenhum estudo da realidade comprovou isso.
O equívoco desse pensamento mostra origens remotas. Desde 1775, quando o filósofo francês Jean-Jacques Rousseau, em seu famoso discurso sobre a origem da desigualdade, conceituou o "bom selvagem", constrói-se certa imagem de que o homem perdeu sua pureza no processo civilizatório. Antes, vivia em harmonia total. Depois, chegou a maldade sobre a Terra.
O raciocínio bem-aventurado procura se aplicar, hoje, aos indígenas. Ambientalistas argumentam que os povos da floresta, na Amazônia, por exemplo, vivem de forma ecológica. Avatar, belo filme, sublima essa questão, agradando sobremaneira aos defensores da natureza. Antropólogos, todavia, não corroboram facilmente tal ideia.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Belo Monte e o diabo :: Carlos Lessa

Fonte: Valor Econômico 31/05/2010

Sistema brasileiro combina energia elétrica barata para as atividades eletrointensivas com energia extremamente cara para uso residencial e iluminação pública

O Brasil dispõe de três grandes bacias hidrográficas, cada uma regida por um calendário pluviométrico e regime climático próprio e diferenciado. Isto permitiu ao Brasil instalar a geração hidráulica como fonte prioritária de eletricidade e desenvolver um sistema integrado de usinas de geração e linhas de transmissão que possibilitou ao Brasil uma energia limpa, renovável e barata. O esquartejamento da privatização levou o país a uma situação que combina energia elétrica barata para as atividades eletrointensivas (como a produção de alumínio, cimento, papel e celulose) com energia extremamente cara para uso residencial, iluminação pública e empresas não eletrointensivas.

Jirau oficializa na Aneel aumento no número de turbinas

Fonte: Valor Econômico 01/06/2010

Chico Santos e Vera Saavedra Durão, do Rio

O consórcio Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionário da construção e operação da usina hidrelétrica de Jirau, no Rio Madeira (Rondônia), promete entregar esta semana à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) as últimas informações sobre a nova configuração da usina com a adição de seis turbinas, cada uma com 75 megawatts (MW), ao projeto original. A ampliação da hidrelétrica, que passaria de 3,3 mil MW para 3,75 mil MW, foi solicitada pelo consórcio há três meses e a definição deverá sair nas próximas semanas.

Eletrobras: custos socioambientais de Belo Monte receberão R$ 3,5 bi

Fonte: Jornal do Senado. http://www.senado.gov.br/
Edição de quarta-feira 02 de junho de 2010

Diretor das centrais elétricas diz que verba será destinada à realocação da população em áreas próximas ao reservatório, simultaneamente à realização da obra, por meio de um plano de desenvolvimento sustentável

Dos R$ 19 bilhões previstos para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, R$ 3,5 bilhões serão destinados aos custos socioambientais da obra, informou o diretor de Engenharia das Centrais Elétricas Brasileiras (Eletrobras), Valter Luiz Cardeal de Souza, que foi ouvido ontem pela subcomissão que acompanha as obras. A iniciativa do debate foi de Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que preside a subcomissão ligada à Comissão de Meio Ambiente (CMA).

terça-feira, 1 de junho de 2010

Empresa pesquisa e divulga materiais sustentáveis

Fonte http://www.akatu.org.br/ 27/05/2010
Banco de dados online disponibiliza projetos e materiais ecológicos para diversas áreas de atividade
Por Rogério Ferro, do Instituto Akatu
Hoje, todo setor pode adotar processos de produção e comercialização mais limpos sob o ponto de vista social, ambiental e econômico. Isso quer dizer que os processos podem interajir de forma harmônica com a sociedade, causar impactos mínimos ao meio ambiente e, ao mesmo tempo, gerar lucros. O que se vê no mercado atual, em decorrência disso, é uma crescente demanda por materiais e projetos sustentáveis.

Negociação climática recomeça com foco em proteção de florestas

Colaboração Daniel Soeiro
 
Fonte: Valor Econômico - 31/05/2010
O mundo tomou um porre de mudança climática em dezembro, nas duas semanas da Conferência do Clima de Copenhague. Passada a ressaca dinamarquesa, as negociações internacionais por um acordo forte recomeçam hoje, em Bonn, na Alemanha, e devem reunir delegações de mais de 170 países até 11 de junho. Todos os problemas que provocaram o impasse em Copenhague continuam no mesmo lugar e sem solução, mas há avanços. O processo agora mira a conferência de Cancún, no México, no fim do ano.
A maior novidade do novo round de negociações é um texto de 42 páginas e nove capítulos. Ele junta o texto produzido nos últimos dias da conferência com os grandes tópicos em discussão e o polêmico Acordo de Copenhague, que foi rejeitado por vários países na última sessão, mas que agora já tem o endosso de 150 nações. A esperança, em Bonn, é que avancem os trabalhos em questões menos controversas.
"Este é um passo a mais no caminho do acordo. Esperamos que haja convergência em torno de várias questões para que Cancún possa terminar a negociação", diz o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado, chefe da delegação brasileira. Antes de Cancún haverá outras duas reuniões da ONU, além de vários encontros multilaterais e fóruns como o das economias emergentes (o Basic), o das maiores economias do mundo (MEF) e o G-20, em junho, no Canadá.
Um dos temas que podem sair praticamente fechados de Bonn interessa particularmente ao Brasil. É o que trata de Redd, a redução nas emissões de gases-estufa por desmatamento ou degradação de florestas. O texto que estará em negociação tem três páginas e não há muitas partes entre colchetes, recurso usado pelos negociadores quando não concordam com algo. Na semana passada, em Oslo, na Noruega, países que costumam financiar a preservação florestal (como Noruega, França e Alemanha) prometeram doar US$ 4 bilhões para projetos de Redd entre 2010 e 2012, em um processo que corre paralelo às negociações da ONU.
"Este é o ano das florestas e do Redd", aposta Alexandre Prado, gerente de economia e especialista em clima da ONG Conservação Internacional. O palpite do ambientalista se baseia no avanço da discussão de Redd na negociação e no fato de Christiana Figueres, a nova secretária-executiva da Convenção do Clima da ONU, ser defensora dos mecanismos de Redd que possam ser financiados pelo mercado. A costa-riquenha vai substituir em julho o atual secretário, o holandês Yvo de Boer.
Outro tema sob a lupa em Bonn é o capítulo de adaptação às mudanças climáticas e a pressão para que o "fast start", dinheiro acertado em Copenhague (US$ 30 bilhões em três anos, para os países mais vulneráveis) comece a sair. Pode haver avanços também na transferência de tecnologias limpas e criação de um sistema de governança eficiente e confiável.
"Esta é a primeira reunião depois de Copenhague, na qual vai se discutir o conteúdo do acordo", diz Kim Carstensen, líder da WWF para as questões de clima. "É uma oportunidade para vermos progresso real e terminarmos com a confusão que surgiu em dezembro [em Copenhague]."
"Mas tudo isso é um pacote com vários elementos", diz um representante do governo brasileiro. "Em toda negociação não se adotam elementos individualmente, o que se adota é o pacote inteiro. Ou seja, o Brasil não vai deixar que o capítulo sobre florestas vigore enquanto as outras arestas do acordo climático internacional ? Como finanças, por exemplo ? Não estejam funcionando também. O que pode significar mais adiamentos. Sem florestas, o Brasil perde parte de seu poder de negociação.

