segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mudanças vão reduzir custo de Belo Monte em pelo menos R$ 1 bi

Fonte: O Estado de S.Paulo 12/06/2010 15:27:24
Presidente do consórcio Norte Energia diz que alterações também reduzem o impacto ambiental da hidrelétrica

O presidente do consórcio Norte Energia, José Ailton de Lima, afirmou ontem que as melhorias propostas para a Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, no Pará, vão reduzir, em pelo menos R$ 1 bilhão, o custo do empreendimento. "Esse é o valor que conseguimos apenas com a concretagem", destacou o executivo, após participar do leilão de transmissão de energia elétrica, ontem, em São Paulo.
Entre as melhorias avaliadas pelo consórcio estão a redução do número de canais de desvio da água, a diminuição do número de turbinas de 20 para 18, redução do tamanho da casa de força e o deslocamento dos vertedouros da casa de força principal para secundária.

Lima afirma que a principal mudança se refere à redução dos canais, de dois para um. A alteração vai reduzir em 40 milhões o volume de escavações previsto no projeto original, que equivaliam a um Canal do Panamá. Só essa revisão poderá significar seis ou sete meses de antecipação no funcionamento da usina.
"Além disso, todas as alterações caminham na direção da redução do impacto ambiental. Acreditamos que o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente) tenha mais facilidade para avaliar essas mudanças", disse Lima. Segundo ele, o objetivo é entregar, até o fim de julho, o projeto básico ambiental (PBA) à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ao Ibama.
O cronograma do executivo prevê ainda que os canteiros de obras comecem a ser montados em setembro. Isso exigiria apenas uma licença parcial de instalação. Em um segundo momento, será preciso uma licença definitiva para realizar as demais intervenções para construção da hidrelétrica, prevista para entrar em operação em 2015.
Investimentos. Sobre o montante total de investimento, o executivo não quis comentar o valor trabalhado hoje pelo consórcio, mas assegurou que está acima dos R$ 19 bilhões fixados pelo governo.
Ele disse ainda que o consórcio negocia com as empreiteiras o contrato para a construção do empreendimento e que existe a possibilidade de outras empresas do mercado serem contratadas. "Vamos levantar o preço, não estamos amarrados com ninguém."
Ele comentou que o consórcio negociou com vários autoprodutores a entrada no consórcio, mas não quis antecipar quem fechou acordo

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