sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sistemas agroflorestais como modelo produtivo para a Amazônia

“Tudo que sai da Amazônia dá certo em outro lugar.” Com essa provocação o pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Alfredo Homma chama atenção para a perda de oportunidades da região com produtos nativos, como o cacau e a borracha. A importância dessas duas culturas para geração de renda em sistemas agroflorestais foi tema de simpósio realizado na terça-feira (22), em Belém, dentro da programação do VIII Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais. Atualmente o Brasil importa um terço de seu consumo de cacau e 70% da demanda de borracha. Segundo Homma, cultivos perenes como esses, em sistemas agroflorestais, seriam a vocação produtiva da Amazônia.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Tratado de Cooperação Amazônia e o Século XXI

Bom texto de José Ribamar Mitoso publicado no Portal Amazônia

É hora de nós, Amazônicos, construirmos a Aby-Ayala. Um continente sem fronteiras, terra de muitos povos, todos soberanos, iguais em direitos e solidários entre si. Um continente da fraternidade onde a democracia seja exercitada seguindo o princípio de mandar obedecendo e obedecer mandando. Onde exista um diálogo de saberes e cultura, onde cada povo seja livre para decidir como viver. A vida em harmonia com a natureza é condição fundamental para isto. A terra não nos pertence. Nós pertencemos a ela. A natureza é mãe. Não tem preço. ( Carta de Santarém – Fórum Social Pan-Amazônico – Nov/2010)

Em 3 de julho de 1978, oito países situados na bacia Amazônica assinaram um tratado internacional. Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela assinaram o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA) com objetivos bem definidos: criar um marco jurídico de direito internacional público para viabilizar um pacto político e um bloco econômico entre os países da Pan-Amazônia.

A Guiana Francesa, por ser um Departamento Ultramarino (colônia) da França, não pôde participar do Tratado. Hoje, embora situada na Amazônia continental, está formalmente vinculada à União Europeia.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Usina Álcool Verde inicia produção comercial - 30/06/2011

Não foi citado na matéria, porém e necessário ressaltar a preocupação de todos os envolvidos no processo com as questões ambientais, que permitiram a redução dos impactos negativos da implantação da usina.

Fonte: Agência de Notícias do Acre

Produção este ano será de cerca de 5 milhões de litros - mais de 40% do que é consumido no Acre
Tião Vitor
A usina Álcool Verde iniciou nesta quarta-feira, 29, sua produção comercial. A empresa, de propriedade do Grupo Farias e associados, já está produzindo álcool e deve, em poucos anos, atender toda a demanda do Acre e exportar para o restante do país. A usina também se prepara para produzir açúcar e, da mesma forma, atender os mercados local e externo. No ano passado, a empresa funcionou em caráter experimental e produziu cerca de 1,3 milhão de litros de álcool, o que representa cerca de 10% da demanda do Estado.
Este ano, a produção será de cerca de 5 milhões de litros, o que significa mais de 40% do que é consumido no Acre. Já para o ano de 2012, a empresa planeja produzir entre 20 e 25 milhões de litros de álcool, o que garante o abastecimento total do Estado e ainda a exportação para os Estados vizinhos. Na manhã desta quarta-feira, o governador em exercício, César Messias, acompanhado de deputados estaduais e secretários, visitou a sede da indústria, localizado na rodovia BR-317, no município de Capixaba. Ali ele a assistiu a um vídeo sobre o Grupo Farias, que tem sede em Pernambuco e diversas usinas espalhadas pelo Brasil, e conheceu o processo de fabricação do álcool.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Internet tem cursos gratuitos para empreendedores

Informação útil para aqueles que desejam trabalhar o tema empreendedorismo, ou sonham em abrir seu próprio negócio. É fundamental para o desenvolvimento do país e em consequência da Amazônia, que por sua grande extensão territorial e dificuldades de acesso se ressente de locais para desenvolver sua população nas habilidades negociais. E a internet facilita a vida dos muitos interessados nesse assunto..

