quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Banco alemão vai investir R$ 40 milhões em 17 flonas da Amazônia


O plano de manejo para a extração de madeira é fundamental para a economia de uma região com vocação madeireira. Seja comunitário ou por empresas, deve ser rigorosamente fiscalizado para evitar a degradação da florestas e as tentativas de fraudes característica de um setor que passeia na fronteira da ilegalidade com tanta desenvoltura. É necessário apresentar sempre soluções que possibilitem a exploração sustentável do recurso. Retorno recorrentemente a esse tema de certa maneira para contrapor a exposição midiática excessiva privilegiando o discurso de não exploração, e isolamento da área, esquecendo normalmente dos mais de 20 milhões de pessoas que vivem na região e demandam os mesmos desejos de desenvolvimento e consumo dos demais brasileiros. De novo: explorar de maneira sustentável, essa é a solução!

Acordo de cooperação financeira assinado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pelo Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW Bankengruppe) prevê o investimento de R$ 40 milhões em recursos para a criação de planos de manejo e produção sustentável em 17 florestas nacionais (flonas) localizadas em quatro estados da região Norte.
O principal objetivo do plano, que também contempla o Serviço Florestal Brasileiro, é evitar o desmatamento ilegal na Amazônia com o fomento da exploração sustentável da madeira e divulgação dessas atividades na região de influência da rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), e integra a região classificada como “arco do desmatamento”.
Em quatro anos, serão aplicados 15 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões). Segundo Rômullo Mello, uma floresta nacional não é criada apenas para a conservação daquela área, mas sim com a perspectiva de desenvolver tecnologias de produção sustentável. “Produzir madeira e pesquisas sobre a floresta são os principais focos”, afirma.
Concessão
Segundo ele, um dos objetivos é “conceder” essas áreas de interesse nacional para o manejo comunitário (atividades extrativistas realizadas pela população que vive ao redor da área) ou para empresas.
O regime de concessão florestal permite às madeireiras concessionárias o direito de explorar uma floresta pública por 40 anos em manejo de baixo impacto, técnica que extrai um mínimo de árvores de um máximo de espécies e deixa a floresta se regenerar. Em troca, as empresas pagariam royalties ao governo.
O primeiro projeto deste porte a acontecer no país foi na Floresta do Jamari, em Rondônia, a partir de setembro de 2010.
Áreas beneficiadas
Serão contempladas pelo projeto as flonas de Jacundá e Bom Futuro (Porto Velho/RO), Humaitá, Balata-Tufari e Jatuarana (Humaitá/AM), Macauã/São Francisco (Sena Madureira/AC), Iquiri (Lábrea/AM), Mapiá-Inauini e Purus (Boca do Acre/AM).
Também serão beneficiadas as florestas nacionais de Amaná, Trairão, Itaituba I e II (Itaituba/PA), Crepori, Jamanxin e Altamira (Santarém/PA) e a flona de Caxiuanã (Breves/PA).




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