Floresta Amazônica: um mosaico cultural que o Brasil desconhece

Colaboração do Daniel Soeiro

Floresta Amazônica: um mosaico cultural que o Brasil desconhece

Por Natalia do Vale
A floresta amazônica brasileira tem cerca de 13 milhões de habitantes, segundo dados do IBGE. Destes, 300.000 são migrantes que vieram principalmente do Nordeste, atraídos pelo sonho de ganhar dinheiro trabalhando em madeireiras, mineradoras, criação de gado, plantio de soja, milho e outros produtos agrícolas. Além do sonho de ter um futuro melhor, estes trabalhadores trazem na bagagem os costumes de seus lugares de origem e uma infinidade de novas histórias, que contadas com sotaques diferentes, se misturam à cultura dos mais de 162 grupos de índios da região, formando um verdadeiro mosaico cultural.

domingo, 30 de maio de 2010

Artigo do Jornal do Brasil de hoje

Hidrelétricas e movimentos sociais :: Humberto Viana Guimarães

ENGENHEIRO CIVIL E CONSULTOR
Alguns ambientalistas, ONGs, religiosos e os movimentos sociais são contra as usinas eólicas porque as aves se chocam contra as suas hélices; as usinas hidrelétricas porque inundam alguns quilômetros quadrados; a biomassa porque a cana-de-açúcar avança sobre áreas produtivas; e as usinas nucleares porque são perigosas.

Será que esse pessoal quer que instalemos as termelétricas que utilizam carvão ou combustíveis fósseis? Se esses ecologistas estudassem mais um pouco, saberiam que uma termelétrica que utiliza carvão lança no ar 800 quilos de dióxido de carbono (CO2) por cada MWh gerado; a óleo, 550; a gás natural, 400. Por outro lado, a geração eólica tem emissão de 28 quilos; a hidrelétrica com somente 25 quilos (fonte: UE). Ressalte-se que bioeletricidade por se tratar de uma energia renovável é neutra em relação à emissão de gases do efeito estufa.

O papel das reservas florestais

O papel das reservas florestais
Fonte:  Jornal do Brasil 30/05/2010

RIO DE JANEIRO - As unidades de conservação e terras indígenas da Amazônia podem evitar a emissão de cerca de 8 bilhões de toneladas de carbono até 2050, segundo pesquisa feita em parceria por pesquisadores brasileiros e americanos. O estudo mostra que as chamadas áreas protegidas, que englobam as terras indígenas, unidades de conservação de uso sustentável e as unidades de conservação de proteção integral, abrigam 54% das florestas remanescentes da Amazônia Brasileira.
Os pesquisadores checaram o nível de preservação de 595 áreas protegidas da Amazônia, verificando se elas foram desmatadas. Entre 1997 e 2008, o conjunto destas áreas inibiu o desmatamento. Das áreas protegidas criadas depois 1999, 115 se mostraram efetivas imediatamente após terem sido criadas.
A recente expansão do número de áreas protegidas na Amazônia foi responsável por 37% do total de redução de 13,4 mil quilômetros quadrados no desmatamento entre 2004 e 2006.

Marabá no Estadão

Matéria no Estadão de hoje sobre Marabá, dentro de uma série de artigos focados na eleição presidencial. Nem citam a principal discussão na região no momento que é a possibilidade de criação do estado de Carajás.
Em Marabá, queixas de impostos elevados
Cidade cresce vertiginosamente, e muitos moradores atribuem êxito a esforço próprio

É difícil encontrar um marabaense em Marabá. Típico polo de atração da fronteira agrícola amazônica, essa cidade de 200 mil habitantes no sul do Pará é povoada de gente que veio de todas as partes do Brasil em busca de oportunidades na agricultura, na mineração, comércio e serviços. Esse magnetismo deu origem a uma classe média urbana empreendedora, com forte ligação com a economia rural a seu redor, que tende a atribuir seu êxito aos esforços próprios, e a ver no governo mais um estorvo que uma solução.

Exemplo da Petrobrás Petrobras diz que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental

Petrobras diz que é possível conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental 
Fonte: www.agenciabrasil.ebc.com.br, 29/05/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da agência Brasil
Rio de Janeiro - A exploração e a produção de petróleo e gás na província petrolífera de Urucu, descoberta em 1986, no coração da Amazônia, é um dos melhores exemplos de que “é possível conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental”, disse Leonardo Sá, da Coordenação de Comunicação Digital da Petrobras.

Instalada na região desde a sua criação, em 1953, a Petrobras desenvolveu um modelo de produção sofisticado, concebido por técnicos e cientistas de várias áreas, cuja principal preocupação foi garantir a convivência entre a atividade econômica e o meio ambiente.

sábado, 29 de maio de 2010

Ecossistema da Amazônia na internet

Muito boa a iniciativa do acordo entre a Petrobras e a Google para disponibilizar um exelente trabalho da Petrobras na recuperação da área impactada pela ação de exploração de petróleo no coração do bioma amazônico.
É uma oportunidade de observar a possibilidade real da utilização racional dos recursos naturais, com a preocupação de deixar a área explorada, muito próxima do que era antes da exploração. Se vermos imagens do momento da implantação, iremos nos indignar  com a ação violenta de agressão ao meio ambiente. Essa fase inicial agressiva é necessária. A diferença entre a "boa" e a "má" agressão está na maneira como a responsabilidade socioambiental das empresas é efetivamente realizada. Com a ação e fiscalização dos responsáveis por essa parte, é possivel e desejável que se utilize os recursos naturais de maneira racional e sustentavél, com o respeito a legislação ambiental, iremos conseguir a preservação, conservação e recuperação de acordo com a necessidade de cada uma das áreas.  
Acordo Petrobras-Google disponibiliza ecossistema da Amazônia na internet
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br 29/05/2010
Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiero - Estar presente na Amazônia, conhecer e mapear as suas riquezas, sua fauna e flora é a experiência que a Petrobras possibilita a pesquisadores, cientistas e meros curiosos com o mapa sobre a biodiversidade da região, lançado na internet a partir de acordo com o site de buscas Google.

A partir de um simples clique com o mouse em qualquer ponto do mapa, disponível no site http://www.petrobras.com.br/biomapas, mais de 100 espécies nativas da Amazônia estarão ao alcance de todos – em seus mínimos detalhes e peculiaridades.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Geógrafa defende conhecimento do potencial da floresta para crescimento do país

Lisiane Wandscheer Repórter da Agência Brasil
Brasília - Uma economia baseada no conhecimento sobre a natureza e na utilização, sem destruição, do meio ambiente foi defendida hoje (26) durante a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia pela geógrafa e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Bertha Becker.
Para a geógrafa, o Brasil tem um potencial de natureza imenso, mas não sabe aproveitá-lo a exemplo do que sempre foi feito na Amazônia.
“É fundamental que a ciência, a tecnologia e a inovação ajudem a revigorar os conhecimentos tradicionais da Região Amazônica. A economia da floresta por si é diversificada, tem extrativismo de plantas, de pesca e remédios essenciais para a saúde pública”, cita.

Começa a exploração da energia dos oceanos

Fonte:  http://www.carbonobrasil.com.br/ 26/05/2010 -Traduzido do  International Herald Tribune*
O processo de gerar energia renovável a partir das águas do oceano por meio da Conversão de Energia Térmica Oceânica (Ocean Thermal Energy Conversion), conhecida como OTEC (na sigla em inglês), vem sendo estudado a quase um século mas, embora várias usinas-piloto tenham sido construídas para provar que a tecnologia funciona, ela nunca foi colocada em operação comercial. Agora, entretanto, apesar dos altos custos envolvidos, várias companhias estão trabalhando para desenvolver projetos comerciais.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

MacroZEE da Amazônia

Fonte: Agência Câmara de Notícias 25/05/2010 19:46
Parlamentares cobram execução de zoneamento da Amazônia Legal
Deputados de estados amazônicos cobraram a execução do Macrozoneamento Ecológico-Econômico da região (MacroZEE), plano do governo federal que dá diretrizes para o desenvolvimento sustentável da região e deve ser transformado em decreto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no começo de junho.
O estudo, que divide a região em dez áreas com modelos de desenvolvimento distintos, foi tema de audiência pública realizada nesta terça-feira pela Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional.

