segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Curso sobre Energia Solar Fotovoltaica capacita para negócios

Fonte: Ambiente 30/10/2016

Curso Energia Solar Ambiente Energia
O Curso Energia Solar Fotovoltaica, promovido pelo portal Ambiente Energia, é um curso independente de interesses comerciais. Aborda questões técnicas sobre a tecnologia, os cálculos para o dimensionamento de plantas fotovoltaicas, a viabilidade econômica dos sistemas interligados à rede elétrica, como realizar a conexão com as concessionárias de energia para “venda” da energia  excedente e as oportunidades do mercado, para quem deseja rapidamente gerar negócios após o término do curso. Estes são alguns dos objetivos do curso que terá as próximas turmas no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Fortaleza e Brasília

Estruturado em cinco blocos, o programa do curso abordará temas como critérios de desenho de usinas sobre terreno e sobre coberturas; principais componentes e tecnologias no mercado; sistemas fotovoltaicos – variantes e aplicações; estimativas de produção energética; dimensionamento dos componentes; orientações sobre licenciamento, monitoramento remoto da produção de energia, além da parte normativa e regulatória.














O curso é tem o foco nos profissionais de todos os segmento e empreendedores, com ou sem experiência no tema, interessados em trabalhar com a solução fotovoltaica, e desejam aprender a estruturar seus negócios ou ampliar o portfólio de serviços, com baixo investimento, para retorno financeiro rápido e de forma sustentável.
O treinamento já foi validado por profissionais das principais empresas do setor elétrico e órgãos reguladores do mercado como: Ministério de Minas e Energia, Ministério do Desenvolvimento Social, Ministério  do Meio AmbienteEmpresa de Pesquisa EnergéticaOperador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e outras empresas de diferentes segmentos como: Santander, Itaú, Unicamp, USP, UFRJ, Coca-Cola, Rede Globo, entre outras. As estratégias e informações que viabilizam o negócio fotovoltaico, repassadas para essas empresas, serão repassadas aos participantes para que possam ter sucesso também em seus negócios.

Serviço:
Curso Energia Solar Fotovoltaica
aplicações, dimensionamento e estruturação para o crescimento sustentável de negócios

Locais e datas das turmas de 2016 e 2017:

DEZEMBRO

Brasília-DF: 06 e 07 de dezembro
Fortaleza-CE: 09 e 10 de dezembro
Rio de Janeiro-RJ: 13 e 14 de dezembro

JANEIRO
Espírito Santo – 26, 27 e 28 de janeiro de 2017
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Informações sobre o curso:
Web: www.ambienteenergia.com.br/cursos
Email: eventos@ambienteenergia.com.br
Telefone: 21 3872 0355
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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Viajar para a Amazônia (Crianças): uma aventura inesquecível

Fonte: Revista Crescer 24/10/2016
Uma interessante opção para levar as crianças a conhecerem uma região diferente. A reportagem descreve o passeio até o Amazonas, mas nos demais estados da região se pode encontrar opções similares.

Passear pelo rio Negro de barco, visitar algumas de suas comunidades ribeirinhas e se aventurar em meio a botos e jacarés foi uma experiência marcante para 20 crianças da cidade grande

Por Depoimento de Sonia Penteado Edição Renata Menezes
Amazônia (Foto: Divulgação)
                                                                          “Foi exatamente em 22 de abril que o nosso grupo, composto de 20 crianças de 3 a 11 anos, dois adolescentes e 26 adultos, todos de São Paulo, iniciou sua descoberta de um Brasil até então desconhecido de quase todos ali – e também da maioria dos brasileiros. De barco, rio Negro acima, começamos nossa rápida, porém intensa viagem para explorar algumas das belas paisagens da floresta amazônica. Conhecer comunidades ribeirinhas e, ainda, nos aventurar em mergulhos com botos e procurar jacarés, em meio a uma escuridão e a um silêncio nunca experimentados em uma cidade grande, foram experiências maravilhosas.  
A viagem, na verdade, começou muito antes do dia 22. Sou jornalista, e como trabalho também como consultora na gestão de projetos de responsabilidade social para a SAP, uma empresa alemã de software com iniciativas sociais na Amazônia, fiquei apaixonada pelo que conheci da região – que é quase nada diante da imensidão da floresta. Queria muito dividir essa paixão com meu marido e filhos, Gustavo, 9 anos, e Eduardo, 6. A melhor notícia veio quando comentei essa vontade com um grupo de pais de amigos dos meninos e quase todos toparam a aventura de alugar um barco e passar dois dias passeando pelo rio Negro.

