segunda-feira, 28 de maio de 2012

O novo olhar da empresa no flerte com o lucro


A valorização das pessoas que atuam na chamada economia criativa, vem influenciando as ações de  novos entrantes no mercado. É interessante saber que temos alguns brasileiros que já se destacam nesse mercado.


Fonte: Brasil Econômico 28/05/12 

Lourenço Bustani, presidente da consultoria Mandalah: estratégia baseada em conteúdo multicultural para inovação consciente
Lourenço Bustani, presidente da consultoria Mandalah: estratégia baseada em conteúdo multicultural para inovação consciente
O brasileiro Lourenço Bustani, que ocupa a 48ª posição no ranking das 100 pessoas mais criativas nos negócios, propõe lucratividade com geração de valor para a sociedade.
Conciliar a busca do lucro com a geração de valor para a sociedade de forma consciente pelas empresas é o principal objetivo de Lourenço Bustani, presidente da Mandalah, consultoria em negócios criativos.
"Queremos trazer por meio da empresa um novo olhar que sai do arroz com feijão", afirma o empresário, que acaba de ser listado no 48º lugar no ranking das 100 pessoas mais criativas do mundo, iniciativa anual da revista americana Fast Company.
Filho de diplomatas brasileiros e nascido em Nova York, o empresário de 32 anos é formado em Relações Internacionais e Ciências Políticas pela Universidade da Pensilvânia, com estudos em Administração pela Wharton School.
Esta vivência no exterior, de fato, motivou Bustani a escolher o Brasil como sede da empresa e foco para os negócios.
Foi em novembro de 2006 que a Mandalah montou sua sede em São Paulo, e hoje está presente no Rio de Janeiro, Nova York, Tóquio, Berlim e Cidade do México. Sua estratégia se baseia em um conteúdo multicultural para o trabalho de "inovação consciente".
Para isso, desde a criação, a Mandalah formou uma rede de 45 profissionais de várias áreas de conhecimento, como psicologia, administração, publicidade, marketing, ciências sociais, direitos humanos, engenharia, entre outras.
No portfólio, a boutique de negócios criativos tem não apenas grandes empresas como Nike, Natura, GM, como o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, organizações, startups e fundos de investimentos, como o Monashees.
Do ponto de vista mercadológico, Bustani quer, na verdade, não apenas inovar por obrigação. O plano é mudar o papel que empresas e organizações exercem na sociedade, no meio ambiente e na economia.
O trabalho da Mandalah feito para a Nike é um exemplo disso. A consultoria ajudou a traçar uma estratégia para atrelar a marca ao esporte, que na visão do empresário pode ser um catalizador da mudança social.
O pessoal da Mandalah, então, para as ruas das cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 para entrevistar de artistas, líderes comunitários a empreendedores, com o objetivo de saber como os moradores viam a cidade e as mudanças pelas quais ela está passando, como a pacificação de favelas e o aquecimento econômico.
Para a General Motors, preparou um estudo global sobre o futuro da mobilidade urbana, em que a montadora foi instigada a pensar transporte além do motor a combustão e criar alternativas para que as pessoas se locomovam com segurança.
Outro trabalho relevante foi a criação da linha Amó para a Natura, cujo desenvolvimento teve a colaboração de 120 jovens brasileiros.
Mentes criativas
O ranking das 100 pessoas mais criativas do mundo elaborado pela Fast Company tem também outros brasileiros: Flávio Pripas e Renato Steinberg, cofundadores da startup de moda Fashion.me, que estão posicionados na 54ª colocação e Carla Schmitzberger, diretora da unidade de sandálias da Alpargatas, na 97ª colocação.
Do cenário mundial, a lista tem nomes como Rebecca Van Dyck,diretora de marketing do Facebook, Adam Brotman, chefe do escritório digital da Starbucks, Stefan Olander, vice-presidente digital de esportes da Nike, Claire Diaz-Ortiz, gerente de inovação social do Twitter e a cantora Bjork.

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