Subcomissão de acompanhamento das obras da UHE Belo Monte começa a trabalhar

 
Fonte Agência Senado 25/05/2010 - 20h39
Ministro diz que muitos são contra Belo Monte por não considerarem a Amazônia território brasileiro
[Foto:]
"Uns não aceitam a hidroeletricidade por uma questão de foro íntimo, outros por uma questão de geopolítica: por não considerarem a Amazônia como território brasileiro, eles não acham que o Brasil tem direito de explorar o potencial da região". Essa foi a resposta dada pelo ministro de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann, quando indagado pelo senador Jefferson Praia (PDT-AM) sobre o motivo dos protestos contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.
Durante reunião realizada pela subcomissão temporária criada para acompanhar a execução das obras da usina de Belo Monte, o ministro registrou que, cumprindo a legislação, várias audiências públicas foram feitas nos municípios próximos ao local da construção da hidrelétrica, e também na capital do Pará. Algumas delas, informou, reuniram mais de 5 mil pessoas. Zimmermann afirmou que o projeto foi amplamente discutido pela população.

IV Simpósio Amazônia

Mais do mesmo:
Brasil ainda conhece pouco sobre a Amazônia, diz secretário
 Fonte: Notícias da Amazônia  19 de maio de 2010 
Brasil ainda conhece pouco sobre a Amazônia, diz secretárioParlamentares criticam “visão romântica” da região
Da Redação
Apesar de um plenário esvaziado, o IV Simpósio Amazônia - realizado nesta quarta-feira, 19, em Brasília – reuniu lideranças políticas e gestores públicos para debater a carência de infraestrutura e a busca pelo desenvolvimento sustentável na Amazônia.  Ao abrir o evento o presidente da Comissão da Amazônia Integração Nacional e Desenvolvimento Regional (CAINDR), Marcelo Serafim, destacou que a região amazônica precisa ser olhada com o carinho e a atenção que ela merece. “A riqueza que a Amazônia tem não pode ser desprezada pelo Brasil porque ela é, a todo momento, reconhecida por todos os países do mundo”.
Para o deputado, não se pode falar em desenvolvimento sustentável sem discutir a tecnologia da informação na Amazônia.  “Há uma carência muito grande de internet, telefonia celular e até mesmo de transporte de qualidade. Nós vemos o resto do Brasil dizendo que na Amazônia não pode se construir estrada, não se pode fazer usina hidrelétrica, por que não pode? Nós temos que desenvolver a região de forma sustentável e com inteligência”, afirmou o parlamentar.

terça-feira, 25 de maio de 2010

FIEPA homenageia empresário Eliezer Batista

Matéria do Diário do Pará sobre a homenagem da  Federação das Industrias do Estado do Pará - FIEPA ao engenheiro Eliezer Batista, que hoje é mais lembrado como o pai do Eike Batista, mas que em seus tempos de glória individual era  o todo poderoso da outrora estatal Vale do Rio Doce. Por força de seu trabalho conhece muito bem a Amazônia e é conhecido e também reconhecido por grande parte da sociedade empresarial amzônica. Além de comandar a implantação do Projeto Carajás, possui uma ação mais recente e que não é muito conhecida pela maioria dos amazônidas:  O projeto “Norte Competitivo”, que busca alcançar a integração entre todos os Estados da Amazônia. O objetivo dessa postagem é apresentar o projeto  Norte Competitivo, e não fazer apologia a ação da FIEPA  em relação ao Eliezer Batista.

FIEPA homenageia empresário Eliezer Batista
Fonte Diário do Pará: 19/05/2010, 16h10

Eliezer Batista foi o o idealizador do projeto Carajás
Em comemoração ao Dia da Indústria – que este ano será dia 25 de maio -, a Federação das Indústrias do Estado do Pará (FIEPA) realiza hoje (19), na sede da federação, cerimônia de entrega da medalha Mérito Industrial “Simão Miguel Bitar”, a maior honraria do setor industrial paraense. O empresário e ex-presidente da Vale, Eliezer Batista será o grande homenageado do dia, visto ter sido ele o idealizador do projeto Carajás, a primeira iniciativa que deu início ao boom mineral, projetando a Região de Carajás como a maior província mineral do mundo.
[...]
Competitividade – Conhecido como o engenheiro do Brasil, Eliezer Batista – além do Projeto Carajás - também incentivou a integração de todos os Estados da Amazônia, por meio do projeto “Norte Competitivo”. O objetivo do projeto, incentivado pela FIEPA, pretende dar melhores condições logísticas e de infra-estrutura para o transporte da produção dos Estados que compõem a Região Norte do país e que fazem parte da Ação Pró-Amazônia, da Confederação Nacional da Indústria – CNI.

Parceria pode ajudar Amapá a cumprir Objetivos Do Milênio - ODM

Parceria pode ajudar Amapá a cumprir Objetivos Do Milênio - ODM
Fonte: PNUD, 21/05/2010
PNUD ajudará na capacitação técnica do estado da região Norte e em projetos para acelerar o cumprimento dos oito Objetivos do Milênio
MARCELO OSAKABE
da PrimaPagina
O governo do estado do Amapá, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o PNUD assinaram um acordo para o "Fortalecimento das Capacidades Locais para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)". A meta do projeto é, ao longo de quatro anos, elevar as respostas de governo, sociedade civil e iniciativa privada amapaenses no sentido de avançar no desenvolvimento humano e no cumprimento dos ODM até o prazo fixado de 2015.

Pesquisa científica cresce na Amazônia

Pesquisa científica cresce na Amazônia

Fonte: O Liberal - 23/05/2010

Encontrar meios para garantir a soberania da Amazônia é uma preocupação para muitos ambientalistas. Sem o conhecimento da floresta, os recursos naturais da região ficam sujeitos a pesquisas realizadas por estrangeiros. A boa notícia é que nos últimos seis anos a quantidade de doutores em atuação na Amazônia triplicou. Em entrevista exclusiva a O LIBERAL, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Adalberto Luís Val, falou sobre a importância das pesquisas científicas serem feitas por brasileiros e sobre formas de desenvolvimento sustentável para a floresta.

Brasil perde R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar

A contribuição dos amigos Paulo Melo e Rosângela Costa, trazendo uma interessante pesquisa do Ipea sobre reciclagem. No final da postagem existe um link de acesso ao Relatório completo e a Apresentação dele.
Brasil perde R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar
Fonte: Ipea
14/05/2010 17:39

Ipea apresentou relatório de pesquisa no Ministério do Meio Ambiente e fará parte de grupo de trabalho
Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta sexta-feira, 14, no Ministério do Meio Ambiente revela que o País perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar todo resíduo reciclável que é encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras.

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e o técnico do Instituto Jorge Hargrave apresentaram o estudo intitulado Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos, que traz a estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem e propõe instrumentos como pagamento por produtividade e acréscimos compensatórios graduados, a fim de aumentar a renda dos catadores, e crédito cooperativo para aumentar a organização e formalização das cooperativas.

