quarta-feira, 20 de junho de 2012

Feliz Aniversário BNDES - Orgulho de ser Benedense


Hoje, embora muito feliz por estar em minha querida Santa Maria de Belem do Grão Pará, sinto uma pontinha de tristeza por não poder estar comemorando junto com os demais colega essa data que considero muito importante para mim e para a toda a sociedade brasileira: os 60 anos do BNDES, essa instituição, da qual tanto me orgulho de fazer parte, e que continua cumprindo muito bem sua missão e contribuindo intensamente para o desenvolvimento do país.

Para não me atrapalhar com as palavras, transcrevo as informações  institucionais da história de nosso banco. 


  • Logo BNDES colorido

História

A Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, criou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). O objetivo da nova autarquia federal era ser o órgão formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico.
Numa primeira fase, o BNDE investiu muito em infraestrutura, mas a criação de estatais aos poucos liberou o Banco para investir mais na iniciativa privada e na indústria. Durante os anos 60, o setor agropecuário e as pequenas e médias empresas passaram a contar com linhas de financiamento do BNDE.
Em 1964, o Banco já descentralizava suas operações, abrindo escritórios regionais em São Paulo, Recife e Brasília. Além disso, passou a operar em parceria com uma rede de agentes financeiros credenciados espalhados por todo o Brasil.

Papel fundamental na industrialização

Uma importante transformação no BNDE ocorreu em 1971, quando ele se tornou uma empresa pública. A mudança possibilitou maior flexibilidade na contratação de pessoal, maior liberdade nas operações de captação e aplicação de recursos e menor interferência política.
O Banco, nos anos 70, foi uma peça fundamental na política de substituição de importações. Os setores de bens de capital e insumos básicos passaram a receber mais investimentos, o que levou à formação do mais completo parque industrial da América Latina. Começaram os investimentos em segmentos ainda incipientes, como a informática e a microeletrônica.
Em 1974, o Banco estabeleceu três subsidiárias para atuar no mercado de capitais, de modo a ampliar as formas de capitalização das empresas brasileiras. Elas se fundiriam, em 1982, na BNDESPAR.

Novos campos de atuação

O início dos anos 80 foi marcado pela integração das preocupações sociais à política de desenvolvimento. A mudança se refletiu no nome do Banco, que, em 1982, passou a se chamar Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Durante a década de 1980, ganhou força o conceito da integração competitiva, que buscava expandir o mercado interno e, ao mesmo tempo, habilitar a economia brasileira para disputar a preferência dos compradores externos. Não só o Banco incentivava as empresas brasileiras a concorrer com os produtos importados, como também passou a estimular as exportações, setor que ganhou um programa em 1983.
Na mesma época, o BNDES adotou a prática do planejamento estratégico, com elaboração de cenários prospectivos. Tratava-se de uma consolidação da vocação do Banco para o estudo, análise e formulação de políticas, presente desde o Plano de Metas de JK e desde a proposição das diretrizes com foco social.
Nos anos 90, o BNDES teve papel importante na privatização das grandes estatais brasileiras. O Banco foi o órgão responsável pelo suporte administrativo, financeiro e técnico do Programa Nacional de Desestatização, iniciado em 1991.
O BNDES iniciou a atuação em novos campos. O ano de 1993 ficou marcado pelo estímulo à descentralização regional, com o incremento dos investimentos em projetos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O programa de exportações passou a incluir as micro, pequenas e médias empresas. O setor de comércio e serviços começou a receber investimentos do Banco. E a preocupação com o meio ambiente ganhou força, com a classificação do risco ambiental dos projetos. A área social também deu início ao programa de microcrédito.
Em 1995, o Banco começou o apoio ao setor cultural, com o investimento na produção de filmes e na preservação do patrimônio histórico e artístico nacional. A partir de 2006, o BNDES passou a investir na economia da cultura, com financiamentos para todas as etapas de sua cadeia produtiva.

