terça-feira, 25 de maio de 2010

Parceria pode ajudar Amapá a cumprir Objetivos Do Milênio - ODM

Parceria pode ajudar Amapá a cumprir Objetivos Do Milênio - ODM
Fonte: PNUD, 21/05/2010
PNUD ajudará na capacitação técnica do estado da região Norte e em projetos para acelerar o cumprimento dos oito Objetivos do Milênio
MARCELO OSAKABE
da PrimaPagina
O governo do estado do Amapá, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e o PNUD assinaram um acordo para o "Fortalecimento das Capacidades Locais para o Alcance dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM)". A meta do projeto é, ao longo de quatro anos, elevar as respostas de governo, sociedade civil e iniciativa privada amapaenses no sentido de avançar no desenvolvimento humano e no cumprimento dos ODM até o prazo fixado de 2015.
O acordo integra o Programa de Desenvolvimento Humano Local (PDHL), que visa identificar soluções práticas de melhoria dos índices de desenvolvimento humano pelo Brasil e divulgá-las para os municípios. Atualmente, o PDHL possui projetos pilotos em quatro cidades brasileiras", que, segundo Ieva Lazareviciute, oficial coordenadora do PDHL, já estão colhendo frutos em termos de metodologias testadas. "O programa no Amapá será desenvolvido nos mesmos moldes metodológicos dos outros, e vai se aproveitar das experiências deles", afirma.

No estado do Norte, o acordo funcionará da seguinte forma: primeiro, os técnicos do PNUD darão início aos trabalhos de diagnóstico e avaliação das suas necessidades, assim como de promoção de integração, treinamento e capacitação de lideranças nos municípios. Eles também trabalharão com o governo para melhorar a capacidade de gestão de recursos e de encaminhamento de projetos, um aspecto visto como falho em outras pequenas cidades em que o PNUD está presente.

Em um segundo momento, a iniciativa deve apoiar a implantação de projetos que acelerem o desenvolvimento humano. Os principais problemas a serem combatidos vão ser definidos em conjunto com a comunidade, mas dois já estão delimitados.

Um é promover o desenvolvimento sustentável do estado, que conseguiu preservar 90% da cobertura original, a maior porcentagem entre os estados da região amazônica. O outro é melhorar os indicadores de mortalidade infantil e materna, uma preocupação das regiões Norte e Nordeste, que têm os piores índices nesses quesitos.

Boas práticas

Ieva conta que uma das experiências que podem ser aproveitadas encontra-se no próprio Amapá, na cidade de Santana. É o programa Promovendo a Vida e o Desenvolvimento Saudável, uma iniciativa que oferece às gestantes serviços de acompanhamento pré-natal e outros diagnósticos e atendimento de laboratórios. O projeto foi um dos ganhadores do 3º Prêmio ODM Brasil.
Além disso, o PNUD também está de olho na construção da ponte entre Oiapoque e a Guiana Francesa, que promete incrementar o tráfico de pessoas e mercadorias.

O Amapá ocupa a 12ª colocação no ranking brasileiro do IDH, com um índice de 0,753 (abaixo da média nacional, que é de 0,766). Foi o estado quem procurou o PNUD, o que, segundo a coordenadora do projeto, é uma característica importante, pois "é bom é ter esse comprometimento por parte do governo do estado".

O representante-residente do PNUD, Jorge Chediek, também vê com bons olhos o compromisso assumido pelos amapaenses. Ele disse que a agência pode ajudar o estado em novas parcerias capazes de impulsionar ainda mais a iniciativa. "Podemos ser facilitadores para a articulação com os países vizinhos", resume.

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