sexta-feira, 21 de novembro de 2014

CEF E ONGS VÃO INVESTIR NO DESENVOLVIMENTO DO MARAJÓ

Fonte: Portal da Prefeitura de Ponta de Pedras


  
A Caixa Econômica Federal e as organizações não governamentais Institutos de Educação do Brasil, Peabiru e Vitória Régia, fecharam acordo de cooperação ara investir três milhões de reais em programas e acordos de cooperação técnica, em dez municípios marajoaras a fim de fortalecer o desenvolvimento social.
Os municípios contemplados serão Bagre, Breves, São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Melgaço, Muaná, Ponta de Pedras, Portel, Salvaterra e Soure.
O dinheiro virá do fundo socioambiental da CEF e irá bancar ações divididas em três eixos básicos: educação e cultura; estímulo ao desenvolvimento sustentável e gestão de recursos naturais, como forma de gerar emprego, renda e consumo.
As ONGs irão atuar de maneira concatenada com a Associação dos Municípios do Arquipélago do Marajó (AMAM),  e o Conselho de Desenvolvimento do Marajó (Codetem), com vistas a perseguir as metas do Objetivos do Milênio, tendo a educação, saúde e saneamento em plano superior.
O acordo de cooperação foi assinado nas dependências do navio agência Ilha do Marajó,da CEF ancorado na Estação da Docas,com a presença de Jean Rodrigues, gerente nacional da Caixa, Evandro Lima, superintende da instituição no Pará; os representantes das não governamentais e a presidente da Amam, Consuelo Castro,
"Toda essas organizações já atuam há bastante tempo no Marajó e conhecem a realidade das diferentes atividades e realidades e têm projetos promissores para desenvolver a região", assevera Consuelo, que acredita no sucesso da empreitada.  O projeto tem duração de dois anos e a CEF pretende ampliar para os demais municípios da região e de outros estados da região Norte.
O superintendente da CEF, Evandro Lima, em sua fala, destacou a presença da instituição nos rio da região incluindo a população ribeirinha no sistema financeiro e econômico, na promoção do desenvolvimento regional, no estímulo a novos empreendimentos e nos benefícios sócias que a agência concede.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Estudantes da Ufam desenvolvem bactérias para despoluir os rios da Amazônia

Fonte: EcoDebate 14/11/2014

Projeto é premiado com medalha de ouro em competição internacional de genética

rio

Nesta quinta-feira (13), o Programa Nacional Jovem, entrevistou o professor de Engenharia Genética da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Carlos Gustavo Nunes, sobre a premiação de estudantes de Biotecnologia e Ciências Biológicas em competição de genética que envolveu instituições renomadas nos Estados Unidos.
Durante cinco dias estudantes de várias partes do mundo se reuniram, em Boston, na mais relevante competição acadêmica de biologia sintética, o iGEM (sigla em inglês para Competição Internacional de Máquinas Geneticamente Modificadas). Os estudantes da Ufam foram premiados com medalha de ouro por desenvolverem bactérias para despoluir os rios da Amazônia.
Segundo o professor e coordenador do projeto, o que motivou os alunos a desenvolverem essa bactéria foram os autos indices de mercúrio encontrados nos rios da região amazônica. Em busca de uma solução para o problema, a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do estado do Amazonas solicitou aos estudantes um projeto que viabilizasse essa descontaminação.
O professor relatou que para o desenvolvimento do projeto, os estudantes pegaram genes de bactérias que são acostumadas a ambientes com alta concentração de mercúrio, e colocaram esses genes em bactérias criadas em laboratórios. Com isso, essa nova bactéria, agora, é capaz de detectar e reter esse mercúrio em águas contaminadas, possibilitando, assim, a posterior eliminação desse elemento, em forma gasosa, para futuramente ser reutilizado, em objetos como lâmpadas e artigos eletrônicos.
Conforme o professor, o resultado desse projeto foi a premiação com medalha de ouro e o reconhecimento da Ufam, como a única instituição brasileira a receber medalha de ouro na competição, se consolidando internacionalmente como um importante centro de pesquisas na área da Biologia Sintética.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

MPF-PA Sobre Usinas Tapajós: Consulta deve ser a todas as populações tradicionais afetadas, índios, beiradeiros e ribeirinhos.

Depoisde mais de dois meses sem postar pelo intenso ritmo de atividades retorno com alguma notícias da Amazônia selecionadas por mim.


Consulta deve ser a todas as populações tradicionais afetadas, índios, beiradeiros e ribeirinhos.
Fonte MPF - PA 05/11/2014 

O Ministério Público Federal se manifestou no processo que trata da consulta prévia, livre e informada da usina São Luiz do Tapajós, que o governo brasileiro quer construir na região de Itaituba, sudoeste do Pará, pedindo que o direito da consulta seja respeitado para todos os povos afetados. O governo brasileiro está tentando restringir o direito da consulta, sustentando nos autos que a consulta só precisa ser feita com algumas aldeias do povo Munduruku, excluindo índios da mesma etnia e ribeirinhos que serão impactados no alto curso do rio Tapajós.
O direito da consulta prévia está previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, da qual o Brasil é signatário, e nunca foi cumprido pelo governo federal nas usinas hidrelétricas que constrói na Amazônia. No caso da usina São Luiz do Tapajós, ao pedir uma suspensão de segurança no Superior Tribunal de Justiça para prosseguir com os estudos da obra, o governo foi surpreendido porque a decisão do ministro Félix Fischer liberou os estudos, mas obrigou a realização da consulta.
“O que não se mostra possível, no meu entender, é dar início à execução do empreendimento sem que as comunidades envolvidas se manifestem e componham o processo participativo com suas considerações a respeito de empreendimento que poderá afetá-las diretamente. Em outras palavras, não poderá o Poder Público finalizar o processo de licenciamento ambiental sem cumprir os requisitos previstos na Convenção nº 169 da OIT, em especial a realização de consultas prévias às comunidades indígenas e tribais eventualmente afetadas pelo empreendimento”, diz a decisão do então presidente do STJ.
Mesmo assim, no mês passado, o governo brasileiro chegou a agendar o leilão da usina para o próximo dia 15 de dezembro. Depois, diante da pressão dos próprios atingidos, voltou atrás e desmarcou o leilão. Mas, no processo judicial, a União e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente continuam insistindo em restringir e negar o direito de consulta a boa parte dos atingidos, alegando que a Convenção 169 não foi regulamentada e que populações ribeirinhas não podem ser consideradas tribais.