O plano de manejo para a extração de madeira
é fundamental para a economia de uma região com vocação madeireira. Seja
comunitário ou por empresas, deve ser rigorosamente fiscalizado para evitar a
degradação da florestas e as tentativas de fraudes característica de um setor
que passeia na fronteira da ilegalidade com tanta desenvoltura. É necessário apresentar
sempre soluções que possibilitem a exploração sustentável do recurso. Retorno recorrentemente
a esse tema de certa maneira para contrapor a exposição midiática excessiva privilegiando
o discurso de não exploração, e isolamento da área, esquecendo normalmente dos
mais de 20 milhões de pessoas que vivem na região e demandam os mesmos desejos
de desenvolvimento e consumo dos demais brasileiros. De novo: explorar de
maneira sustentável, essa é a solução!
Acordo de cooperação
financeira assinado pelo Instituto Chico Mendes (ICMBio) e pelo Banco Alemão de
Desenvolvimento (KfW Bankengruppe) prevê o investimento de R$ 40 milhões em
recursos para a criação de planos de manejo e produção sustentável em 17
florestas nacionais (flonas) localizadas em quatro estados da região Norte.
O principal objetivo do plano,
que também contempla o Serviço Florestal Brasileiro, é evitar o desmatamento
ilegal na Amazônia com o fomento da exploração sustentável da madeira e
divulgação dessas atividades na região de influência da rodovia BR-163, que
liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), e integra a região classificada como “arco do
desmatamento”.
Em quatro anos, serão
aplicados 15 milhões de euros (cerca de R$ 40 milhões). Segundo Rômullo Mello,
uma floresta nacional não é criada apenas para a conservação daquela área, mas
sim com a perspectiva de desenvolver tecnologias de produção sustentável.
“Produzir madeira e pesquisas sobre a floresta são os principais focos”,
afirma.
Concessão
Segundo ele, um dos objetivos
é “conceder” essas áreas de interesse nacional para o manejo comunitário
(atividades extrativistas realizadas pela população que vive ao redor da área)
ou para empresas.
O regime de concessão
florestal permite às madeireiras concessionárias o direito de explorar uma
floresta pública por 40 anos em manejo de baixo impacto, técnica que extrai um
mínimo de árvores de um máximo de espécies e deixa a floresta se regenerar. Em
troca, as empresas pagariam royalties ao governo.
O primeiro projeto deste porte
a acontecer no país foi na Floresta do Jamari, em Rondônia, a partir de
setembro de 2010.
Áreas beneficiadas
Serão contempladas pelo
projeto as flonas de Jacundá e Bom Futuro (Porto Velho/RO), Humaitá,
Balata-Tufari e Jatuarana (Humaitá/AM), Macauã/São Francisco (Sena
Madureira/AC), Iquiri (Lábrea/AM), Mapiá-Inauini e Purus (Boca do Acre/AM).
Também serão beneficiadas as
florestas nacionais de Amaná, Trairão, Itaituba I e II (Itaituba/PA), Crepori,
Jamanxin e Altamira (Santarém/PA) e a flona de Caxiuanã (Breves/PA).
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