segunda-feira, 26 de março de 2018

A solução da água no Amapá pode vir da redução das perdas, artigo de Adrimauro Gemaque

Fonte: EcoDebate 26/03/2018

A Lei nº 11.445/2007 que trata do Saneamento Básico no país, um direito que é assegurado pela Constituição Federal, foi sancionada em 5 de janeiro de 2007. Esta lei que ficou conhecida como a Lei do Saneamento Básico, estabelece os fundamentos legais para um conjunto de serviços como o de abastecimento público de água potável; coleta, tratamento e disposição final adequada dos esgotos sanitários; drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, além da limpeza urbana e o manejo dos resíduos sólidos. Estabeleceu, também, as regras básicas para o setor, definindo as competências do governo federal, estadual e municipal para os serviços de saneamento básico.
Assim, em janeiro de 2017, a Lei do Saneamento Básico completou dez anos e a população brasileira convive ainda com os mesmos problemas daquela época. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (PNAD 2016) em 24 de novembro de 2016, 97,2% (67,3 milhões) de domicílios possuíam água canalizada, sendo que 85,8% desses a principal fonte de abastecimento era a rede geral de distribuição. Deste contingente, em 87,3% dos casos a disponibilidade da rede geral era diária. O Nordeste foi à região que apresentou o menor percentual de domicílios com disponibilidade diária (66,6%), enquanto a Região Sul registrou o maior percentual (98,1%). Veja o gráfico:

Domicílios com disponibilidade de água da rede geral por Região – 2016
Domicílios com disponibilidade de água da rede geral por Região - 2016
Fonte: IBGE (PNAD 2016

quinta-feira, 1 de março de 2018

Árvores de florestas tropicais úmidas estão morrendo mais rápido


Fonte: IPAM 27/02/2018

daisy photographed from belowCristina Amorim, do IPAM
Como se o desmatamento já não fosse suficientemente ruim, uma série de outras ameaças mata num ritmo cada vez mais intenso as árvores da Amazônia e de outras florestas tropicais úmidas da Terra.
Uma revisão de artigos científicos feita por especialistas no tema, incluindo o pesquisador brasileiro Paulo Brando, do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), indica que a taxa de mortalidade dessas árvores mostra sinais de aceleração nos últimos anos. Os motivos são o aumento da temperatura, secas longas e piores, ventos mais fortes, incêndios mais extensos, mais cipós e até a abundância de gás carbônico na atmosfera – uma das causas do efeito estufa e elemento fundamental da fotossíntese.
As mudanças climáticas estão relacionadas a todos os problemas apontados. “O trabalho mostra que há indícios fortes que relacionam a mortalidade das árvores de florestas tropicais úmidas às alterações esperadas para essas regiões, em escalas global e regional”, afirma Brando.
O foco do estudo foram as florestas intactas, primárias ou antigas, na América do Sul, África e Sudeste Asiático. Porém, ele tende a focar na Amazônia brasileira, pois é o local mais estudado de todos, com mais volume de dados.
“Na Amazônia, todas essas causas de mortalidade de árvores estão presentes”, diz Brando. “Mas é difícil dizer que uma é mais relevante do que outra, porque todas têm um papel. Secas causam picos de mortalidade, enquanto o aumento de CO2 provoca mudanças de fundo. Já eventos de tempestades de vento impactam mais áreas fragmentadas, e o fogo causa muitos danos no sudeste da Amazônia.”
A equação da morte