quarta-feira, 19 de maio de 2010

Alcoa investe no Brasil, mas questiona custo da energia

A estória é sempre a mesma, a empresa quer investir mas precisa de subsídios. Quando da crise do petróleo nos anos 70 quando foi acertado a construção da primeira grande fábrica de alumínio na Amazônia, onde o estado brasileiro entrou como sócio, através da então estatal Vale do Rio Doce, resolvendo assim um problema do proibitivo custo da energia para produzir o alumíni.o no Japão. No cronograma financeiro da implantação da Albras estava contemplado 800 milhões milhões de dólares para a construção da hidrelétrica de Tucurui, quantia que não foi investida pelos japoneses e sim pelo governo brasileiro, que além dos grandes incentivos fiscais dado a empresa, construiu sózinho a hidrelétrica e garantiu a venda subsidiada de a energia por vinte anos. Algumas coisa mudaram de lá para cá, mas é sempre preciso ficar alerta, pois se os investimentos são importantes para a economia regional, é imprescindivel que a sociedade receba de maneira efetiva parte dos benefícios e lucros gerados por um projeto em que ela propria contribui.

Alcoa investe no Brasil, mas questiona custo da energia

Fonte: Brasil Econômico
Data do documento: 19/05/2010
A Alcoa, maior produtora de alumínio dos Estados Unidos, planeja expandir a produção do metal no estado do Pará e estuda construir uma nova unidade de transformação de alumina em alumínio, disse o presidente da Alcoa Alumínio, Franklin Feder.
A companhia deverá investir US$ 3 bilhões no empreendimento, e não descartou fechar outras instalações no país por conta dos "altos custos" de energia elétrica.

Os gastos com energia nas plantas da Alcoa localizadas no Maranhão estão entre os mais altos da companhia, disse Feder.
Para reverter esta situação, a empresa estuda a construção de uma represa hidroelétrica para atender a demanda da nova planta no estado do Pará, que produzirá no mínimo 300 mil toneladas de alumínio por ano, enfatizou o executivo.
"O novo investimento depende da demanda e dos custos de energia", explicou Feder. "Os gastos com energia voltaram a ser proibitivos no Brasil", acrescentou.
A Alcoa, com sede em Nova York, está alterando sua produção para locais onde o custo com energia é menor, desde a Islândia até a Arábia Saudita, ao mesmo tempo em que eleva sua competitividade com as rivais Aluminum Corp. of China (Chalco) e Norsk Hydro ASA.
As faturas de eletricidade representam cerca de um terço do custo de produção do alumínio, metal utilizado em aeronaves, por exemplo.
No Brasil, a Alcoa opera oito plantas. Às 10h50 (horário de Brasília), as ações da companhia, negociadas na Bolsa de Nova York, registravam queda de 0,50%, cotadas a US$ 11,76.
(Lucia Kassai e Matt Craze/Bloomberg News)

Nenhum comentário:

Postar um comentário