Apoio ao extrativismo beneficia mais de 147 mil famílias

Primeira contribuição do Daniel Soeiro, trata da comemoração dos 10 anos de execução do Programa de Apoio ao Agroextrativismo.
Apoio ao extrativismo beneficia mais de 147 mil famílias
Fonte: MMA - Ministério do Meio Ambiente - 21/05/2010

Criado para melhorar a vida das populações extrativistas da Amazônia, o Programa de Apoio ao Agroextrativismo (PNUD BRA/99/025) completa 10 anos beneficiando mais de 147 mil famílias em 16 estados e cinco biomas. Neste período, foi criada a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais, o que representou o reconhecimento, a valorização e o respeito à diversidade socioambiental do Brasil.

Periodo sem postagem

Por defeito de meu computador, não conseguir postar esses dias. Ainda estou com dificuldades, o equipamento ainda não está funcionando. Nesse período incluirei a contribuição, em boa hora, dos amigos Daniel Soeiro do BNDES, Rosângela Costa e Paulo Melo do Banco da Amazônia.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Eletronorte terá 19,9% da SPE de Belo Monte

Eletronorte terá 19,9% da SPE de Belo Monte

Rafael Bitencourt
Fonte: Valor Econômico 19/05/2010

BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou que o conselho de administração da Eletrobrás definiu o rateio de participação da companhia no consórcio vencedor da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA). Segundo ele, a Eletronorte será a operadora, com 19,9% de participação, enquanto a Chesf e a Eletrobras ficarão com 15% cada.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Alcoa investe no Brasil, mas questiona custo da energia

A estória é sempre a mesma, a empresa quer investir mas precisa de subsídios. Quando da crise do petróleo nos anos 70 quando foi acertado a construção da primeira grande fábrica de alumínio na Amazônia, onde o estado brasileiro entrou como sócio, através da então estatal Vale do Rio Doce, resolvendo assim um problema do proibitivo custo da energia para produzir o alumíni.o no Japão. No cronograma financeiro da implantação da Albras estava contemplado 800 milhões milhões de dólares para a construção da hidrelétrica de Tucurui, quantia que não foi investida pelos japoneses e sim pelo governo brasileiro, que além dos grandes incentivos fiscais dado a empresa, construiu sózinho a hidrelétrica e garantiu a venda subsidiada de a energia por vinte anos. Algumas coisa mudaram de lá para cá, mas é sempre preciso ficar alerta, pois se os investimentos são importantes para a economia regional, é imprescindivel que a sociedade receba de maneira efetiva parte dos benefícios e lucros gerados por um projeto em que ela propria contribui.

Alcoa investe no Brasil, mas questiona custo da energia

Fonte: Brasil Econômico
Data do documento: 19/05/2010
A Alcoa, maior produtora de alumínio dos Estados Unidos, planeja expandir a produção do metal no estado do Pará e estuda construir uma nova unidade de transformação de alumina em alumínio, disse o presidente da Alcoa Alumínio, Franklin Feder.
A companhia deverá investir US$ 3 bilhões no empreendimento, e não descartou fechar outras instalações no país por conta dos "altos custos" de energia elétrica.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Aldo Rebelo: é o Estado que deve legislar sobre meio ambiente

Na discussão da reforma do Código Floretal, cabe, para fins de análise, a apresentação da opinião do relator da matéria o deputado Aldo Rabelo, publicada em entrevista ao jornal Valor Econômico. Pode-se discordar dela, mas ela é importante para o debate, pois, é necessária a compreensão melhor do assunto, evitando assim uma rejeição completa de uma ou outra abordagem, o que prejudica uma avaliação mais precisa e necessária para o aperfeiçoamento do Código Florestal, o mais importante instrumento legal para a condução da políca ambiental do país. Afinal a reforma do Código Florestal não deve ser conduzida pela disputa maniqueísta entre os interesses de ruralista versus ambientalistas, mas, refletir a opinião de todas as parcelas da sociedade brasileira, para possuir a legitimidade necessária, e assim conseguir a efetividade que se deseja.

http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=129526&id_secao=1

Fonte: vermelho.org.br 17 de Maio de 2010

Aldo Rebelo: é o Estado que deve legislar sobre meio ambiente

Crítico feroz da influência de ONGs em questões ambientais e combatido por ambientalistas por sua proximidade com a bancada ruralista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) terá uma dura batalha política quando apresentar seu relatório final, no início de junho, na comissão especial de reforma do Código Florestal.
O texto dará aos estados o poder de legislar em questões ambientais, evitará punição a derrubadas feitas sob incentivo oficial e consolidará áreas de produção em várzeas e topos de morros. Rebelo, que ouviu mais de 378 pessoas em 64 audiências públicas e outras tantas privadas país afora, espera continuar com o apoio dos partidos que o levaram à delicada e complexa relatoria.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Shoppings são a nova etapa no crescimento da Amazônia

Shoppings são a nova etapa no crescimento da Amazônia
Fonte: Valor Econômico
Data do documento: 13/05/2010

Até agora, a marcha da civilização na floresta amazônica seguia um padrão previsível. Madeireiros abriam caminho para criadores de gado, que abriam caminho para agricultores.
Agora o próximo passo é o shopping center.
Até poucas décadas atrás, muitos cientistas acreditavam que a Amazônia mal podia ser habitada.
Hoje, pelo menos cinco cidades na Amazônia brasileira têm população acima de 300.000 habitantes, um marco fundamental para as cadeias nacionais de varejo. Até o fim do ano que vem, quatro das cinco maiores cidades terão grandes shoppings como os que se veem no Rio e em São Paulo, com grandes claraboias e praças de alimentação ancoradas por lojas McDonald's. Incorporadores estão considerando projetos em três outras.

Verdes, pero no mucho

Esse artigo da revista exame me faz pensar um pouco em Belo Monte. Preciso refletir melhor para fazer uma associação consistente e externalizar uma opinião.

Verdes, pero no mucho
Fonte: Exame
Data do documento: 11/05/2010

Cerca de 4 000 quilômetros quadrados, área quase três vezes maior que a da cidade de São Paulo. É nesse mundo de terra, no deserto de Mojave, no estado americano da Califórnia, que vários investidores tinham planos de instalar uma série de usinas solares. O desejo do setor privado de avançar sobre esse lugar inóspito é compreensível. Uma lei estadual de 2006 estabelece que, até 2020, um quinto da eletricidade consumida na Califórnia deverá vir de fontes renováveis. O deserto de Mojave não poderia ser mais propício para dar conta dessa ambição: trata-se de uma das regiões dos Estados Unidos onde o sol é mais inclemente. O plano seria perfeito se não fosse por uma questão: nem todos os "verdes" são a favor da ideia. Muito pelo contrário. Para o americano David Myers, principal ativista da Wildlands Conservancy, entidade que atua na região, a paisagem do Mojave é idílica, quase sagrada, e deve permanecer intocada. Além disso, o local abriga dezenas de espécies de plantas e animais que devem ser preservadas. "Grandes ONGs recebem muito dinheiro de grandes corporações. Não é nosso caso. Assim, podemos pensar mais objetivamente sobre as consequências negativas desses projetos nessa região", disse Myers a EXAME.

Odebrecht e Camargo Côrrea voltam à cena em Belo Monte

Fonte DCI 17/05/10
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=327361&editoria=

Odebrecht e Camargo Côrrea voltam à cena em Belo Monte
Fabíola Binas


SÃO PAULO - Gigantes da construção pesada, como Camargo Corrêa e Odebrecht, voltam à cena em torno do projeto da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Depois de desistirem do projeto, alegando temer não lucrar com a empreitada, que custará cerca de R$ 19 bilhões, as empresas mostram-se dispostas a participar da obra como coadjuvantes.

A petroquímica Braskem, do Grupo Odebrecht, informou sexta-feira que já iniciou conversações com o consórcio vencedor do leilão, o Norte Energia, para participar como autoprodutora. "Fomos procurados e assumimos um acordo de confidencialidade [com o consórcio]. A Braskem se mantém interessada em ser autoprodutora", disse o presidente da Braskem, Paulo Gradin.

