domingo, 8 de junho de 2014

Pesquisas terão R$ 1 mi para fomento

Fonte: Diário do Pará

Desde que foi criado, em 1995, o Programa de Apoio à Pesquisa, do Banco da Amazônia já investiu na região, utilizando unicamente recursos orçamentários próprios, R$ 26 milhões. Este foi o valor contabilizado até dezembro do ano passado no financiamento de 369 projetos. Ao dar a informação, o gerente de gestão de programas governamentais do banco, Oduval Lobato, faz questão de ressaltar que ele traduz o reconhecimento da instituição à necessidade de dar suporte ao desenvolvimento regional pela valorização do conhecimento. Para este ano, o investimento previsto é de R$ 1 milhão.
O programa é desenvolvido pelo Banco da Amazônia, segundo Oduval Lobato, em articulação com 40 instituições parceiras. Além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – a quem ele atribui um papel notável nos êxitos colecionados até aqui –, se integram a essas parcerias as Fundações de Amparo à Pesquisa e as universidades públicas e privadas da Região Norte. As empresas privadas podem ter acesso também aos recursos, mas não diretamente, e sim por intermédio das fundações. É o que acontece, por exemplo, com as empresas abrigadas na Incubadora do Parque Tecnológico do Guamá.
O apoio à pesquisa e à inovação, no campo de atividade do Banco da Amazônia, foi iniciado tendo como fonte de recursos o antigo Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam), na época administrado pela Sudam e em cuja operacionalização o banco atuava como agente financeiro. A partir da extinção do Finam, em 2001, o banco passou a utilizar recursos de seu próprio orçamento, o que continua fazendo até hoje. A decisão foi tomada pela sua direção para manter os financiamentos à pesquisa e à inovação tecnológica, evitando com isso maiores prejuízos ao desenvolvimento sustentável da Amazônia.

LINHAS
O Programa de Apoio à Pesquisa contempla seis grandes linhas temáticas. Entre elas, os projetos geradores de conhecimentos que sirvam de contenção ao crônico processo de desmatamento e queimadas na Amazônia e de extração de recursos naturais, com contínuo esgotamento de estoques. Os outros grandes eixos de ação visam à elevação da produtividade e sustentabilidade das atividades agropecuárias, a criação de novas alternativas tecnológicas e econômicas, a ampliação do conhecimento dos ecossistemas e o estímulo à implementação de agroindústrias e agrupamentos produtivos na Região Norte.
O gerente de gestão de programas governamentais do Banco da Amazônia ressaltou que, dos 26 milhões aplicados em 369 projetos de pesquisa na Amazônia, o setor com maior participação (24%) foi o agropecuário, vindo a seguir o turismo (21%), biotecnologia (16%), floresta e meio ambiente (12%), agricultura (10%) e tecnologia de produtos com 9%. Outros projetos captaram os restantes 8%.
Um dos estudos científicos financiados pelo Banco da Amazônia, em especial, é visto como justo motivo de orgulho para os paraenses. De responsabilidade da Embrapa, o projeto “Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: Alternativa”, desenvolvido no Pará e no qual o banco investiu R$ 872 mil –, se revelou tão exitoso, pelos seus extraordinários resultados, que serviu de base para a lei federal nº 12.805, sancionada pela presidente Dilma Rousseff em 29 de abril de 2013.
A lei instituiu a política nacional de integração lavoura-pecuária-floresta, de forma a reproduzir em escala nacional a bem-sucedida experiência do Pará e que agora está sendo replicada em outros Estados da Região, entre eles Acre e Rondônia. Entre outros objetivos, a lei se propõe mitigar os desmatamentos e melhorar, de forma sustentável, a produtividade, a qualidade dos produtos e a renda das atividades agropecuárias. Para isso, ela prescreve, a exemplo do que se fez no Pará, a aplicação de sistemas integrados de exploração de lavoura, pecuária e floresta em áreas já desmatadas, como alternativa aos monocultivos tradicionais.
(Diário do Pará)

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