segunda-feira, 10 de maio de 2010

Lula Lança no Pará Programa de Óleo de Palma

Fonte: Diário do Pará de 07/05/2010
"ÓLEO DE PALMA
Lula veio ao Pará lançar o Programa Nacional de Estímulo à Produção de Óleo de Palma, que não vai aumentar o desmatamento na Amazônia. Pelo contrário, ajudará a recuperar áreas degradadas. Pelo menos essa é a aposta do governo federal que pretende transformar o Pará num grande polo de biodiesel. A palma, já usada na produção de óleos comestíveis e cosméticos, vai representar, para o Estado, uma espécie de petróleo verde. “O governo só vai incentivar a produção da palma em áreas desmatadas antes de 2008”, disse o presidente durante o lançamento do Programa no município de Tomé-Açu.
“Não será necessário derrubar uma árvore da Amazônia ou de outro bioma para plantar a palma”, reiterou o presidente, anunciando que o governo não vai dar licença ambiental, nem crédito a qualquer indústria que produzir palma fora dos padrões definidos pelo governo dentro do zoneamento agro-ecológico da cultura de palma.
Tradicionalmente uma cultura típica de grandes áreas contínuas que só atraía grandes empresas, a palma será transformada numa alternativa para pequenos produtores.
Lula disse que o plantio da palma será uma alternativa para que pequenos produtores não sejam cooptados para o trabalho nas madeireiras ilegais. Na primeira fase, o plantio e beneficiamento de óleo de palma poderão gerar 23 mil empregos. Os produtores terão crédito de até R$ 65 mil com carência de seis anos e prazo de pagamento de 14 anos.
Haverá crédito também entre R$ 300 mil a R$ 400 mil com juros em torno de 6% para médios produtores. Para o presidente, no futuro, 100% do óleo combustível usado no Pará deverá vir da palma.
A palma plantada no Pará terá pelo menos dois compradores certos. Petrobras e Vale estão implantando sistemas de beneficiamento na região. A Petrobras lançou ontem dois programas de biodiesel no Estado. O primeiro, batizado de “Biodiesel Pará”, vai exigir investimentos de R$ 330 milhões e prevê a construção de uma usina no Estado para produção de óleo que será consumido na região. Outro, chamado de “Belém”, vai garantir a produção de óleo para exportação.
Produtores rurais do município, contudo, ainda não estão convencidos de que o plantio de óleo de palma será um bom negócio. A presidente do Sindicato Rural do município, Maria de Nazaré da Silva Souza, diz que mil produtores estão esperando para se habilitarem ao plantio, mas temem que os preços não compensem."

Nenhum comentário:

Postar um comentário