Fonte: Folha.com

Com um pouco de disciplina, vontade de aprender, computador e acesso a internet, é possível estudar e tornar seu negócio mais competitivo sem gastar.
Instituições como a Open Course Ware Consortium são exemplos disso. Ela congrega escolas, faculdades e universidades de todo o mundo e oferece cursos gratuitos de alta qualidade técnica e educacional em forma de publicações digitais.
São mais de 200 instituições educacionais associadas em todo o globo.

sábado, 18 de junho de 2011

O futuro da Amazônia será decidido nesta década’, entrevista com o engenheiro agrônomo Adalberto Veríssimo

Publicado em junho 17, 2011 Fonte Portal Ecodebate

Desmatamento, violência e subdesenvolvimento são características que persistem na Amazônia há mais de três décadas, constata o engenheiro agrônomo Adalberto Veríssimo
Trinta anos depois do boom de investimentos em infraestrutura, o Brasil volta a projetar a construção de grandes obras na região norte e nordeste do país, onde está localizada parte da Floresta Amazônica. Desta vez, o ciclo de empreendimentos traz à tona uma discussão atual: como ampliar o crescimento brasileiro preservando áreas florestais e garantindo qualidade de vida à população da região. “Aquele manto verde, quase impenetrável e destrutível, depois de três décadas de ocupação e desenvolvimento, está sendo degradado em função de uma economia baseada na extração dos recursos naturais de forma predatória”, denuncia Adalberto Veríssimo. Romper com a conjuntura histórica de desmatamento, violência e pobreza na Amazônia, segundo o pesquisador do Imazon, é um dos desafios do governo. Em entrevista à IHU On-Line concedida por telefone, ele afirma que “se não forem feitos investimentos correspondentes em outras áreas, o PAC, por si só, não vai resolver o problema de subdesenvolvimento da Amazônia e pode, inclusive, agravar o desmatamento e os conflitos sociais”.
Adalberto Veríssimo é engenheiro agrônomo, pós-graduado em Ecologia, pela Universidade Estadual da Pensilvânia, EUA. Cofundador do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia – Imazon, atualmente é pesquisador sênior da instituição.

Confira a entrevista:

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sustentabilidade: adjetivo ou substantivo? artigo de Leonardo Boff

Uma reflexão coerente sobre o uso do termo "sustentabilidade" abordando a prática mais comum e sugerindo uma prática verdadeira. 

Publicado em junho 8, 2011
Fonte: Portal Ecodebate.
É de bom tom hoje falar de sustentabilidade. Ela serve de etiqueta de garantia de que a empresa, ao produzir, está respeitando o meio ambiente. Atrás desta palavra se escondem algumas verdades mas também muitos engodos. De modo geral, ela é usada como adjetivo e não como substantivo.
Explico-me: como adjetivo é agregada a qualquer coisa sem mudar a natureza da coisa. Exemplo: posso diminuir a poluição química de uma fábrica, colocando filtros melhores em suas chaminés que vomitam gases. Mas a maneira com que a empresa se relaciona com a natureza donde tira os materiais para a produção, não muda; ela continua devastando; a preocupação não é com o meio ambiente mas com o lucro e com a competição que tem que ser garantida. Portanto, a sustentabilidade é apenas de acomodação e não de mudança; é adjetiva, não substantiva.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Governo divulga metodologias de uso sustentável das florestas

Governo divulga metodologias de uso sustentável das florestas

Publicado em junho 7, 2011 

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Floresta de pé pode gerar lucros e se estiver regularizada, evita muitos dos problemas de violência, como os ocorridos recentemente na Região Norte contra lideranças rurais. É com essa premissa que o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel, inicia ontem (6), em Altamira (PA) uma oficina de Desenvolvimento Organizacional Participativo para 30 técnicos da sociedade civil e lideranças comunitárias das regiões da Transamazônica e do Rio Xingu, ligadas ao manejo florestal comunitário.
“As práticas de manejo florestal hoje em dia são adequadas para manter o potencial delas e, de quebra, gerar renda para as populações locais. Infelizmente boa parte da população ainda não sabe disso”, disse Hummel.