Para tudo sair conforme o esperado, tivemos que decidir muitas coisas – desde o tamanho do barco que seria indicado para nós até quais remédios eram convenientes na viagem. Por incrível que pareça, a escolha do barco foi uma das definições mais rápidas – e é bom já esclarecer que esse é o custo mais alto da viagem (veja no fim da reportagem). Amigos que trabalham na Fundação Amazonas Sustentável, entidade responsável por projetos de desenvolvimento social em mais de 500 comunidades na bacia amazônica, já tinham indicado, pelo conforto e segurança, o Hélio Gabriel, com 19 cabines triplas. Cada um reservou sua passagem aérea e todos decidimos ficar hospedados no mesmo hotel para aproveitar Manaus nos dois dias em que não estivéssemos a bordo. Viajamos em um feriado de quatro dias e o passeio no rio duraria apenas dois.
Para compensar o valor alto do aluguel do iate, achamos melhor economizar em outras frentes – contratamos nossa própria cozinheira e dispensamos a operadora de viagem. Nós mesmos fizemos a aquisição do combustível e da comida. Isso significa que, na véspera da viagem, fomos às compras da gasolina e dos alimentos que seriam nosso café da manhã, almoço, lanches e jantar, nos dois dias do passeio. Teve gente que perdeu uma manhã nessa tarefa, mas, em compensação, conheceu o histórico Mercado Municipal de Manaus, que é fantástico. 
OS ÍNDIOS KAMBEBA

Amazônia Ameaçada IV - Assentamento sustentável

Fonte: EBC Agencia Brasil 19/05/2016
Assentados de Juruena trocam a madeira por renda sustentável em reserva legal comunitária
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Por Maiana Diniz, da Agência Brasil 
Situado na região do Arco do Desmatamento, no noroeste de Mato Grosso, o município de Juruena abriga o Vale do Amanhecer, um assentamento com 140 km² de área onde vivem 250 famílias. Implantado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em 1999, o local é um caso raro de sucesso entre assentamentos de reforma agrária na região, tornando-se modelo e referência por conseguir aliar conservação ambiental e geração de renda, com aumento da qualidade de vida das famílias assentadas.
Na etapa de regularização, foi criada uma reserva legal comunitária, com área de 72 km², equivalente a 7,2 mil campos oficiais de futebol. A Floresta do Vale, como é chamada, é um importante reduto da vegetação nativa e tem garantido renda sustentável aos assentados. O local tem alto potencial para o extrativismo, com cerca de 2,5 mil castanheiras.
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A região de Juruena tem grande relevância ambiental por ser um ecótono, área de transição entre dois biomas, o cerrado e o amazônico. “As áreas de transição de ecossistemas abrigam espécies endêmicas, ou seja, que só existem aqui. Se a vegetação não for protegida, essas espécies podem ser extintas”, explica o engenheiro agrônomo Paulo César Nunes, um dos precursores do desenvolvimento sustentável na região.
Os assentados não lucram com a madeira. A ideia é trabalhar somente com produtos florestais não madeireiros. “A castanha é abundante e ainda há outras possibilidades, como a copaíba, o jutaí, jatobá e cumaru. Nem 20% do potencial dos recursos da floresta são explorados”, estima Paulo Nunes.
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O assentado Antônio Bento de Oliveira coletou mais de 2 mil kg de castanha na Floresta do Vale na safra 2015/2016
Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Ibama E MPF Responsabilizam Empresas Por Financiar Desmatamento Na Amazônia