Desafios contemporâneos

O século 21 começou com a consolidação da vertente social na missão do Banco, que é promover a competitividade da economia brasileira, de forma agregada à sustentabilidade, à geração de emprego e renda e à redução das desigualdades sociais e regionais. O BNDES busca promover, nos projetos que solicitam apoio, o desenvolvimento local e regional, o compromisso socioambiental e a capacidade de inovação, desafios mais urgentes em um mundo cada vez mais dinâmico e em constante transformação.
O BNDES é hoje uma instituição ativa e moderna, que continua desbravando novas fronteiras em prol do crescimento do Brasil. Ao mesmo tempo em que se expande internamente, com a alocação em salas de um novo prédio no Rio de Janeiro e com a difusão de sua rede de agências credenciadas, o Banco inaugurou, em 2009, um novo escritório na América do Sul (Montevidéu) e uma nova subsidiária na Europa (Londres), a fim de buscar novas alternativas ao desenvolvimento em um mundo globalizado e interconectado.
Todos os segmentos econômicos são contemplados pelo Banco: agropecuária, indústria, comércio e serviços, infraestrutura, sempre com condições especiais para as micro, pequenas e médias empresas. O incentivo às exportações e o fortalecimento do mercado de capitais permanecem como ações estratégicas. Presente em todos os setores, o BNDES promove o aumento da competitividade e o fortalecimento da economia nacional, apoia o avanço social e cultural e contribui para ampliar o acesso de todos os cidadãos a uma vida melhor, com mais educação, saúde, emprego e cidadania.

BNDES faz acordo com 19 bancos de fomento

O BNDES continuando com sua ação anticíclica para ajudar a economia do país. 


Fonte Brasil Econômico 18/06/12

"Estamos finalizando um entendimento", disse Coutinho

Clube de bancos de desenvolvimento lança documento de compromisso pelo financiamento sustentável, afirma Coutinho.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que um clube de bancos de desenvolvimento, do qual o BNDES faz parte, lança amanhã (19/6) uma carta de compromisso pelo financiamento sustentável e inclusivo.
A declaração foi dada nesta segunda-feira durante participação no Fórum de Sustentabilidade Empresarial, evento que faz parte da agenda da Rio+20.
"Temos uma instituição chamada International Financial Development Club, que é um clube de instituições de financiamento ao desenvolvimento. São 19 bancos de vários países e temos trabalhado em conjunto no sentido de pactuar entre nós um comprometimento com o desenvolvimento sustentável e inclusivo", disse Coutinho.
"Estamos finalizando um entendimento", completou ele, sem querer dar detalhes sobre o teor do documento.
Linha de financiamento para estados 
Coutinho afirmou também que a ativação da linha de financiamento para os estados ainda está na fase de aperfeiçoamento, com reuniões técnicas hoje e amanhã, dos critérios de alocação dos recursos, combinando distribuição para os estados mais pobres e com maior população, critério do Fundo de Participação com o lado da eficácia.
"Existem estados com carteiras de projetos mais maduras e, portanto, mais viáveis a curto prazo. Então, o que se deseja é combinar as duas coisas", disse Coutinho.
Na última sexta-feira (15/6), a presidente da República, Dilma Roussef, havia anunciado uma linha de crédito para financiar investimentos e projetos com o objetivo de estimular a reativação da economia.
Sobre os desembolsos do BNDES para esse ano e a possibilidade de a nova linha para os estados causar impacto nas projeções do banco, Coutinho disse que deverá haver algum impacto para cima, mas que isso poderá acontecer em 2013 e 2014.
"O impacto mais substancial dessa nova linha será em 2013 e talvez um pedaço em 2014. Portanto, não antevejo um estresse sobre o funding do banco para 2012", disse.