Iniciativa PNUD contra desmatamento na Amazônia

Brasília, 03/06/2011
Fonte: PNUD
Cadastro busca deter desmate na mazônia
Iniciativa conjunta de PNUD com o governo federal vai documentar proprietários de seis dos municípios que mais desmatam no país
BRUNO MEIRELLES
da PrimaPagina

Produtores rurais de seis dos municípios do Arco do Desmatamento da Amazônia — que apresentam índices de desmate superior à média da região — podem regularizar sua situação aderindo a uma espécie de “lista verde”, cadastro com as propriedades que, mesmo estando nessas localidades, não registraram níveis elevados de desmate ou assumiram o compromisso de recuperar a área degradada.

Trata-se do Cadastramento Ambiental Rural Municipal (CAR), projeto piloto fruto de uma parceria do governo com o PNUD que visa fazer um diagnóstico de todas as propriedades de Marcelândia (MT), Dom Eliseu (PA), Ulianópolis (PA), Acrelândia (AC), Senador Guiomard (AC) e Plácido de Castro (AC).

terça-feira, 3 de maio de 2011

Poda sustentável na Amazônia pode gerar milhões de dólares ao Brasil

Fonte Portal Terra 07/04/2011
A poda sustentável de árvores na Amazônia brasileira para a extração de madeira pode gerar ao país receita anual de US$ 6 bilhões e 170 mil empregos, segundo um estudo encomendado pelo Governo.
O chamado manejo florestal sustentável, além de garantir a preservação a longo prazo do maior pulmão vegetal do mundo, e de gerar renda e emprego para os habitantes da Amazônia, pode se transformar em uma atividade econômica de utilidade para o Brasil, segundo o estudo encomendado pelo Ministério da Fazenda.
Apesar de o relatório não ter sido publicado, suas conclusões foram citadas em Belém pelo diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Antônio Carlos Hummel, para defender a rapidez na concessão de áreas da selva a madeireiros interessados em explorá-las de forma sustentável e combater a devastação sem controle.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Isto não é Amazônia

Lúcio Flávio Pinto 
As regiões metropolitanas de Belém e Manaus, as duas maiores cidades da Amazônia, se aproximam de dois milhões de habitantes, a capital paraense à frente da amazonense. Com seus cinco municípios, a Grande Belém já está com 2 milhões de moradores. Para Manaus atingir essa marca, falta pouco mais de 200 mil habitantes. As duas cidades ocupam o 9º e o 10º lugares no ranking nacional.
Com esse tamanho, são cidades grandes em qualquer lugar do mundo. Mais ainda na Europa, cuja urbanização se espraiou muito mais do que no país que adotamos como modelo para quase tudo, os Estados Unidos. Não chegam a duas dezenas as regiões metropolitanas européias com mais de 2 milhões de habitantes. Só um exemplo: com um oitavo da extensão territorial do Brasil, a Itália tem um terço da população brasileira. E sua maior região metropolitana, a capital, Roma, tem 3,4 milhões de habitantes.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sítio traz biblioteca sobre desenvolvimento

Fonte: PNUD Brasil
Santiago, 07/04/2011
Banco de dados on-line reúne mais de 500 textos e estudos sobre o conceito, a mensuração e as abordagens do desenvolvimento humano
Reprodução

da PrimaPagina
O PNUD lançou uma biblioteca on-line de textos sobre temas sociais e econômicos. Chamado Centro de Documentação de Desenvolvimento Humano, esse banco de dados reúne mais de 500 publicações, como artigos de divulgação, papers científicos, relatórios e estudos, a maioria feita por escritórios da agência na América Latina e no Caribe.