Brasília (22/10/2016) – O Ibama e o Ministério Público Federal (MPF) iniciaram na última quarta-feira (19/10) operação de combate ao desmatamento na Amazônia com objetivo de punir empresas que comercializaram, financiaram ou intermediaram produtos agrícolas oriundos de áreas onde a floresta foi suprimida ilegalmente, além de produtores rurais que tenham descumprido embargos ambientais.
As ações de fiscalização concentram-se inicialmente no estado do Mato Grosso e já resultaram em dezenas de autuações ambientais, que totalizam cerca de R$ 170 milhões em multas relacionadas ao plantio e ao comércio de 148.643 sacas de grãos (soja e milho). Foram identificadas infrações por descumprir embargos e impedir a regeneração da vegetação. Dentre os infratores encontram-se fazendeiros, tradings e um banco.
As investigações revelaram um esquema de cultivo em áreas que já haviam sido embargadas pelo Ibama na Amazônia – atividade, portanto, ilegal. A produção agrícola era financiada por empresas acusadas de intermediar e controlar a comercialização das safras no Brasil e no exterior, conhecidas como tradings. Também ficou demonstrada na investigação fraude nos mecanismos de controle do desmatamento ilegal por meio do arrendamento de terras a terceiros, que buscavam financiamento na agroindústria e nas tradings, utilizando contratos conhecidos como Cédulas de Produto Rural (CPR).
Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que, em 2015, foram desmatados 6.207 km² na Amazônia, dos quais 1.601 km2 (25,8%) no Mato Grosso. Para conter o avanço dessa prática, uma das principais medidas administrativas usadas pela fiscalização do Ibama é o embargo da área ou atividade para impedir a continuidade do dano ambiental. Desde 2008, quando uma área é embargada, sua localização e os dados da infração e do infrator ficam disponíveis no site do Instituto.A lista pública de áreas embargadas e autuações ambientais é um instrumento para que  instituições financeiras possam verificar se beneficiários de crédito não apresentam irregularidades, e para que o mercado possa consultar se o produto comercializado é proveniente ou não de área desmatada ilegalmente.
Essa lógica de controle vai ao encontro do compromisso assumido a partir de julho de 2008 por diversas empresas de não adquirir ou financiar grãos plantados em áreas desmatadas irregularmente na Amazônia. O pacto é conhecido como moratória da soja e vale para áreas embargadas pelo Ibama e para propriedades que constem no Cadastro de empregadores que tenham submetido trabalhadores a condições análogas à de escravo, do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS).

Reportagem especial sobre queimadas: 2 – Um menino esquenta a Amazônia

Fonte: IPAM 20/10/2016
Em agosto e setembro, o Inpe detectou 425.178 focos de calor no bioma amazônico. Nos mesmos meses de 2015, foram registrados 444.942 focos, cerca de 4% a mais. Já a área queimada cresceu pouco mais de 5%, de 102.965 para 108.655 quilômetros quadrados, na mesma comparação.
Esse fogaréu todo responde pelo nome de El Niño (“o menino”, em espanhol), que começou no ano passado e só foi perder força no primeiro semestre de 2016.
El Niño é um fenômeno natural climático como consequência do aquecimento fora do normal das águas do Oceano Pacífico na altura da costa do Peru. Conhecido por alterar globalmente os índices pluviométricos e os padrões de vento, no Brasil ele atinge as regiões de formas diferentes. Ao modificar a distribuição de calor e umidade, El Niño geralmente causa excesso de chuva no Sul do país e redução no Nordeste e no Leste da Amazônia.
No período de 2015-2016, a temperatura da superfície do Oceano Pacífico foi a mais alta registrada desde 2001, quando começou o monitoramento de queimadas por satélite. Para piorar, a temperatura da superfície do Oceano Atlântico também esteve acima do normal, o que intensificou a seca e, por consequência, as queimadas na Amazônia este ano1.
Alta intensidade

Reportagem especial sobre queimadas: 1. A Amazônia que arde


Fonte: IPAM 20/10/2016
O ano de 2016 caminha para ser o mais quente já registrado. Enquanto isso, no Brasil, um dos El Niños mais intensos das últimas décadas exacerbou a estação seca em boa parte da na Amazônia.
Quando esses dois quadros se juntaram ao uso inadequado do fogo nos últimos meses, vastos quinhões da Amazônia arderam, com graves consequências para as populações, para a economia e para a natureza.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a área queimada na região em setembro1 chegou a 54,5 mil quilômetros quadrados, maior do que o Estado do Rio – extensão pouco menor do que em setembro de 2015, contrariando previsões iniciais de potencial recorde neste ano.
Nem por isso há o que se comemorar: largas áreas de vegetação foram incendiadas. “Sabemos que está ocorrendo o aumento da estação seca na Amazônia e uma alteração no ciclo hidrológico, mas ainda não sabemos direito as causas”, diz o cientista Paulo Artaxo, professor na Universidade de São Paulo (USP) e conselheiro do IPAM.
Estresse

