sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Sudam política de novo

  

Depois de 12 anos, a combalida Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia tem nova chefia: Djalma Melo foi demitido e para o seu lugar foi nomeado, no dia 18, Paulo Roberto Correia da Silva, de 36 anos, indicado pelo senador Gladson Cameli, do PP do Acre. Será a primeira vez que um acreano ocupará a superintendência da Sudam, em quase meio século de existência da instituição, a ser completado em 2016. O novo superintendente deverá tomar posse até o final do mês.
Paulo Roberto é formado em administração de empresas públicas e privadas, com pós-graduação latu sensu MBA e especialização em auditorias fiscal e tributária. Desde 2008 ocupa o cargo de gerente empresarial da Caixa Econômica em Manaus.
Seu padrinho é também o seu cunhado, Gladson de Lima Cameli, que nasceu em Cruzeiro do Sul, quase da mesma idade (tem 38 anos). Recebeu o diploma de engenheiro civil em 2001, formado pelo Instituto Luterano de Ensino Superior de Manaus. Como empresário, atua como sócio de empresa pertencente ao pai, Eládio Cameli. A Etam é a construtora responsável pela duplicação da estrada estadual Manaus-Manacapuru e do acesso à nova Universidade do Estado do Amazonas.
Começou na carreira política de elegendo deputado federal em 2006, com 18.886 votos, beneficiando-se da condição de sobrinho, pelo lado paterno, do ex-governador do do Acre Orleir Cameli. Conseguiu a reeleição na disputa seguinte, com mais de 30 mil votos. Foi filiado ao PFL entre 2000 e 2003, passando para o PPS e, em 2005, ao PP, onde ainda permanece. No ano passado se elegeu pelo partido senador pelo Acre.
O abridor de portas para o sobrinho, foi governador do Acre entre 1995 e 1999, pelo PPT. Nem tentou a reeleição por causa de uma série de escândalos durante a sua gestão. Tinha seis CPFs e respondia a inquéritos policiais acusado de exploração de mão-de-obra escrava, contrabando e fraude fiscal.
Já fora da política e cuidando das suas empresas, voltou ao noticiário da imprensa no ao seguinte, quando foi apontado como integrante do cartel da droga no Acre, em investigação da CPI do Narcotráfico. Morreu em 2013, aos 64 anos.
Parecia que a Sudam ia sair do marasmo. Pode até sair. Mas, pelo visto, numa sucessão marcada pelo compadrio e a interferência política. Andando ainda mais para trás, na direção de mais uma crise, pelos mesmos motivos de antes?

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