O material é, predominantemente, em espanhol. Inclui relatórios de resenvolvimento humano, textos sobre o conceito de desenvolvimento humano e sobre o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), análises sobre o avanço nos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) e artigos sobre as várias áreas abrangidas pela perspectiva do desenvolvimento humano (meio ambiente, conhecimento, desigualdade, democracia, racismo, cultura, inovação etc.)
Um dos destaques da biblioteca é seu sistema de busca, que espelha justamente a diversidade de enfoques do desenvolvimento humano. O site dispõe de uma árvore de busca, por meio da qual é possível procurar os textos segundo a perspectiva adotada pelos autores (como Desenvolvimento das pessoas/ intimidade e privacidade). Também é possível fazer buscas pelos caminhos tradicionais (palavra-chave, autor, título e assunto).
“A grande contribuição do PNUD na construção do Índice de Desenvolvimento Humano foi conseguir que se avaliasse o desenvolvimento dos países com uma medida multidimensional que complementa o Produto Interno Bruto e ter propiciado a medição do resultado com múltiplos critérios”, observa um texto de apresentação do site. “Este último aspecto é que garante a interdisciplinaridade da abordagem do desenvolvimento. Por isso, consideramos que, para manter a coerência com a multidimensionalidade introduzida na medição do desenvolvimento, era necessário ter critérios similares no armazenamento dos documentos.”
A iniciativa de implementação do Centro de Documentação de Desenvolvimento Humano é da Direção Regional do PNUD para América Latina e Caribe.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

THEATRO DA PAZ: um dos maiores símbolos do império da borracha em Belém

Fonte: ANN _ Agência Norte de Notícias 10/04/2011

Inaugurado como Nossa Senhora da Paz, teve seu nome reduzido para Teatro da Paz dois dias depois da inauguração
Em julho de 1869 começa a sua construção, sendo destacada a arquitetura Neoclássica.
O Theatro da Paz foi fundado em 15 de fevereiro de 1878, durante o período áureo do Ciclo da Borracha, quando ocorreu um grande crescimento econômico na região. Belém viveu um significativo processo de transformação sócio-econômico nesse período, chegando a ser chamada de “A Capital da Borracha”. Mas, apesar desse progresso a cidade ainda não possuía um teatro de grande porte, capaz de receber espetáculos do gênero lírico. Buscando satisfazer o anseio da sociedade da época, o governo da província contrata o engenheiro militar José Tiburcio de Magalhães que dá inicio ao projeto arquitetônico inspirado no Teatro Scalla de Milão (Itália). Em julho de 1869 começa a sua construção, sendo destacada a arquitetura Neoclássica. Inaugurado como Nossa Senhora da Paz, alusão ao final da guerra do Paraguai, teve seu nome reduzido para Teatro da Paz dois dias depois da inauguração. Decorado de forma simples foi aos poucos sendo embelezado com novos elementos de decoração e pintura destacando os italianos Domenico D’Angelis e Capranezi. Em 1905 passa por uma significativa reforma chegando a sua forma definitiva.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Por uma Declaração Universal dos Direitos da Natureza. Reflexões para a ação, artigo de Alberto Acosta

Fonte: Ecodebate 31/03/2011
“A Natureza, como construção social, ou seja, como termo conceitualizado pelos seres humanos, deve ser reinterpretada e revisada integralmente se não quisermos colocar em risco a vida do ser humano no Planeta”, escreve Alberto Acosta em artigo publicado na Revista da AFESE (do Serviço Exterior Equatoriano), n. 54, agosto 2010.
Alberto Acosta é economista equatoriano, professor e pesquisador da FLACSO. Foi ministro de Minas e Energia do seu país entre janeiro e junho de 2007. Presidiu a Assembleia Constituinte que escreveu a nova Constituição do Equador, entre outubro de 2007 e julho de 2008. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.
“A Natureza tem muito a dizer, e já está na hora de nós, seus filhos, não continuarmos a nos fazer de surdos. E talvez até Deus escute o apelo que ressoa a partir deste país andino – o Equador – e acrescente um décimo primeiro mandamento que foi esquecido nas instruções que nos deu no Monte Sinai: ‘Amarás a Natureza, da qual fazes parte’” (Eduardo Galeano, 18 de abril de 2008).
A acumulação material – mecanicista e interminável de bens –, assumida como progresso, não tem futuro. Os limites dos estilos de vida sustentados na visão ideológica do progresso antropocêntrico são cada vez mais notáveis e preocupantes. Se quisermos que a capacidade de absorção e resiliência da terra não entrem em colapso, devemos deixar de ver os recursos naturais como uma condição para o crescimento econômico ou como simples objeto das políticas de desenvolvimento. E, certamente, devemos aceitar que o ser humano se realiza em comunidade, com e em função de outros seres humanos, como parte integrante da Natureza, sem pretender dominá-la.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Estatuto do Amazônida

