sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Há dois meses sem receber remuneração, pesquisadores do CBA realizam protesto

Fonte: Diário do Amazonas 06/02/2014


O Diretor Executivo da FDB, Adriano Premebida, garantiu que até terça os bolsistas receberão as bolsas de forma retroativa


A manifestação aconteceu em frente ao CBA. Foto: Isabelle Marques
Manaus -  Pesquisadores do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) realizaram na manhã desta sexta-feira (6), uma manifestação, em frente à instituição, localizada próximo ao Distrito Industrial, zona Sul de Manaus. De acordo com Flávio Freires, porta-voz do movimento Pró-CBA, os bolsistas estão sem receber a remuneração há dois meses.
Ainda conforme com o porta-voz do movimento, a responsabilidade do contrato dos bolsistas foi repassada da Suframa para a Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB). “A bolsa está atrasada desde o dia 17 de dezembro. Não temos recurso. Ontem, tivemos uma reunião com alguns representantes da Suframa que nos afirmaram que a partir de agora a responsabilidade é da FDB. Disseram que o recurso do Governo já foi repassado e autorizado. Fora isso, não temos mais respostas. Começamos com mais de cem funcionários e hoje em dia temos menos de cinquenta. Pelo visto a intenção é fechar o instituto, porque gradativamente está havendo o corte dos recursos” disse.
O bolsista Antônio Lapa, que é doutor em farmacologia, estava na manifestação e acredita que tais situações como o atraso da bolsa reflete na desvalorização dos funcionários. “Essas pessoas estão aqui pela valorização e o orgulho do seu trabalho em pesquisa. A gestão política atual não está adequada. O CBA trabalha com a vida. E ela não espera alguma posição do governo. Para manter a vida e continuar com o progresso, precisamos de algumas mudanças” afirmou.
Uma pesquisadora, que não quis se identificar, afirmou que não tem mais motivação para trabalhar devido a desvalorização. “Não precisávamos chegar a esse ponto. Como vou sustentar minha família? Nós resistimos às dificuldades por um tempo, pedimos de outras formas, mas nunca temos nenhuma reposta. Além do dinheiro ser importante, o ‘feedback’ também resolveria muita coisa. Até nos falaram que se reclamássemos, poderíamos perder nossa bolsa”  contou.
Em resposta, o Diretor Executivo da Fundação Amazônica de Defesa da Biosfera (FDB), Adriano Premebida, declarou que o atraso das bolsas foi consequência a demora do trâmite do convênio do Governo.
 “A partir de 17 de dezembro do ano passado, a Suframa passou para a nossa responsabilidade a contratação desses 49 bolsistas. Então, todos foram desligados e recontratados pela Fundação em um contrato emergencial que tem validade até junho desse ano. Esse trâmite gerou o atraso. Também tivemos um problema técnico com a internet que nos impossibilitou de cadastrá-los em nosso sistema. Agora estamos com uma equipe que agirá de forma urgente nessa parte.  Até terceira-feira, os bolsistas receberão as bolsas de forma retroativa”, afirmou o Diretor-Executivo.

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