Érica Ribeiro

terça-feira, 19 de junho de 2012

Barco solar fará o transporte de alunos no interior paraense


Fonte: Boainformacao.com.br 18/06/2012




 

Protótipo da embarcação, exposto na Rio+20, para transporte de estudantes: comunidade ribeirinha do Pará será a primeira beneficiada (foto: www.fotovoltaica.ufsc.br/)

Rio de Janeiro — Um barco movido a energia solar levará crianças ribeirinhas do Pará à escola. O protótipo, desenvolvido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está em exposição no Pier Mauá, no Rio de Janeiro, como parte das amostras de projetos de desenvolvimento sustentável da conferência Rio+20.
A embarcação atenderá a comunidade ribeirinha de Santa Rosa, nas proximidades de Belém, com o transporte de estudantes do primeiro ao nono ano do ensino fundamental, turnos matutino e vespertino. Hoje, o trajeto dos alunos até a escola e de volta para casa é feito por cerca de 40 pequenas embarcações contratadas pela prefeitura local.
Alexandre Montenegro, pesquisador da UFSC, participante do grupo que concebeu o projeto, afirma que na escolha da unidade de ensino a ser beneficiada foi considerada a demanda regional e a localização, próxima a um câmpus da Universidade Federal do Pará, que pode servir de apoio. Segundo Montenegro, o barco solar permitirá a redução da poluição por parte das embarcações movidas a diesel nos leitos dos rios. Ajudará também a reduzir o estresse dos animais da região. “Os motores elétricos são silenciosos, ao contrário dos movidos a combustão”, explica.
O barco solar, em fase de finalização, terá módulos solares instalados no teto, com potência de 4kWp (quilowatt-pico); capacidade para 22 pessoas sentadas; conjunto de baterias com autonomia para cinco horas de navegação à noite; dois conversores de corrente contínua (das baterias) para corrente alternada (dosmotores elétricos) e dois motores elétricos, responsáveis pelo sistema de propulsão, com sistema de refrigeração a água — 30% mais leves do que os similares com refrigeração a ar.
Oficina  — No atracadouro, junto à escola, será construída uma oficina solar, com potência de 16kWp e banco de baterias. Quando o barco atracar, as baterias serão carregadas por meio de conexão com tomada especial a um terminal elétrico. Assim, contará com armazenagem extra de energia, necessária em dias de muita chuva, comuns na região.  
Na oficina também haverá refrigeradores para permitir à comunidade acondicionar de forma apropriada alimentos perecíveis, como peixes e frutas. Ali será instalado também um sistema de purificação de água por luz UV (ultravioleta).
O projeto, concebido pelo grupo Fotovoltaica, da UFSC, é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação(MCTI) e tem o apoio da Eletrobras.
Letícia Tancredi



É possível tentar ser 1% melhor a cada dia


Uma boa recomendação. Com perseverança as mudanças podem acontecer.


Fonte: Brasil Econômico 19/06/12 

Você tem a sensação que não consegue acompanhar as mudanças que ocorrem no mundo à sua volta? E percebe que, ao decidir mudar, o ritmo é tão acelerado e exige tanto esforço que dá vontade de deixar tudo como está?
A mudança em si já gera desconforto. Se for motivada por pressões externas, então, a dificuldade é ainda maior. É por essa razão que todos nós postergamos e resistimos até o último segundo para iniciar qualquer transformação - por mais positiva e desejada que ela seja.
O problema está justamente aí: quanto mais se adia, maior será o tamanho da mudança e mais difícil realizá-la.
Para não fazer modificações radicais na sua vida pessoal ou profissional, o ideal seria fazer pequenas mudanças com ritmo constante. Esta é a ideia do lema "seja 1% melhor a cada dia".

Aplicativos são aliados para gerenciar gastos


Para quem deseja manter os gastos bem controlados, algumas dicas de uso da tecnologia para tablets e smartphones.