Navegando pelos rios cibernéticos em busca de informações amazônicas, no sítio do MDIC deparei com um texto lido por mim há muito tempo atrás do Prof. Samuel Benchimol, um manauara pai d'égua que já subiu para o andar de cima, estabelecendo o Estatuto do Amazônida. Resolvi publicá-lo, já estava formatado, para aqueles que ainda não conhecem ou quiserem relembrar.

Estatuto do Amazônida
Todo Amazônida tem direito:
ao pleno uso, gozo e fruição dos seus recursos naturais existentes na área, desde que
o faça de modo não destrutivo. Fica estabelecido o seu direito à subsistência, liberdade
de escolha, livre iniciativa, trabalho produtivo e justiça social, e resguardada a sobrevivência
das gerações futuras e ao convívio harmonioso com a natureza;
a uma existência digna livre de quaisquer constrangimentos, injustiças e outras formas
coercitivas que limitem o exercício de seus direitos de cidadania;
de usufruir os produtos da floresta, cuja venda, a preços justos, lhe permita um padrão
de vida digno;
de utilizar os recursos pesqueiros de forma auto-sustentada, para garantir a alimentação
de sua família, a elevação de seu padrão de vida e o exercício de atividade empresarial;
nas zonas apropriadas, de se beneficiar dos seus bens minerais existentes na região,
dos recursos hídricos para transporte e geração de energia elétrica, do uso de terras
para fins agrícolas e para formação de campos de criação.

Todo Amazônida tem o dever:
de proteger os recursos naturais florestais, hídricos e terrestres de forma a garantir o
desenvolvimento econômico e social equilibrado, conservando-os e preservando-os
para as gerações atuais e futuras;
de resguardar as florestas naturais, parques nacionais, estações ecológicas, reservas
biológicas, santuários da vida silvestres, monumentos cênicos e sítios arqueológicos;
de exigir proteção às populações indígenas, assegurando-lhes a demarcação e posse
de suas terras e manutenção de sua identidade cultural;
 de lutar pelos seus direitos à saúde, educação, transporte, obras de infra-estrutura
que permitam o desenvolvimento individual e de suas comunidades;
de reagir contra toda e qualquer forma de intervenção internacional que implique o
constrangimento à soberania brasileira, sem embargo ao reconhecimento à cooperação
internacional legítima e bem intencionada, para promoção de defesa do meio ambiente
e do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

terça-feira, 29 de março de 2011

Municípios paraenses formam consórcio para reduzir desmatamento

29/03/2011 - 6h17
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Quatro municípios paraenses do entorno da Rodovia Transamazônica firmam hoje (29) protocolo de intenções para criar um consórcio e tentar estimular uma economia de base sustentável na região, um dos focos de desmatamento no estado. A iniciativa vai reunir as prefeituras de Anapu, Senador Porfírio, Brasil Novo e Altamira, as duas últimas incluídas na lista de municípios que mais desmataram a Amazônia.
Os governos municipais querem criar um novo modelo de desenvolvimento para a economia da região, que já passou pela exploração predatória de madeira e hoje é baseada na agricultura de baixa produtividade. Para substituir o atual modelo, os municípios buscarão recursos para investimentos em atividades como o manejo florestal, a redução do uso de fogo para abrir novas áreas e o reaproveitamento de pastagens degradadas.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Manejo sustentável substitui pesca predatória de crustáceo em comunidades de Gurupá, no Pará

Mais vale um camarão grande nas mãos...
Fonte RTS. Rede deTecnologia Social. 23/03/2011 – Era uma vez um povo que vivia onde o maior rio da Terra encontra o mar, lá nas bandas do Pará. Eles pescavam para comer, e nas águas havia abundância. Até que vieram os de fora e transformaram o camarão em comércio, atividade logo adotada também pelos de dentro. Tanta foi o excesso que o crustáceo foi rareando e reduzindo de tamanho, dificultando a vida de todos que dele dependiam. Um dia, porém, depois de muita briga, o grupo se uniu, passou a respeitar os tempos da natureza e hoje consegue extrair da terra o nela há de melhor.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Entrevista de Tânia Bacelar, no blog Brasilianas.org