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Operação Amazônia 2016 treina militares das Forças Armadas

Fonte: Portal Brasil 17/10/2016
Ação ocorre até 18 de outubro e conta com mais de 1,8 mil militares das três Forças. Uma das atividades foi acompanhada pelo ministro da defesa, Raul Jungmann, no último sábado (15)
Foto: Felipe Barra/Ministério da Defesa
A última edição da Operação Amazônia ocorreu em 2014, nas cidades de Manaus, Boa Vista e Normandia, a 180 quilômetros da capital de Roraima
A última edição da Operação Amazônia ocorreu em 2014, nas cidades de Manaus, Boa Vista e Normandia, a 180 quilômetros da capital de Roraima
O porto da cidade de Iranbuba (AM), às margens do rio Solimões, recebeu tropas militares que participaram de uma simulação sobre dominação de grupos guerrilheiros. A ação, que aconteceu no último sábado e contou com a presença de militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, é parte da Operação Amazônia 2016. O objetivo é treinar os Estados-Maiores Conjuntos das Forças Armadas para a interoperabilidade em operações no ambiente amazônico.
Em Iranbuba, a ação foi acompanhada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann. Em outro cenário, a simulação de civis feridos por explosão serviu para mostrar a capacidade de atendimento médico no local, com a atuação de profissionais médicos e enfermeiros no socorro de vítimas.
 “Esse tipo de exercício é fundamental para que as nossas Forças, em primeiro lugar, estejam adestradas e prontas para atuar em um cenário como este ou similar, aqui ou na defesa das nossas fronteiras, e, também, para que exercitem aquilo que se chama interoperabilidade, ou seja, a capacidade das Forças de atuarem conjuntamente, de forma articulada”, destacou Jungmann.
Operação Amazônia
As atividades desenvolvidas em Iranduba compreenderam um assalto aeromóvel (tropas transportadas por helicópteros), realizado pelo 1º Batalhão de Infantaria de Selva Aeromóvel, em aeronaves do 4º Batalhão de Aviação do Exército e do 7º/9º Esquadrão da Força Aérea Brasileira, organizações sediadas em Manaus.
Além disso, tropas navais isolaram o porto de Iranduba para assegurar a tomada do local pelo Batalhão de Operações Ribeirinhas, desembarcado pela Flotilha Amazonas.
Em seguida, o ministro assistiu à simulação de atendimento de feridos, por meio da prática de medicina operativa, e a evacuação para o Hospital de Campanha da Força Aérea Brasileira, montado no porto de Iranduba e 
Ação cívico social