Segundo o presidente da companhia, a tarifa de R$ 78 por megawatt-hora oferecida pelo consórcio vencedor, encabeçado por Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), Queiroz Galvão e Grupo Bertin (por meio de Gaia Energia e Contern Construções), é competitiva. "Mas não é só isso. Junto vem o risco de ser investidor, o retorno sobre o negócio. É isso que temos de avaliar", disse.

Construtoras

Dentro dessa corrida, a Odebrecht afirmou ao DCI que, depois de todos os impasses que envolveram Belo Monte, a companhia não pretende ser investidora do projeto, mas ajudar a construí-lo.

"Estamos dialogando com o consórcio vencedor sobre a construção da usina. Temos uma vasta experiência em projetos de engenharia como este", comentou Dante Venturini, diretor de Engenharia e Infraestrutura da Odebrecht.

Para Venturini, a Odebrecht pode participar da construção da Usina de Belo Monte. "O processo para o leilão foi complicado, e o governo achava que as nossas reivindicações eram conversa de empreiteiro. Mas a iniciativa privada não pode correr grandes riscos, ainda mais com um projeto tão caro. Por isso saímos do leilão", afirma o diretor. Ele acrescentou que: "O caso de Belo Monte era tão arriscado que no dia do leilão ainda tinha empresa saindo. Mas agora não teremos esse risco, e podemos ajudar a construir a usina".

A Camargo Corrêa mantém o mesmo discurso da ex-parceira de Belo Monte. "Somos líderes na construção de hidroelétricas e temos interesse em participar como fornecedores de serviços nesta usina", respondeu a empresa. Recentemente, Vitor Hallack, presidente do conselho de administração da Camargo Côrrea, falou sobre a intenção da construtora de usar sua experiência para "auxiliar", o consórcio Norte Energia.

A Camargo Corrêa realizou obras de hidroelétricas gigantes, como a de Itaipu, no Rio Paraná, que tem capacidade de 12 mil megawatts, e a de Tucuruí, no Rio Tocantins (4,2 mil MW), unidades que estão entre as maiores do mundo. A maior de todas é a de Três Gargantas, na China (22 mil MW). Para se ter uma ideia, Belo Monte terá 11, 2 mil MW.

Vale

Outras companhias também devem ser abordadas para se transformar em autoprodutoras. Entre elas, estão cotadas corporações como a Vale, que recentemente deixou claro que, se "fosse convidada", avaliaria sua entrada em Belo Monte, o que foi confirmado pelo próprio presidente da Vale, Roger Agnelli. Na ocasião, o executivo afirmou que o valor de R$ 78 era uma cifra "interessante". Contatada na última sexta-feira, a empresa manteve igual posicionamento.

Já a Votorantim Cimentos deixou claro, ao anunciar investimentos, que gostaria de ser a principal fornecedora de cimento da obra e que estaria negociando com o Norte Energia.

Resultados

Depois de registrar prejuízo líquido de R$ 123 milhões no primeiro trimestre, a Braskem prevê resultados melhores adiante, mas se preocupa com o aumento de capacidade no setor petroquímico mundial no segundo semestre.

O prejuízo da companhia nos três primeiros meses do ano foi resultado de efeitos cambiais, adesão ao programa de refinanciamento de dívidas fiscais (Refis) e efeitos extraordinários pela aquisição da Quattor. "Sem esses efeitos, teríamos lucro líquido de cerca de R$ 300 milhões", disse o presidente da Braskem, Bernardo Gradin, em coletiva de imprensa na última sexta-feira. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 729 milhões, alta de 59% na comparação anual. "A forte demanda doméstica e as boas oportunidades de mercados de exportação elevaram o Ebitda", disse a Braskem.

Ibama garante que grandes obras cumprem 100% das exigências de compensação socioambiental

Matéria da Agência Brasil em que o diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Pedro Alberto Bignelli se manifesta sobre o cumprimento das condicionantes impostas pelo próprio IBAMA para o licenciamento de grandes obras, abordando o caso específico de Belo Monte.


Ibama garante que grandes obras cumprem 100% das exigências de compensação socioambiental


Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Se depender do histórico das obras de grande porte, as comunidades que vivem às margens do Rio Xingu, na região onde será construída a Usina de Belo Monte, podem ficar confiantes de que serão cumpridas as condicionantes socioeconômicas e ambientais necessárias para a licença prévia do projeto da hidrelétrica.

De acordo com o diretor de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Pedro Alberto Bignelli, 100% das condicionantes definidas para compensar impactos socioambientais por obras desse tipo são cumpridas pelas empreendedoras.

“Todas são cumpridas e documentadas. Até porque quem não cumpre não recebe a licença [prévia]. Isso se deve aos avanços conquistados pelo país principalmente no âmbito das leis ambientais”, disse Bignelli à Agência Brasil. A tendência é de que o consórcio Norte Energia (vencedor do leilão da hidrelétrica de Belo Monte) siga o mesmo caminho. “Apesar de algumas condicionantes terem prazos bastante apertados, todas serão cumpridas”, garantiu o presidente do consórcio, José Aílton de Lima.

Ele explicou à Agência Brasil que as condicionantes que têm prazos mais curtos são as das áreas social e fundiária. “Já estamos cadastrando a população. Mas antes de remanejarmos essas pessoas serão necessárias algumas negociações. Quanto à questão fundiária, o cadastro das propriedades ainda é informal. Precisamos identificar, nos cartórios, os proprietários legítimos”.

O Ibama é responsável pela emissão de três tipos de licença. Após o processo de audiências públicas, onde são avaliados os impactos ambientais dos projetos, o Ibama emite a licença prévia. Depois, o empreendedor faz o projeto de instalação da obra, explicando como as condicionantes definidas pelo Ibama serão cumpridas. Assim poderá obter a segunda licença, a de instalação, fundamental para o início das obras.

Com a obra concluída, os empreendedores precisam obter a licença de operação para iniciar as atividades de produção. Nessa etapa, o Ibama avalia se as condicionantes e os demais pontos que foram acordados estão sendo cumpridos dentro do cronograma. “Após a licença de operação, é comum surgirem alguns problemas, em geral bastante pontuais e no âmbito da fiscalização”, explica o diretor do Ibama. “Ao identificá-los, as comunidades e o Ministério Público nos acionam”, acrescenta.

No caso das hidrelétricas, informa Bignelli, “os problemas mais comuns são relativos à condição plena da qualidade da água nas reservas e o traslado de peixes no período da piracema [época da reprodução, quando os cardumes sobem os rios para desovar]”. Caso não cumpram as determinações feitas após a licença de operação, as empresas são punidas com multas.

Edição: Vinicius Doria

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Construindo um sanitário compostável

Apresentando uma "Dica de Sustentabilidade" retirada do sitio www.sosamazonia.org.br, muito interessante para a construção de um sanitário em que seja aproveitada, segundo o próprio autor, a "bosta" de cada dia". Uma interessante sugestão para a substituição em zonas rurais das chamadas "fossas negras", muito comuns na Amazônia, fontes frequentes de contaminação dos lençóis freáticos e de proliferação e foco de doenças. São tradicionalmente utilizadas, porém, construídas sem nenhuma técnica que incorpore a preocupação com o meio ambiente.

Construindo um sanitário compostável

Um sanitário compostável pode fechar o ciclo de nutrientes, transformando o desperdício de um produto valioso, como a “bosta” de cada dia, de perigoso em um composto seguro, sem problemas com odores ou moscas.

