segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Complexo vai ter cinco usinas de tamanho diferente


Matéria complementar a da postagem anterior sobre as usinas hidrelétricas no Tapajós.

Fonte o Globo 08/01/2012
Vivian Oswald


Complexo vai ter cinco usinas de tamanho diferente. Juntas ocuparão menos de 1% do espaço de instalação
BRASÍLIA. O Complexo de Tapajós terá cinco usinas de tamanhos diferentes e vão funcionar de maneira diferenciada com tecnologias adequadas às suas características. A usina de Jatobá, que terá uma queda de água de apenas 16 metros, vai ter uma pá diferenciada para aumentar seu potencial de produção de energia. Em pleno funcionamento, vai gerar 2.338 MW. A maior de todas será a de São Luiz do Tapajós, com capacidade de 6.133 MW. As usinas de Jamaxim e Cachoeira do Caí terão potencial de produção de 881 MW e 802 MW, respectivamente, enquanto a menor das cinco, Cachoeira dos Patos, terá 528 MW. Juntas, vão ocupar menos de 1% do espaço onde estão sendo instaladas.
- Hoje, usinas como Itaipu ocupam uma área. Porém têm que desmatar para fazer o canteiro de obras, alojamentos de empregados. E o lago é monstruoso. O que se está fazendo agora é diferente. Vamos desmatar e quando terminar a obra reflorestar tudo recompor tudo e ela fica deste tamanhozinho. Só a usina lá no meio, sem uma cidade em volta, como é nas outras. Operários e trabalhadores, terminada a construção, virão de helicóptero para cá em um sistema de rodízio - explica o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, apontando o mapa da Região Norte com o dedo.
Projeto precisa responder a muitas perguntas
Quando o Brasil inaugurou, em 1955, sua primeira grande hidrelétrica, a usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco (BA) ninguém imaginava que fosse possível fazer algo semelhante. Pelo fato de ser inovador, o projeto vai precisar responder a muitas perguntas, durante e depois do licenciamento do empreendimento junto ao Ibama. A licença de Belo Monte, por exemplo, demorou mais de um ano para sair em definitivo. Mas Lobão está preparado e deve sair em uma espécie de road show pelo Brasil e pelo mundo, como já vinha fazendo no último ano para apresentar Belo Monte, para mostrar como mais este megaprojeto será desenvolvido.
Inspirado no filme que tem levado ao exterior sobre Belo Monte, o ministério deve produzir também um forte material publicitário sobre as usinas de Tapajós.
- Estamos produzindo projetos realmente inovadores. O sistema plataforma foi inventado aqui no Brasil pelo Ministério de Minas e Energia. O mundo não o conhecia. Ele vai dar certo para a transmissão e a energia vai ser feita por redes de longa distância e acima das copas das árvores, que é uma coisa indescritível - disse Lobão. - Aqueles que tanto falam contra a construção de usinas não se dão conta de que eles próprios precisam ser supridos com energia. Se nós não tivermos as hidrelétricas, as alternativas que repontam aí são no sentido de instalar térmicas a carvão, diesel, energia nuclear que eu considero limpa e boa.


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