Amazônia Ameaçada III - Desafios para o fim do desmatamento


Fonte: EBC Agência Brasil 19/05/2016
Imagens de satélite indicam retomada do desmate ilegal da Amazônia em Mato Grosso desde 2013
Por Maiana Diniz, da Agência Brasil 
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O desmatamento ilegal da Floresta Amazônica avança a despeito da importância que a comunidade científica mundial e a sociedade atribuem ao bioma e ao impacto de sua destruição no clima do planeta. Em Mato Grosso, a região noroeste abriga o último maciço da floresta no estado e sofre forte pressão para exploração madeireira e ocupação de novas áreas para a produção agropecuária.
Entre os meses de agosto e dezembro de 2015, 419 quilômetros quadrados de Floresta Amazônica desapareceram do mapa no estado, de acordo com dados do Sistema de Alerta do Desmatamento (SAD), operado pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com base em imagens de satélite gerados pela plataforma Google Earth Engine (EE).
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A derrubada da mata nativa faz de Mato Grosso o único estado da Amazônia Legal a ampliar a área desmatada nos últimos cinco meses de 2015, com aumento de 16% no corte raso da floresta em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do SAD.
Entre janeiro e março de 2016, período de chuvas na região amazônica, as nuvens dificultam a visualização do desmatamento e da degradação florestal. O Boletim de Desmatamento da Amazônia Legal referente a janeiro de 2016, do Imazon, informa que Mato Grosso apresentou 63% de seu território coberto por nuvens, impedindo o cálculo do desmatamento no período.
Análises de imagens de satélite mostram que a tendência de retomada do desmatamento no estado começou em 2013. Segundo a especialista do Instituto Centro de Vida (ICV) de Mato Grosso Alice Thuault, o desmatamento total detectado de agosto a dezembro de 2015 é 670% maior do que o registrado no mesmo período em 2013.
“O padrão do desmate no estado mudou nos últimos 15 anos, provavelmente por causa dos satélites que dificultam que grandes áreas sejam derrubadas. Hoje, temos vários desmates pequenos, enquanto no passado eram mais comuns os grandes”, disse Alice. Segundo ela, o fato indica que novos pequenos proprietários continuam abrindo áreas, especialmente no noroeste do estado.
O chefe da Unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do município de Juína, responsável pela fiscalização de toda a região noroeste do estado, explica que o potencial econômico da madeira e das terras da região ameaçam o que resta da floresta. “Há uma certa ganância pelos recursos madeireiros do último maciço florestal de Mato Grosso e que tem colocado em xeque a sobrevivência da floresta na região. O avanço da agricultura nas áreas de pecuária tem empurrado o gado ao norte, e essas florestas já enfraquecidas pela exploração madeireira vão cair, é uma conta matemática”, avaliou.
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A superintendente do Ibama em Mato Grosso, Livia Passos Martins, defende a mudança do modelo de desenvolvimento da região como o único caminho para pôr um ponto final no desmate ilegal. “Já existem tecnologias que permitem o avanço do agronegócio sem ser sobre áreas remanescentes. Precisamos rediscutir o modelo do estado para tentar entender porque há mais de 20 anos o estado avança no agronegócio mantendo o formato anterior de desmatamento da
floresta.”

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Fazenda usa água do mar e sol para cultivar tomates

Fonte:  Gazeta do Povo 10/10/2016
Iniciativa do grupo inglês Sundrop Farms, o empreendimento deve produzir 17 mil toneladas do fruto por ano
 | Divulgação/Sundrop
Divulgação/Sundrop
Foi inaugurada na última semana, em pleno deserto australiano, a primeira fazenda do mundo a usar um sistema que combina água do mar dessalinizada e sol para produzir alimento. Iniciativa do grupo inglês Sundrop Farms, espera-se que a fazenda, que tem 19,6 hectares e está localizada na cidade de Port Augusta, cultive 17 mil toneladas de tomate por ano sem nenhum tipo de pesticida, combustíveis fósseis ou água subterrânea - método comum de irrigação na agricultura tradicional.
A água, que vem do Golfo Spencer, a cerca de 1,9 quilômetros de distância da instalação, é bombeada para uma usina de dessalinização alimentada por energia solar. Em seguida, é utilizada para irrigar 180 mil pés de tomate plantados em uma estufa forrada com um tipo de papelão embebido em água do mar, para que a temperatura para o cultivo seja ideal, contrariando o clima seco da região.
A energia solar utilizada para o cultivo é gerada por 23 mil espelhos que refletem a luz do sol para uma torre receptora de 115 metros de altura. Em um dia ensolarado, mais de 39 megawatts de energia podem ser produzidos, o suficiente para alimentar a estufa e o sistema de dessalinização.
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Os frutos são cultivados com a técnica hidropônica, método que não utiliza o solo, substituído por uma solução nutritiva. No caso do empreendimento da Sundrop, as plantas florescem em cascas de coco. O método hidropônico aliado ao uso da água dessalinizada e da energia solar abre uma nova porta para a produção sustentável de leguminosas.
Um ponto negativo do projeto é o custo. Para montar a fazenda do zero, foram gastos nada menos que US$ 200 milhões - cerca de R$ 640 milhões na cotação atual -, isso sem levar em consideração o valor de manutenção do empreendimento.
Colaborou: Mariana Balan.