O sanitário compostável, como o próprio nome diz, é um sanitário que usa o método da compostagem das fezes com serragem e papel higiênico, eliminando a necessidade de água potável para empurrar as fezes esgoto abaixo e ainda de quebra gerar um ótimo aditivo para o solo. Com este sistema, a água e o solo não são contaminados e cada família pode resolver o problema do esgoto doméstico sem depender da prefeitura para isto.


Sistema escolhido
Hoje em dia existe uma série de soluçães disponíveis, inclusive tão compactas que cabem inteiramente dentro de casa. Porén, como preferimos as soluçães mais simples e de fácil manutenção, vamos expor aqui o modelo construído no sítio Sete Lombas.

Este sistema se adequa melhor para construção separada da casa. Mas em casas com dois pisos ou com uma declividade natural do terreno próximo a casa, pode ser contruído colado à casa, que além de economizar uma parede, dá acesso por dentro de casa. Já vi muitos modelos usando este sistema, basta usar a criatividade sem deixar de lado os critérios básicos de funcionamento.

Como funciona:

* Dimensões: As medidas do sanitário são definidas pelo tamanho das câmaras, da inclinação da rampa e da noção de conforto para as pessoas que vão usá-lo. As câmaras devem ter cerca de 1 metro cúbico de espaço para o material a ser compostado. Portanto, a largura de uma câmara é aprox. 1 m, e o sanitário, como tem duas câmaras, terá 2 m de largura. Para a altura e largura do assento, altura da porta, do teto, etc. basta usar uma fita métrica em modelos convencionais. Nós preferimos repensar todas essas medidas tirando nossas próprias medidas: em pé, sentados, etc. e verificando quais dimensões do sanitário trariam mais conforto e comodiade para toda a família e visitantes.
* A rampa: inclinação mínima 45º. Para uma boa compostagem, é necessário que o material seja misturado, mas como neste caso é uma tarefa manual indesejável, a rampa possibilita que o produto fecal role envolto em serragem até o final da rampa. Portanto é impressíndível que a rampa seja lisa e que antes do primeiro uso a rampa seja coberta com serragem. Para a serragem parar na rampa pela primeira vez, basta molhar a rampa antes de colocar a serragem.
* A serragem: é o que permite, juntamente com o papel higiênico o processo de compostagem (fermentação) da mistura com as fezes, provocada por microorganismos. Uma inovação que fizemos foi incluir uma caixa para o depósito de serragem sob o assento com acesso por uma tampa com dobradiças entre as duas tampas das câmaras. Economiza espaço disponível dentro da casinha, pois dispensa o uso de tambores para isso e aumenta o volume depositado.
* Altura de queda até a rampa: aproximadamente 80 cm para provocar o início da rolagem.
* A chapa preta: provoca o aquecimento do ar das câmaras que entra pelo buraco do assento e sobe pela chaminé. Por isso da importância da chapa ficar (aqui no Brasil) voltada para a face norte (o lado que bate sol o dia todo). E sem barreiras para o sol, como árvores atrás do sanitário.

Após o uso de uma câmara por um período de 3 a 6 meses passa-se a usar a outra câmara. No final de cada período de repouso retira-se o composto da câmara e alterna-se novamente o uso das câmaras. Para evitar o uso da câmara no período de repouso, fizemos o buraco no assento apenas em uma tampa. Quando da troca da câmara em uso, basta desaparafusar as tampas e trocá-las.

Como usar:

* Jogar na câmara uma medida de serragem após cada uso;
* Não jogar dentro das câmaras materiais inorgânicos. Disponibilizar um lixeiro no sanitário para objetos como absorventes femininos, fraudas, etc.;
* Os homens devem evitar fazer xixi (fazer no mato ou num coletor apropriado). Já as mulheres pelas dificuldades inerentes (de privacidade) ficam liberadas desta prática. Outra possiblidade é mudar o sitema para a urina seja captada e não se misture ao composto, pois o excesso de urina vai prejudicar o processo de compostagem. É bom colocar um cartaz no lado interno da porta destacando os bons hábitos de uso do sanitário, principalmente se for de uso público.

Como construir
O ideal de uma construção ecológica é usar mais de uma técnica e tipo de material, adequando a disponibilidade com a nessidade de cada estrutura. Para o nosso sanitário utilizamos tijolos com argamassa para a construção das câmaras, madeira de eucalípto para o abrigo e bambú para os espaços de ventilação. O ideal seria uma construção totalmente ecológica, mas é melhor do jeito que fizemos do que continuar com sanitário convencional.



Fonte: http://www.sosamazonia.org.br/site2/index.php?option=com_content&view=article&id=82:construindo-um-sanitario-compostavel&catid=72:dicas&Itemid=680

Seminário Análise das Políticas de APLs no Brasil de 18 a 21 de maio

Divulgo importante seminário sobre tema das APL's que sérá realizado nas instalações do BNDES de 18 a 21 de maio, com a participação de pesquisadores de todas as regiões do Brasil. A Amazônia estará muito bem representada no evento. Uma boa pedida para quem puder participar.
Seminário Análise das Políticas de APLs no Brasil de 18 a 21 de maio
O seminário apresentará os resultados da pesquisa Análise do Mapeamento e das Políticas para Arranjos Produtivos Locais, contratada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e que envolveu a participação de mais de 100 pesquisadores de universidades de 22 estados brasileiros, integrantes da rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist).

O estudo teve como objetivo consolidar conhecimentos sobre a identificação e o apoio a arranjos produtivos locais (APLs) em cada um dos 22 estados analisados, avaliando as políticas existentes com a finalidade de fornecer subsídios para a formulação e aperfeiçoamento de ações e instrumentos de apoio a APLs.

Local: Auditório Reginaldo Treiger
Av. República do Chile, 100 - Subsolo - Centro
Rio de Janeiro - RJ

Credenciamento: 14h30
Início da Palestra: 15h
Para visualizar a programação acesse:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/seminario/Programa_Analise_Politicas_APLs.pdf

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Belo Monte: Senado cria comissão para fiscalizar obras

Abaixo transcrevo nota de O Liberal, que mostra um aspecto relevante, a meu ver, da participação da sociedade, através de seus representantes, na fiscalização para o cumprimento das obrigações assumidas pelas empresas participantes do consórcio vencedor para a construção da UHE Belo Monte, principalmente de caráter social e ambiental. A implantação desse projeto é muito relevante como contribuição para o desenvolvimento econômico da Amazônia e garantia de geração de energia renovável para a manutenção do desenvolvimento do país. Com todas as discussões e dúvidas relativas ao projeto, é de fundamental importância a participação da sociedade organizada no acompanhamento de todas as etapas de tão grande empreendimento. Que outras iniciativas iguais a essa sejam criadas.
Belo Monte: Senado cria comissão para fiscalizar obras
Fonte: O Liberal 05/05/2010
http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=469683
O senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) conseguiu aprovar nesta terça-feira (04) a criação de uma Subcomissão Temporária do Senado para acompanhar as obras da Usina Hidroelétrica de Belo Monte. Já havia, desde abril, uma indicação de que o Legislativo faria algo nesse sentido, sobretudo após o conturbado processo de licitação do projeto.

A subcomissão terá cinco senadores titulares, que ainda vão ser definidos. Todos deverão ser integrantes da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, que tem como presidente o senador Renato Casagrande (PSB-ES). Os senadores Jefferson Praia (PDT-AM), Marisa Serrano (PSDB-MS), Inácio Arruda (PC do B-CE), César Borges (PR-BA) e o presidente, Casagrande, consideraram esse acompanhamento pela Subcomissão necessário.