Fonte: Brasil Econômico 15/06/12 
O consultor Jurandir Macedo: plataforma ajuda a criar rotina
O consultor Jurandir Macedo: plataforma ajuda a criar rotina


Ferramentas para tablet e smartphone são multifuncionais e ajudam a manter o controle das finanças pessoais.
No tablet ou smartphone, não faltam opções de aplicativos para quem quer gerenciar melhor as finanças. Entre as funcionalidades estão controle de gastos pessoais e de investimentos, auxílio na declaração do Imposto de Renda, registro de bens e elaboração de orçamentos.
Consultores de finanças recomendam que o usuário teste quantos aplicativos forem necessários até que encontrem o ideal. Isso porque cada ferramenta tem um nível diferente de sofisticação de dados.
Nas lojas virtuais da fabricante do aparelho, há desde os mais simples, com interface intuitiva, até aqueles mais completos, para quem já está acostumado a lançar gastos e fazer cálculos em planilhas Excel.
Apesar de gratuitos, muitos têm uma versão paga, que oferece mais funcionalidades aos usuários. O custo geralmente é de até R$ 10.

“Solução para a crise está no empreendedorismo social”


Empreendedorismo social, uma idéia que precisa ser mais divulgada e assumida, para que possa provocar mudanças no modelo ultracompetitivo e obsessivo que vivemos atualmente. 


Fonte: Brasil Econômico 19/06/12 
Bancos tradicionais iam em busca dos ricos. Eu decidi ir atrás dos pobres.
Bancos tradicionais iam em busca dos ricos. Eu decidi ir atrás dos pobres.
Muhammad Yunus defende que novo modelo de negócio deve estar focado em propósito, não só no dinheiro.
Somente na adoção em grande escala do empreendedorismo social, com a criação de empresas que tenham como propósito a solução de problemas, está a saída para que o mundo supere as dificuldades hoje impostas pelo sistema econômico e financeiro em vigor.
A proposta, do economista e banqueiro Muhammad Yunus, seria a única solução viável para ultrapassar um modelo que está próximo de seu limite, segundo ele. "Havia uma época em que esse sistema não funcionava para os países pobres, mas agora também não funciona para os ricos", disse Yunus ao Brasil Econômico durante The New York Forum Africa, realizado em Libreville, capital do Gabão.
Ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006 pelas ações para a redução da pobreza em seu país, Bangladesh, Yunus foi o responsável pela criação do Banco Grameen, pioneiro na distribuição de microcrédito à população.
Como o senhor descreve o fato de ser um dos únicos banqueiros que atravessaram as crises financeiras sem risco de prejuízo?
Depois de 35 anos, quando olhamos ao redor do mundo, vemos que os bancos não mudaram. Em 2008, mesmo com o sistema financeiro quase em colapso, nós não tivemos problemas no Banco Grameen.
Eu vejo que há um equívoco de interpretação do sistema como um todo que precisa ser modificado.
O ser humano não precisa estar voltado completamente a ganhar dinheiro. Por que fazer do dinheiro uma obsessão? Ele pode estar ligado a um propósito.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Amazônia perde pesquisador Armando Mendes


E com profundo pesar que transcrevo abaixo a notícia do falecimento do grande Amazônida e querido amigo Armando Dias Mendes, o qual reputo como o intelectual de maior expressão nos assuntos amazônicos na atualidade. Foi ele que entre tantos escritos brilhantes, cunhou o neologismo AMAZONIDADE que dá nome a este espaço.
A ele o muito obrigado pela imensa contribuição e o exemplo de vida deixado para aqueles que amam a nossa querida Amazônia.
Paz a sua alma e que Deus lhe assente em seu lugar reservado de ser humano exemplar e cristão católico atuante que sempre foi.

