terça-feira, 24 de julho de 2012

Pneus feitos com borracha natural de plantas alternativas


Pneus feitos com borracha natural de plantas alternativas

Fonte: Site Inovação Tecnológica - 21/07/2012
Pneus são feitos de borracha natural de plantas alternativas
Os protótipos de biopneus foram fabricados usando o látex de cada uma das plantas separadamente, para avaliação de desempenho e desgaste. [Imagem: Basque Research/MBN]
Biopneus
Engenheiros europeus apresentaram os primeiros protótipos de pneus feitos inteiramente com borracha natural a partir de plantas consideradas alternativas.
Os biopneus foram fabricados com o látex das plantas guaiúle (Parthenium argentatum) e dente-de-leão da Rússia (Taraxacum kok-saghyz), um parente do dente-de-leão encontrado no Brasil (Taraxacum officinale).
A inovação é fruto de um esforço conjunto entre cientistas de várias instituições de oito países, reunidos pela União Europeia em torno do projeto EU-PEARLS.
Os protótipos estão sendo produzidos pela fabricante de pneus alemã Apollo Vredestein.
Mercado de borracha
Um dos objetivos do projeto é reduzir a dependência da Europa em relação ao látex importado da Ásia.
Além dos pneus, o material é indispensável para um sem-número de setores, e essencial para a fabricação de ítens como luvas cirúrgicas e camisinhas.
Todo o látex usado na Europa vem da seringueira (Hevea brasiliensis), cujos maiores produtores mundiais são Malásia, Indonésia e Tailândia.
Assim, o principal resultado do projeto foi identificar espécies produtoras de látex que se adequassem ao cultivo no clima europeu: o guaiúle deu-se bem na região do Mediterrâneo, enquanto o dente-de-leão da Rússia é mais adequado para as regiões mais frias.
O guaiúle já está sendo cultivado comercialmente na Espanha, mas o látex do dente-de-leão da Rússia mostrou-se de mais fácil extração.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Campanha ‘Adote um bacuri para sempre’



Fonte Portal Ecodebate 17/07/ 2012 
Bacuri
Conheça a campanha e seus os benefícios que ela pode trazer participando da 64ª Reunião Anual da SBPC, de 22 a 27 de julho
CHAPADINHA – O bacuri é uma fruta aromática, com polpa branca, baixa acidez, rica em vitaminas do Complexo B e sais minerais. É consumida diretamente ou utilizada na produção de doces, sorvetes, sucos, geleias, entre outros. O óleo extraído de suas sementes é usado na indústria de cosméticos e na medicina popular como anti-inflamatório e cicatrizante. Sua madeira resistente e de coloração bege-amarelada já foi muito utilizada na construção de embarcações e de casas, o que ainda é observado em muitas áreas de ocorrência natural. A fruta pode ser colhida nas Chapadas Maranhenses entre os meses de dezembro e março.
Consta na literatura que o bacuri é originário do Estado do Pará, no entanto, com grande dispersão nas regiões maranhenses da Baixada (Alcântara, Central, Mirinzal, Cururupu), Cerrados do Centro-Sul e no Baixo Parnaíba (Chapadinha, Santa Quitéria, Brejo). Esta fruta ganhou dimensão nacional e internacional, tornando-se a polpa mais cara do mundo. No mercado maranhense o valor é em torno de R$ 16 o quilo, enquanto no mercado europeu o preço pago pela polpa dessa fruta pode chegar a R$ 30.
Desde a década de 80, a paisagem natural das Chapadas Maranhenses vem sendo modificada. Os bacurizais estão sendo substituídos pelas plantações de grãos e madeiras utilizadas para a exportação, causando a destruição do reservatório genético desta espécie e de seus frutos que servem de fonte de renda para agroextrativistas. Pensando nisso o grupo Cio da Terra criou a campanha “Adote um Bacuri para Sempre”. O Cio da Terra, coordenado pela professora Maria Moura, é um grupo de pesquisa e extensão da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) nascido da parceria com a Associação de Moradores da Vila União, um povoado do município de Chapadinha, a 246 km de São Luís.
A ideia da campanha surgiu após a observação de que o Campus da UFMA em Chapadinha está rodeado de um grande número de bacurizais de tamanhos e idades diferentes e normalmente, não há recursos financeiros específicos para cuidar dessa espécie. Além disso, a procura pelo bacuri já supera a capacidade da produção atual.
A professora Maria Moura explica que o plantio do bacuri pode ajudar no combate a pobreza por ser uma alternativa excelente de fonte de renda para os agroextrativistas, que podem vender o produto na forma de sucos, geleias, bombons, entre outros ou ainda na forma de pomada com uso medicinal. “O plantio também pode ser importante no combate ao desmatamento visto que o bacurizeiro possui a característica ímpar de rebrotar, a partir de suas raízes. Se suas mudas forem manejadas de forma adequada (poda, espaçamento 10m x 10m) podem ser construídas várias miniflorestas”, explicou.
A adoção de uma muda para o cultivo dessa planta pode gerar emprego e permitirá a recuperação parcial de áreas desmatadas e abandonadas, e você pode participar da campanha adotando uma muda. Basta entrar em contato com o grupo Cio da Terra pelo e-mail gpciodaterra@hotmail.com.
Outra oportunidade de conhecer a campanha e os benefícios que ela pode trazer é participando da 64ª Reunião Anual da SBPC, que acontecerá em São Luís de 22 a 27 de julho, onde o CIO DA TERRA terá um espaço reservado para expor ações científicas e culturais. Um estande será montado no pátio do Colégio Universitário (COLUN), na UFMA, com exposição de livros e banners, além de produtos como pimentas, bombons, licores e pomadas feitas do bacuri. No local também será realizada uma homenagem ao compositor maranhense João do Vale, com a participação de Anderson Moz (estudante da UFMA e membro do grupo Cio da Terra) em voz e violão.
Não fique de fora e participe da campanha “Adote um Bacuri para Sempre”!
Campanha socializada pelo Programa Territórios Livres do Baixo Parnaíba e divulgada peloEcoDebate, 17/07/2012