Para Flexa Ribeiro, a comissão será uma forma do Legislativo acompanhar cada passo do projeto. “Belo Monte representa um incremento substancial em nossa capacidade de geração de energia elétrica de fontes renováveis e é de grande importância ao Pará. Porém, todos estamos preocupados com os possíveis impactos ambientais e sociais. Por isso vamos acompanhar de perto todo o processo, exigindo o cumprimento de cada uma das condicionantes para execução do projeto, que não foram poucas. Vamos fiscalizar não só a execução das obras em si, mas também outros aspectos”, disse Flexa Ribeiro.

O Governo Federal, desde a liberação da licença ambiental, se comprometeu a exigir cerca de 40 ações que podem minimizar os efeitos ambientais e sociais da implantação da usina.

Na prática, o trabalho da subcomissão poderá ser feito através de audiências públicas e visitas para fiscalização das obras, no local onde será implantado o projeto, no Pará. Segundo o presidente da CMA, Renato Casagrande, o trabalho deverá ser feito em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU). Estimativas dão conta de que todo o projeto está orçado em cerca de R$ 19 bilhões.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Apreensão histórica de madeira ilegal na Resex Renascer

Fonte WWF Brasil 27 Abril 2010
http://www.wwf.org.br/informacoes/sala_de_imprensa/?24820/Apreenso-histrica-de-madeira-ilegal-na-Resex-Renascer


Por Lígia Barros, Felipe Lobo e Isadora de Afrodite

Criada em julho de 2009 no município de Prainha (PA), a Reserva Extrativista (resex) Renascer protege 400 mil hectares, dentro dos quais vivem cerca de 600 famílias em 14 comunidades. Mas elas não estão sozinhas. Lá também estão serrarias que obtiveram licença de operação antes da criação da unidade e, agora, se recusam a deixar o local.

De acordo com o art. 23, parágrafo primeiro, do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, “a Reserva Extrativista é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais (...) e em regulamentação específica, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas (...)”. Não foi o que aconteceu na Resex Renascer.

Diante dessa realidade, um serviço de fiscalização contínuo era necessário. Para isto, no dia 22 de março, teve início a Operação Arco de Fogo, ação conjunta entre Ibama, Polícia Federal e Força Nacional. Uma semana depois, os fiscais tiveram uma primeira surpresa: foi encontrada, escondida dentro da floresta, uma quantidade de madeira estimada em 41 mil metros cúbicos de madeira ilegal. O número, que já era alto, continuou crescendo e as estimativas chegaram a 60 mil metros cúbicos.

“Esta pode ser a maior apreensão desta matéria-prima na história do Brasil”, afirma Paulo Teles, delegado da Polícia Federal e responsável pela força-tarefa. Segundo Teles, o corte da madeira foi seletivo, uma vez que as toras são provenientes de árvores de alto valor econômico como o Ipê, Jatobá, Maçaranduba e Angelim. “A operação continua dentro da reserva e devemos encontrar ainda maior quantidade de madeira ilegal. Estamos investigando quem são os responsáveis por esses cortes”, completa.

Essa apreensão chama a atenção para a complexa realidade da Amazônia brasileira, em que a presença de atividades ilegais em unidades de conservação não é uma exclusividade da reserva extrativista Renascer. A extração ilegal de madeira é uma das atividades que contribuem para o desmatamento no Brasil – e, em consequência, para as emissões de carbono – e para a destruição dos ecossistemas e perda de biodiversidade.

A principal causa do desmatamento na Amazônia, no entanto, é o mercado ilegal de terras, resultado da combinação entre especulação imobiliária e grilagem de terras. Um segundo elemento é a expansão agropecuária e a busca por novas áreas agricultáveis. A extração ilegal de madeira combina-se com esses dois fatores, servindo como passo inicial para a ocupação de novas áreas.

Esse processo causa graves danos aos ecossistemas e, consequentemente, à diversidade biológica. No Ano Internacional da Biodiversidade, a constatação de atividades predatórias dentro de unidades de conservação é um sinal de alerta de que o Brasil precisa fortalecer suas ações de conservação, para poder cumprir sua meta de redução da perda de biodiversidade.

Soluções possíveis

As áreas protegidas – tanto as unidades de conservação como as terras indígenas –, como mostram estudos recentes, são altamente eficientes em impedir que o desmatamento alcance determinadas áreas. O que ocorre na Resex Renascer, no entanto, ainda é uma realidade que deve ser mudada.

“É inadmissível a exploração ilegal de madeira dentro de uma unidade de conservação”, afirma o superintendente de conservação do WWF-Brasil, Cláudio Maretti. “As áreas protegidas de modo geral são eficientes para combater o desmatamento, mas elas só poderão cumprir plenamente seu papel se sua criação for seguida pela adequada implementação e por uma boa gestão dessas áreas”, completa.

Além do investimento em implementação e gestão de UCs, combinado à fiscalização e à punição para infratores, uma possível resposta para o problema é a valorização da economia florestal sustentável: a realização de manejo florestal sustentável no interior e entorno de unidades de conservação e a certificação dessa madeira.

“Projetos de manejo florestal como os que o WWF-Brasil realiza em algumas unidades de conservação têm se mostrado eficientes no aumento considerável da renda nas comunidades”, comenta Mauro Armelin, coordenador do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável do WWF-Brasil. “Além disso, temos exemplos de muitas empresas que passaram a trabalhar com madeira certificada e estão satisfeitas com a recepção no mercado”, diz Armelin.

“Um dos grandes problemas que a economia florestal sustentável ainda enfrenta é que madeireiras ilegais continuam operando na Amazônia e vendendo seus produtos no mercado com custo menor, competindo de forma desleal com as empresas que manejam as florestas de forma legal. Além disso, as comunidades das unidades de conservação, como a Renascer, são diretamente prejudicadas, pois com esse desmatamento elas perdem uma área de grande valor para realizar o manejo e extrair seus produtos da floresta”, comenta Maretti. “Espero que essa apreensão sirva de exemplo aos madeireiros ilegais para que deixem de destruir a Amazônia e comecem a manejar florestas de forma legal e sustentável”, completa.

Reserva Extrativista Renascer

A Resex Renascer está localizada no município de Prainha, no Pará. A área tem cerca de 400 mil hectares, abriga 14 comunidades e tem sido palco de polêmicas e conflitos entre as 600 famílias de moradores e madeireiros.

A área da Resex Renascer apresenta grande relevância ambiental, porque abrange ecossistemas de várzea e outras áreas que protegem os ecossistemas aquáticos, que são extremamente vulneráveis, importantes para a subsistência das comunidades locais e mesmo de populações urbanas na Amazônia por meio do pescado, e que ainda estão pouco representados no sistema de áreas protegidas do Brasil.

Os moradores vivem sobretudo da pesca e há muitas variedades de peixes como pirarucu, tambaqui, surubim, dourada e filhote. Entre as espécies florestais encontradas estão madeiras nobres como mogno, ipê, cedro, jacarandá e castanheiras.

A reserva extrativista foi criada em 2009, depois de um longo período de tramitação na Casa Civil da Presidência da República. Nesse período, houve enfrentamentos diretos entre moradores e madeireiros, que ameaçavam constantemente as lideranças comunitárias.

Vale anuncia investimento ambiental na Amazônia

Vale anuncia mais investimento no Pará

Fonte O Liberal 11/10/2010

BÁRBARA GUERRA

São Paulo foi palco, ontem, do Fórum "Fundo do Vale - Combate ao desmatamento ilegal da Amazônia". Uma das maiores investidoras no Pará, a Vale, apresentou um projeto de sustentabilidade e conservação do meio ambiente e aproveitou para ressaltar o apoio às iniciativas sustentáveis.