Fonte UFPA 15/06/2012


Faleceu na manhã de sexta-feira, 15 de junho, aos 88 anos, o fundador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (NAEA/UFPA), professor doutor Armando Dias Mendes. O sepultamento ocorre no sábado, dia 16, em Brasília, onde o professor, já aposentado, residia há algum tempo. Pesquisador de referência em assuntos de meio ambiente e desenvolvimento sustentável, Armando Mendes era doutor honoris causa pela UFPA e também pela Universidade da Amazônia (UNAMA), membro emérito do Conselho Regional de Economia do Pará (Corecon-Pa) e fundador da Faculdade de Economia do Pará.
A causa da morte seria um infarto, pois, segundo relatam amigos e familiares, o professor estava bem e ativo até poucos dias. Ele ministrou a conferência de abertura no VI Encontro de Entidades de Economistas da Região Norte (ENAM), entre os dias 6 e 8 de junho, em Belém, abordando o temaCem Anos da Crise da Borracha: Do Retrospecto ao Prospecto, assunto de um artigo de autoria dele a ser lançado na antologia sobre a fase áurea da borracha na Amazônia na próxima Feira Pan-Amazônica do Livro, mais uma referência na sua vasta obra,  que conta com dezenas de livros, capítulos e artigos publicados sobre a questão regional, com destaque para A invenção da Amazônia (1974); Ciência, Universidade e Crise(1981); A cidade transitiva (1998); e O Economista e o Ornitorrinco (2001).
“A UFPA, o Estado e o País perdem hoje um professor e homem de cultura, um dos maiores estudiosos sobre a Amazônia, o qual deixa um legado extraordinário para a Academia e para as gerações futuras. Muitas das direções seguidas pela UFPA historicamente foram estabelecidas com base em suas ações, o que demonstra a contribuição pública de grande relevância que prestou para seu Estado. Armando Dias Mendes engrandeceu a Universidade e tudo o que fez é motivo de muito orgulho para nós. Lamento profundamente seu falecimento”, afirmou o reitor da UFPA, Carlos Maneschy.
O professor Armando Mendes foi o conferencista da aula magna de recepção aos calouros da UFPA em 2011, falando sobre Responsabilidade Social e Meio Ambiente. A Amazônia era seu principal foco de estudos e pesquisas, o que gerou o NAEA em 1973, núcleo de referência na pós-graduação sobre questões ambientais no Estado do Pará e no Brasil. Foi também pró-reitor de Planejamento da UFPA na gestão do reitor Aloysio da Costa Chaves (1969-1973). Além disso, foi professor colaborador da Universidade de Brasília (UNB) e secretário geral do Ministério da Educação (MEC).
O professor da Faculdade de Economia do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFPA (ICSA), João Tertuliano Lins, amigo pessoal de Armando Mendes e aluno da primeira turma do NAEA, lamenta profundamente a morte do pesquisador. “Perdi um grande mestre e um segundo pai. Sua contribuição para a Amazônia e para a Universidade é imensa e sua perda é irreparável. Ficam na lembrança seu constante bom humor, disposição e cultura invejáveis.”

terça-feira, 5 de junho de 2012

Amazônia precisa deixar de ser o quintal do mundo


Evoluiremos como nação quando os discurso se tornarem prática, e seja expressão do conjunto do pensamento de um grande grupo e não só de alguns.
Fonte: Diário do Pará 05/06/2012
 Verticalizar a economia da Amazônia a partir da aplicação do conhecimento e da tecnologia. Mais do que uma receita pronta ou solução imediata, é um caminho que deve ser adotado pelos estados para superar o fosso que divide a região do resto do país e do mundo. É o que defende o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) Alex Fiúza de Melo, 56 anos.

“Em vez de exportar só o pó do alumínio, temos de exportar ligas metálicas. Em vez de exportar o caroço do açaí, temos de exportar o iogurte do açaí. Em vez do cacau, o chocolate. No lugar do boi em pé, filés embalados de alta qualidade. Em vez de madeiras, móveis”, exemplifica o secretário.

Segundo Fiúza, não há alternativa. Ou se investe em conhecimento ou não existirá futuro para a Amazônia. “O problema é que essa verticalização não interessa à indústria de fora. Não interessa para as indústrias de móveis do sul do País que façamos isso aqui. Nem à indústria siderúrgica da China que façamos as ligas metálicas”.

É um posicionamento histórico em relação à Amazônia. “A Amazônia é periferia, é quintal”, diz o secretário. “Não se olha para a região pensando em desenvolvimento em favor dos próprios moradores locais. Sempre se olham as riquezas em favor da acumulação do capital, e não dos povos amazônicos. Por não termos força política, continuamos como almoxarifado de matérias-primas”.