Contribuição da Amiga Rosângela Costa do Banco da Amazônia. 
Seria interessante se existissem pessoas enganjadas pelo desenvolvimento  da Amazônia, que alcançassem o respeito e admiração e pudessem participar e influir nas ações para melhoria de nossa região como a Tânia Bacelar faz pelo nordeste.

Fonte: Brasilianas.org 12/01/2011
Por Lilian Milena
Ela nos convida a rediscutir o valor da diversidade brasileira e prosseguir na desconstrução da lógica dos investimentos centralizados no Sul e Sudeste, com o foco na ideia de nação, onde todos devem contribuir para reequilibrar as forças territoriais. Defende também a proposta de um país policentrico, e conhece os desafios e ações que podem solucionar o problema da miséria no semi-árido nordestino, afinal de contas, foram 30 anos trabalhando na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – Sudene.

Tânia Bacelar de Araújo é hoje professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). A socióloga e doutora em economia falou ao Brasilianas.org sobre a sua experiência no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, criado para assessorar as decisões da Presidência da República, e formado por 13 ministérios e 90 representantes da sociedade civil. 
Dentre os avanços do Conselhão está a criação de comissões para discutir diferentes temas, “assim se inscrevia na comissão quem achava que tinha alguma contribuição”, conta. A seu ver, a nova organização resultou em trabalhos mais concretos. Foram formados grupos para discutir a reforma tributária, de acompanhamento das obras do PAC e, no auge da crise, um para analisar e sugerir medidas anticíclicas ao governo. 

Alguns, lembra Tânia, não foram bem sucedidos, como o grupo da redução da jornada de trabalho. “Quando tem divergências [de opinião, a discussão] para, não anda. E a jornada de trabalho foi uma que não andou nem um pouquinho”, completa. Por isso, o conselho optou por priorizar temas onde a maioria dos representantes convergia seus interesses, com o objetivo de acelerar a tomada de decisões políticas.

Tânia também falou do papel da União na inclusão econômica do semi-árido, e considera as ações do governo muito tímidas para mudar de uma vez por todas a miséria histórica no local. As bases produtivas dessa região devem conviver com realidade do seu ecossistema, assim a professora sugere investimentos na criação de animais resistentes à seca, como caprinos, no lugar de bovinos - a Embrapa teria papel fundamental para ensinar as técnicas de criação dessas espécies.

A professora destaca que regiões nos estados do Ceará e Piauí tentam superar o atraso econômico com a produção bem sucedida de castanha e mel. E enfatiza que falta no Nordeste um grande debate sobre os impactos da transposição do rio São Francisco: “Qual é o espaço do pequeno produtor, do agricultor familiar, no projeto de desenvolvimento agropecuário a partir da transposição?" questiona.

Acompanhe a entrevista:

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Dilemas cercam inclusão social via programa de biodiesel

Trancrito do sitio da ONG Reporter Brasil

17/01/2011 
Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA) e Petrobras Biocombustível (PBio) destacam passos dados e fazem projeções para incluir mais famílias. Acadêmicos e organizações veem série de problemas que seguem em aberto
Por Antônio Biondi* e Maurício Hashizume
O desafio da inclusão social por meio da produção de agrocombustíveis continua em aberto. Enquanto representantes do governo federal - que idealizou e mantém há seis anos o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) - e da estatal Petrobras Biocombustível (PBio) - agente econômica de peso que vem atuando com força no setor desde 2009 - tendem a sublinhar passos no sentido da integração de pequenos produtores espalhados pelo país, analistas, pesquisadores da área e integrantes de movimentos sociais camponeses levantam um amplo rol de problemas e limitações relacionadas ao processo de incentivo e apoio à produção com efeitos reais para a superação do quadro de vulnerabilidade.