sábado, 3 de julho de 2010

Biodiversidade ou Biomassa?

Neste artigo Flavia Pardini registra uma questão bastante interessante levantada pelo pesquisador  Craig Leisher em recente seminário ocorrido em Londres. É uma constatação acadêmica baseada em extensa revisão bibliografica, mas que pode ser intuida facilmente quando se observa a realidade das pessoas em áreas de conservação com recente implantação, ou sobre processo de fiscalização intensa, como na necessária e exemplar  operação arco de fogo, onde há uma intervenção abrupta em grande parte da atividade econômica local, sem a apresentação de contrapartida imediata para a vida das pessoa que dela dependem.

Defendo e propago sempre a necessidade basilar de conservação da natureza, em especial pelo foco deste espaço, do bioma amazônico, mas insisto que ela tem que ser pensada sempre em harmonia com a população lá habita. 

Com que bio eu vou?

Fonte Revista Página 22
por Flavia Pardini*
Um pesquisador afirma que biomassa é mais importante para reduzir a pobreza do que biodiversidade, atiçando o debate acadêmico sobre conservação a favor dos pobres
Radar “As pessoas não se interessam pela biodiversidade”, resumiu Craig Leisher, pesquisador-sênior da ONG The Nature Conservancy, ao explicar à imprensa os resultados de uma revisão de 400 artigos científicos e documentos sobre projetos em que a conservação da biodiversidade funciona como mecanismo para redução da pobreza.
Leisher e seus colaboradores concluíram que às vezes o mecanismo oferece uma rota para que a população local saia da pobreza, porém mais frequentemente atua como rede de segurança para evitar que mergulhe ainda mais fundo nela.  E, em alguns casos, pode se tornar armadilha de pobreza.
A prioridade, quando se trata de reduzir a pobreza, segundo Leisher, deve ser a biomassa, e não a biodiversidade.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Apostando no monitoramento global de florestas tropicais, Inpe inaugura instalações em Belém

Saindo da área da Embrapa, onde estava instalado provisóriamente e instalando-se no Parque ciência e Tecnologia do Guamá, o CRA do INPE começa na casa nova com a assinatura de convênios e mostrando a força da instituição que é tão importante para o monitoramento da Amazônia.

Fonte VNews - 09h12min - 01/07/2010

Durante a cerimônia, Instituto assina acordo que irá permitir a realização de nove cursos em vários idiomas
Em seu Centro Regional da Amazônia (CRA), em Belém, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) capacitará técnicos de vários países para o monitoramento por satélite de florestas tropicais.
Nesta quinta-feira (1), durante a cerimônia de inauguração da sede própria do CRA, o Inpe assina com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) acordo que irá permitir a realização de nove cursos que serão ministrados em inglês, francês e espanhol ao longo de três anos – entre 2010 e 2013.