quarta-feira, 28 de abril de 2010

Serviço Florestal disponibiliza 210 mil hectares para setor madeireiro no Pará

Com a informação de meu grande amigo Walsey Magalhães, pincei do sitio do MMA a notícia abaixo. Para consulta direta o link é:

http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=ascom.noticiaMMA&codigo=5736

Serviço Florestal disponibiliza 210 mil hectares para setor madeireiro no Pará


Foto Serviço Florestal disponibiliza 210 mil hectares para setor  madeireiro no Pará
Área vai possibilitar abastecimento sustentado de parque industrial local e circulação de R$ 50 milhões, por ano, associados à atividade florestal

22/04/2010

O Serviço Florestal Brasileiro lançou nesta quinta-feira (22/4), o pré-edital de concessão para a Floresta Nacional do Amana, no Pará, com a publicação do extrato do documento no Diário Oficial da União. Serão disponibilizados 210 mil hectares para a extração de madeira de forma legal e sustentável. A área equivale a 1,3 vezes o município de São Paulo.

"A concessão florestal é o principal instrumento para desenvolver a economia de base florestal com a geração de renda e a manutenção da floresta em pé", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.

A concorrência pública para uso da área é aberta a empresas constituídas pelas leis brasileiras e faz parte das estratégias do Governo Federal para estimular o setor produtivo do ramo madeireiro na Amazônia, evitar a grilagem de terras e o desmatamento. Para dar chance a diversos empreendedores, os 210 mil hectares estão divididos em cinco unidades de diferentes tamanhos.

A área da Flona sob concessão abrange os municípios de Itaituba e Jacareacanga, no oeste do Pará, onde serão realizadas audiências públicas para debater o pré-edital nos dias 11 e 14 de maio, respectivamente.

Produção Sustentável - Estima-se que a produção de madeira, principal objeto da concorrência, chegue a 150 mil m³ por ano e gere uma arrecadação anual em torno de R$ 6,7 milhões. Este valor corresponde ao que o Governo recebe pelo uso da área com o pagamento pelo uso da madeira, e é distribuído entre a União, estado e municípios.

Na avaliação do Serviço Florestal Brasileiro, os benefícios socioeconômicos vão muito além do valor arrecadado pela União, gerando a circulação, nos municípios abrangidos pela Flona, de cerca R$ 50 milhões anuais nos setores industrial e de serviço associados à atividade florestal.

Estima-se ainda a criação de 1.700 empregos diretos e indiretos com a atividade de concessão.

Além da madeira em tora, os vencedores poderão retirar produtos não madeireiros -- látex, cascas, cipós, óleos, frutos e sementes -- e realizar atividades de turismo, ou seja, instalação de infraestrutura para hospedagem, esportes de aventura, e visitação e observação da natureza.

Para estimular o desenvolvimento local, 60% do total de pontos da licitação vêm da proposta técnica, formada por critérios como geração de empregos, processamento local da madeira e diversidade de espécies exploradas, o que reduz a pressão sobre poucas espécies de árvores.

Além destes indicadores, também estão previstos indicadores de bonificação que geram descontos nos valores a serem pagos pelo concessionário, vinculados ao alcance de padrões socioambientais de excelência. A proposta de preço corresponde a 40% do total de pontos da licitação.

Os recursos obtidos por ano com a concessão são repartidos entre todas as esferas de Governo. Uma parcela de até 30% é destinada ao monitoramento e controle das áreas licitadas. O restante, pelo menos 70%, é dividido entre o estado do Pará, municípios onde se localizam as áreas de manejo, ou seja, Itaituba e Jacareacanga, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - o gestor da Flona -, e Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal. Os recursos devem ser obrigatoriamente, aplicados em ações de conservação e uso sustentável das florestas.

A concessão na Flona do Amana será a primeira de uma série de outras previstas para a região de influência da BR-163 no biênio 2010/2011, o que contribuirá com os esforços de combate ao desmatamento e retomada de uma economia florestal baseada na legalidade e no uso sustentado da floresta.

Em 2006, para frear o desflorestamento, foi criado um conjunto de unidades de conservação na localidade, entre elas, a Flona do Amana. Com as concessões, abre-se a possibilidade de uso sustentável com geração de renda para a região.

Saiba mais

Concessão X Privatização

A concessão florestal é uma atividade diversa da privatização. Ao contrário da privatização, a titularidade da terra continua sendo da União durante e depois do período do contrato, de até 40 anos. O fato de o Governo manter a titularidade impede o concessionário de vender a área ou de a explorar segundo seus próprios critérios.

Manejo X Desmatamento

O manejo permite o uso da floresta e, ao mesmo tempo, sua conservação. No manejo, somente cinco árvores, em média, são retiradas por hectare a cada 30 anos. A quantidade de árvores extraídas é cerca de quatro vezes menor em comparação ao que a floresta perde com quedas por razões naturais. No desmatamento, toda a cobertura vegetal é suprimida e a floresta dificilmente tem possibilidade de se regenerar. O desmatamento promove ainda a perda contínua da fertilidade do solo, o que torna as áreas pobres para o plantio.

Com informações do Serviço Florestal Brasileiro

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