Integrantes da Vale, dentre eles a diretora de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Vânia Somavilla, e membros de empresas parceiras, como as organizações não-governamentais (Ongs) Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), Instituto Peabiru e The Nature Conservancy (TNC), entre outras, apresentaram e debateram painéis sobre o projeto e seus três direcionamentos: áreas protegidas, monitoramento e municípios verdes, todos estes localizados no Pará.

A iniciativa, que vai contar com o investimento de R$ 51 milhões até 2012, já utilizou até o presente R$ 7 milhões e, segundo Vânia, a Amazônia, que "precisa de um futuro sustentável e não intocável", terá a colaboração do governo, que, sozinho, não conseguiria dar andamento ao projeto.

A expectativa da diretora da Vale com a realização do fórum é que, além de mostrar a necessidade de conservação de que necessita a Amazônia, outras empresas queiram ser parceiras no projeto. "Precisamos atrair mais parceiros", destacou.

Muitos investidores estiveram presentes para conhecer melhor as chances de viabilizar o projeto. A certeza da importância dessa iniciativa foi unânime. Para o pró-reitor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pará (UFPA), Flávio Sidrim Nassar, que viajou a São Paulo para acompanhar o Fórum e demonstrar o interesse na parceria, com a intenção de adicionar conhecimento, "não se inicia essa sustentabilidade sem ciência e tecnologia; então queremos estabelecer um relacionamento que ajude o meio ambiente".

O PROJETO

Uma ação pioneira que permite desdobrar as boas práticas e desenvolvimento sustentável para além do limite das operações da Vale, o Fundo Vale está em operação há um ano e, com foco em programas de combate ao desmatamento, conservação, sustentabilidade e desenvolvimento socioeconômico no bioma amazônico, está disposto a receber novos investidores privados e públicos. O valor de R$ 51 milhões foi definido através da aprovação de oito projetos desenvolvidos pelas ONGs Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), Instituto Floresta Tropical (IFT), Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), Instituto Socioambiental (ISA), Instituto Peabiru, Imazon e TNC.

Foi formada uma parceria com o Imazon para ajustar o sistema de monitoramento do desmatamento na Amazônia. O estudo "Transparência Manejo Florestal", realizado para avaliar a estimativa da área de floresta explorada ilegal e legalmente no Pará, apontou que 90% da área estudada, o que equivale a 418 mil hectares de floresta, foram exploradas sem autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente do Pará. Na área autorizada, 85% dos planos de manejo apresentados mostraram menos conflito à floresta.

Com relação às áreas protegidas e à biodiversidade, foram iniciados três projetos: consolidação das unidades de conservação da Calha Norte, no Pará; consolidação das reservas extrativistas da Terra do Meio, sul do Pará; e a implementação e sustentabilidade da Reserva Biosfera do Arquipélago Marajó. Os três projetos tem seus focos diferentes, mas a base se concentra no mesmo ponto: a conservação da região, a valorização cultural, no caso do Museu do Marajó, a identificação de negócios sustentáveis e a mobilização social, entre outras ações que visam ao beneficio das áreas.

Nos municípios verdes, o objetivo é desenvolver um modelo de gestão ambiental para a Amazônia e mostrar o combate ao desmatamento ilegal e o enquadramento da reserva legal e da área de proteção permanente das propriedades da região segundo as regras do Código Florestal Brasileiro. A lista divulgada anualmente pelo Ministério do Meio Ambiente com os municípios que mais desmatam serviu como inspiração para esse projeto. Foram listados como maiores focos de desmatamento Paragominas, São Felix do Xingu e Novo Progresso, no Pará. O Fundo Vale optou também por Almeirim, pois, como pouco desmata, pode se transformar em modelo de gestão.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

BNDESPAR participará do Fundo Vale Florestar com aporte de R$ 121 milhões

Fonte www.bndes.gov.br 05/05/2010

O BNDES participará do Fundo de Investimento em Participações (FIP) Vale Florestar, adquirindo quotas no valor de R$ 121 milhões. Trata-se de um dos maiores fundos de reflorestamento do Brasil, com um patrimônio de R$ 605 milhões a serem investidos até 2014.

A operação será feita por intermédio da BNDESPAR, subsidiária integral do Banco, que participará do FIP ao lado da Vale e dos fundos de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros).

O anúncio da adesão das três entidades ao FIP ocorreu nesta quarta-feira na sede da Vale, no Rio de Janeiro, da qual participaram o presidente da Vale, Roger Agnelli; da Funcef, Guilherme Lacerda; da Petros, Wagner Pinheiro; e o diretor das áreas de Meio Ambiente e Mercado de Capitais do BNDES, Eduardo Rath Fingerl.

Rath Fingerl afirmou que a participação no Fundo é coerente com a visão holística do BNDES em relação à questão ambiental. “É uma visão não apenas de meio ambiente, mas uma visão socioambiental, com lucratividade e benefícios econômicos evidentes”, afirmou.

O novo Fundo poderá investir em empresas que atuem em setores envolvidos no desenvolvimento de projetos de florestamento; reflorestamento; manejo florestal; processamento e comercialização de produtos florestais; além de serviços ambientais; créditos de carbono derivados e prestação de serviços relacionados às atividades florestais. Com isso, o Fundo contribuirá para a redução das emissões de CO2 originárias do desmatamento.

O objetivo é reabilitar áreas desmatadas ou degradadas da Amazônia a partir de ações de recuperação e regeneração de matas nativas combinadas com o plantio de florestas industriais. Outras metas são estimular o desenvolvimento econômico e social sustentado da região leste do Pará, em municípios situados no Arco do Desmatamento; e contribuir para a ocupação ordenada do território.

A escolha da atuação do FIP foi baseada em estudos que indicavam a necessidade de aumentar a área de floresta plantada, fornecendo madeira para serrarias e siderúrgicas (carvão vegetal), reduzindo a pressão pela exploração da floresta nativa, principalmente, da região amazônica. Além disso, o Fundo contribuirá na criação de oportunidades para a mão de obra local.

Os recursos serão aportados por meio de uma sociedade de propósito específico (SPE), a Vale Florestar S/A, e a estrutura da operação financeira e gestão do Fundo serão realizadas pela Global Equity Administradora de Recursos. A BNDESPAR irá subscrever até 20% das quotas emitidas pelo Fundo, no âmbito do Programa de Fundos de Investimento do BNDES.

Trata-se do terceiro fundo do BNDES focado diretamente em atividades ligadas a meio ambiente. O primeiro, FIP Caixa Ambiental, tem patrimônio comprometido de R$ 400 milhões e o segundo, FIP Brasil Sustentabilidade, focado em projetos geradores de créditos de carbono, tem patrimônio comprometido de R$ 410 milhões.

A Vale já investiu cerca de R$ 230 milhões no projeto, e ficará com 40% das cotas do FIP, e os 60% restantes serão divididos em partes iguais entre os demais investidores (BNDESPAR, Petros e Funcef).

O projeto Vale Florestar foi criado em 2007 pela Vale. Desde então, já foram plantadas mais de 24,5 milhões de árvores em uma área de cerca de 70 mil hectares. A transformação do Vale Florestar em um FIP permite que o projeto passe a atrair investimentos de longo prazo. A meta é chegar a uma área plantada de 450 mil hectares em 2022 – dos quais 150 mil destinados ao plantio de florestas industriais e 300 mil à proteção e recuperação de florestas nativas.

No auge de sua produção, serão gerados mais de 4 mil empregos diretos. Atualmente, o Vale Florestar emprega 1,5 mil pessoas.
Para acessar notícia direto do sitio do BNDES:
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Destaques_Primeira_Pagina/20100505_reflorestamento.html