Estudo revela que 23 milhões de animais foram mortos na Amazônia

Fonte: O Globo 13/10/2016
POR 


Animais terrestres, como a onça pintada, foram menos impactadas pela caça comercial do século XX
Foto: Grupo Indígena Paumari, André Pinassi Antunes e Eduardo Von Muhlen

RIO — Um levantamento inédito em registros de entrepostos comerciais na Amazônia revela a dimensão do dano provocado pela caça a grandes animais da região ao longo do século XX. Em pouco mais de seis décadas, entre 1904 e 1969, 23,3 milhões mamíferos e répteis selvagens, de ao menos 20 espécies, foram caçados por causa de suas peles, provocando dano irreparável a algumas populações. Os números apontam dois períodos críticos, sendo o primeiro durante a Segunda Guerra Mundial, por causa da chegada de dezenas de milhares de colonos para exploração da borracha, e o segundo durante a década de 1960, provocado pela alta nos preços internacionais puxados pela indústria da moda.

Os registros mostram que nos primeiros anos do século passado a caça comercial era praticamente inexistente, mas após o colapso da borracha, em 1912, o mercado de peles começou crescer, para substituir a renda antes gerada pelo látex. O aumento foi gradual até a década de 1930, quando os EUA se consolidaram como principais importadores do produto. Com a captura pelos japoneses das plantações de borracha na Malásia durante a Segunda Guerra Mundial, dezenas de milhares de colonos chegaram à região para o segundo ciclo da borracha, e eles tinham na caça um complemento para a renda.— E esses números são subestimados — diz Carlos Peres, professor da Universidade de East Anglia, do Reino Unido, e coautor do estudo publicado na quarta-feira, na “Science Advances”. — Isso é somente na região ocidental da Amazônia brasileira, e não conta a mortalidade colateral. Muitos dos animais mortos não chegam a ser coletados pelos caçadores, e muitas peles apodrecem antes de chegar no entreposto.
Os caçadores eram, sobretudo, ribeirinhos que atuavam na indústria extrativista que, no tempo livre, caçavam para subsistência, esticavam o couro do animal e vendiam para comerciantes e exportadores. O Censo de 1950 registrou cerca de 89 mil pessoas trabalhando na extração da borracha e da castanha, e apenas 528 que se declaravam caçadores.

Peles de onça, lontra e jaguatiricas eram produtos comuns em curtumes de Manaus na década de 1950 - REPRODUÇÃO/IBGE

Com o fim da guerra, os preços das peles caíram, e só voltaram a subir no início da década de 1960, puxados pela indústria da moda. O segundo pico aconteceu em 1969, quando foi registrado o comércio de 860 mil peles. Durante quatro décadas, entre os anos 1930 e 1960, os dez animais mais explorados movimentaram US$ 500 milhões. Apesar de a caça ter sido banida oficialmente no país em 1967, acordos permitiram uma sobrevida da exploração, para liquidação dos estoques, até 1969.
— Hoje, não é politicamente correto ostentar um casaco de peles, mas nos anos 1950, 1960, era a coisa mais chique do mundo — diz Peres.
ANIMAIS AQUÁTICOS NÃO SE RECUPERARAM

UFPA inscreve para Mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia

Nova oportunidade de mestrado.
Fonte: G1 PA 11/10/2016

São 21 vagas disponíveis no campus de Bragança.
Inscrições abertas até 28 de outubro.

O Mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia da Universidade Federal do Pará (UFPA) está com inscrições abertas até o dia 28 de outubro para 21 vagas disponíveis em duas linhas de pesquisa, com ingresso para fevereiro de 2017. O curso é voltado para trabalhar a prática em pesquisa a partir da experiência com diferentes práticas culturais e organizações sociais, mediante a compreensão e a conexão de diversos discursos e linguagens praticadas na região.
A oferta é feita através do Programa de Pós-Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia (PPLSA) da Faculdade de Letras da UFPA(retirar) do campus universitário de Bragança. O curso é voltado para todos os portadores de diploma de nível superior, bacharelado e/ou licenciatura, com carga horária mínima de 2.400 horas.

