quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

BB e BNDES terão que reduzir juros

Essa orientação vale para todos os bancos públicos federais, inclusive o nosso Banco da Amazonia, que anda trabalhando muito para melhorar seu desempenho e seu desembolso, que ainda estão abaixo do esperado, ainda mais considerando seu principal primo/irmão o Banco do Nordeste. Em um "Ano da Economia" devemos esperar mudanças e torcer para que elas funcionem e o Banco da Amazônia amplie sua atuação  na região e mantenha seu compromisso e engajamento no financiamento do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Fonte: Valor Econômico 24/01/2012
Orientação da presidente Dilma Rousseff à equipe econômica é para que bancos públicos incentivem consumo e investimentos e reduzam as taxas, para que bancos privados também tenham que acompanhar esse movimento.
A presidente Dilma Rousseff quer que os bancos públicos federais funcionem como um dos principais indutores do crescimento neste ano.
O recado foi passado em reunião com a equipe econômica, quando a presidente aproveitou para ordenar que essas instituições se esforcem para ampliar o crédito tanto a pessoas físicas quanto empresas, segundo relataram fontes do Executivo à Reuters.
Dilma passou cinco dias, de quarta-feira a domingo, reunida com as principais áreas do governo e extraiu dos ministros o que será prioridade em 2012.
Ela pediu que todos apresentem nos próximos 15 dias relatórios detalhados com metas e planos de trabalho para os próximos meses, segundo revelou um assessor de um dos ministros que estava nas reuniões.
A presidente pediu que o Banco do Brasil, por exemplo, encontre formas de estimular ainda mais o consumo pessoal, por meio de novas linhas de crédito ou redução nas taxas de juros.
O recado, no entanto, não vale apenas para a instituição, mas também para as demais estatais, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), cujo presidente Luciano Coutinho também esteve na reunião da presidente.
Dentro do BB, a recente incorporação do Banco Postal contribui para essa estratégia.
Desde o começo deste mês, através dos Correios, foram incorporados 6mil novos pontos de atendimento para atender as demandas de crédito da classe C.
Dilma determinou a todos os bancos públicos federais que façam um movimento sincronizado para redução dos spreads bancários com o objetivo de forçar o setor privado a fazer o mesmo.
O spread é a diferença entre o custo de captação do banco e a taxa efetivamente cobrada ao consumidor final.
A estratégia de Dilma para impulsionar a atividade econômica já foi usada na crise internacional em 2008 e 2009, pelo seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva.
Naquele momento, o presidente ordenou que os bancos públicos acelerassem a concessão de crédito para evitar que o consumo perdesse fôlego.
Atualmente, o Banco Central é o que mais tem contribuído com o estímulo aos empréstimos, afrouxando a política monetária desde agosto do ano passado, quando começou uma trajetória que resultou em quatro cortes na taxa básica de juros de 0,5 ponto percentual. Hoje, a Selic está em 10,50% ao ano.
A presidente está determinada em fazer o país crescer mais de 4% neste ano e, segundo a fonte, quer também novos estímulos fiscais e tributários para alguns setores da indústria.
A fonte não soube especificar quais setores devem receber mais estímulos e é provável que esse raio-x seja incluído nos relatórios que Dilma receberá daqui a 15 dias.
Esses planos de trabalho, como ela tem chamado os relatórios, também determinarão o tamanho do corte orçamentário previsto para ser anunciado até fevereiro.
Segundo outra fonte do Executivo, nas reuniões que a presidente manteve nos últimos dias não houve detalhamento suficiente para estimar o valor do contingenciamento.
O governo deve manter intactos os programas prioritários da área social, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

  Reuters

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