A área de concentração Linguagens e Saberes procura qualificar profissionais para atuar em ensino e pesquisa, visando à análise das experiências relacionadas aos repertórios em que estão implicados saberes, linguagens e culturas, como realizações de práticas sociais, bem como os âmbitos e dimensões de suas representações e a socialização dos conhecimentos produzidos, observando-se a interação homem e meio na Amazônia.
Para dar conta de tais processos, entende-se que há a necessidade de uma abordagem multidisciplinar em condições de instrumentalizar a análise das diversas construções desses repertórios, em suas várias dimensões – histórica, política, estética e artística – além de proporcionar métodos e procedimentos para a abordagem de representações e práticas das diversas modalidades culturais, assim como das condições em que esses repertórios são produzidos e aplicados, bem como dos grupos sociais que os mantêm vivos.
As inscrições deverão ser feitas na Coordenação do Programa de Pós Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia, localizada no Campus de Bragança, até o dia 28 de Outubro, nos horários de 9h às 12h e 15h às 18h, de segunda a sexta feiras, apresentando a documentação exigida através do edital.
As inscrições são presenciais e não há cobrança de taxa no ato da entrega dos documentos.
Serviço:
Mestrado em Linguagens e Saberes na Amazônia
Local: Coordenação do Programa de Pós Graduação em Linguagens e Saberes na Amazônia. Campus Bragança/UFPA (Rua Leandro Ribeiro s/n. CEP 68.370-000 – Bairro da Aldeia)
Horário: 09h às 12h e 15h às 18h.
Valor: Gratuito.
Mais informações: (91) 3425- 1593 – (ramal 213) e (91) 987251203

Surfistas mapeiam o Amapá e encontram novos pontos da pororoca

Fonte: amazonia.org.br 13/10/2016
Surfista mapeiam novos pontos desde o fim da pororoca no rio Araguari em 2014 (Foto: Luciano Cabal/Arquivo Pessoal)
Após o fim da pororoca no rio Araguari, no leste do Amapá, em 2014, um grupo de surfistas amapaenses resolveu mapear o estado em busca de outros lugares onde o fenômeno acontece e encontraram cinco pontos possíveis, sendo um no distrito do Bailique e os outros quatro no município de Amapá, a 304 quilômetros de Macapá.
Jim Davis, idealizador do projeto que mapeou novos pontos da pororoca (Foto: Rafael Moreira/GE-AP)
Jim Davis, idealizador do projeto que mapeou novos pontos da pororoca (Foto: Rafael Moreira/GE-AP)
Apesar dos novos pontos do fenômeno da pororoca serem em menores proporções do que acontecia no rio Araguari, as informações sobre o mapeamento serão usadas para montar um relatório que será utilizado no incentivo ao turismo local.
– O comércio pode girar em torno do surfe com roupas e materiais, então se conseguirmos trazer o turista americano ou o europeu, que tanto gosta de surfar e nunca viu uma onda de extensão tão grande em uma floresta, poderemos desenvolver o Amapá e fomentar o comércio – contou Jim Davis, um dos idealizadores do mapeamento da pororoca.

Fim da Pororoca no rio Araguari 

Amazônia Ameaçada II - Guardiões da floresta

Fonte: EBC - Agência Brasil 19/05/2016
Segunda postagem da série Amazônia Ameaçada.

Contra a corrente, guardiões da floresta lutam para manter a Amazônia em pé


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As árvores de babaçu sobrevivem na paisagem devastada
Marcelo Camargo/ Agência Brasil









Por Maiana Diniz, da Agência Brasil 

A estrada de terra que parte de Colniza em direção à vila do Guariba, distrito do município a cerca de 150 km de distância, é margeada por áreas abertas de pasto, sem vegetação nativa, a não ser a típica árvore de babaçu. Todos na região sabem o motivo: a espécie estraga a corrente da motosserra e é ruim de derrubar, o que explica porque sobreviveram no cenário desmatado.
A cerca de 80 km de Colniza, no extremo noroeste do estado, próximo ao Amazonas e a Rondônia, a paisagem muda com o surgimento de árvores altas que anunciam a Floresta Amazônica densa em áreas conservadas da região.
Do lado esquerdo da estrada fica a Reserva Extrativista Guariba-Roosevelt, com 138.092 hectares nos municípios de Aripuanã e Colniza, onde vivem cerca de 400 ribeirinhos extrativistas que tiram o sustento da mata em pé. Do lado direito da estrada fica a Terra Indígena (TI) Kawahiva do Rio Pardo, com 411.844 hectares, onde vive um grupo de indígenas isolados da etnia Kawahiva, do tronco linguístico Tupi.
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À esquerda, a Resex Guariba-Roosevelt. À direita, a TI Kawahiva do Rio Pardo
Marcelo Camargo/ Agência Brasil