sábado, 19 de abril de 2014

Linha de transmissão chega a Macapá, mas sem energia

Como aconteceu em Manaus, a linha de transmissão fica concluída e por incapacidade das distribuidoras de energia locais a interligação ao Sistema Interligado Nacional não ocorre. A Manaus Energia no Amazonas, que foi federalizada em 2008 e a CEA no Amapá que é estadual não conseguiram realizar os investimentos necessários em tempo hábil. Após a interligação ao SIN de Manaus e Amapá a única capital do país que ainda permanecerá no sistema isolado será Rio Branco em Roraima. Porém muitas localidades na Amazônia, por serem afastadas dos grandes centros de consumo, permanecerão nos sistemas isolados que se caracterizam basicamente pelo grande número de pequenas unidades geradoras a óleo diesel e pela grande dificuldade de logística de abastecimento.   



Torres gigantes, com 305 metros de altura, destacam-se na selva Amazônica, num trajeto de 1.750 quilômetros, para levar energia da hidrelétrica de Tucuruí para as capitais de Manaus e Macapá
Uma chuva fina foi suficiente para derrubar, na terça-feira, o sinal de televisão e da telefonia celular em Almeirim, cidade de 33 mil habitantes às margens do Rio Amazonas, na divisa do Pará e Amapá. “Internet a gente agradece a Deus quando aparece”, diz a comerciante Socorro Peleja, antes de citar as panes diárias na energia elétrica do município, que ocupa uma área quase 50 vezes maior que a cidade de São Paulo.
Apesar do território descomunal, Almeirim é modesta. Para se chegar de carro ao centro da cidade é preciso vencer antes centenas de quilômetros de ingrata estrada de terra. Com mais 40 minutos de lancha, rio acima, avista-se duas gigantescas torres de transmissão de energia, erguidas em meio à floresta como parte do projeto que visa conectar áreas importantes da região Norte do país ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Cada uma das torres mede impressionantes 305 metros, só 19 a menos que a famosa Torre Eiffel, de Paris. A altura é justificada pelos 2,1 km de distância entre as duas torres, um gigantesco vão livre tomado pelas águas turvas do Amazonas. Para que os cabos conectados ao topo das duas torres não comprometam a travessia das embarcações que por ali passam, foi indispensável içá-los a tal altitude.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Reflorestar é preciso

Fonte: Operação Amazônia Nativa
Por: Ximena Morales Leiva
Engajados, mobilizados e motivados, indígenas da TI Caititu mergulham nos sistemas agroflorestais e começam a mudar seu modo de produzir.
215_0_gr.jpg (648×432)

Ana Lúcia em ação no roçado
Foto de Foto Ximena Morales Leiva/OPAN

Lábrea, AM - Para enfrentar um cenário de crescente destruição ambiental no sul do Amazonas, emerge a implantação de sistemas agroflorestais para recompor áreas degradadas pelas queimadas, derrubadas de árvores e posterior adoção de monocultivos e pastagens. Cientes das ameaças às quais estão expostos, os Apurinã da Terra Indígena (TI) Caititu lançaram mão de técnicas inovadoras ao dedicaram-se, durante cinco dias, ao plantio de canteiros florestais em quatro aldeias.
Por meio do resgate de sua forma de cultivar a terra, reavivando o trabalho em mutirão e, ao mesmo tempo, apropriando-se de técnicas vindas de fora da terra indígena, um grupo de Apurinã das comunidades Novo Paraíso, Nova Esperança 2, Tucumã e Idecorá abraçaram os Sistemas Agroflorestais Sucessionais (SAF) incentivados pelo Projeto Raízes do Purus, uma iniciativa da Operação Amazônia Nativa (OPAN) com patrocínio da Petrobras através do Programa Petrobras Ambiental. Por meio de oficinas, os indígenas tiveram contato com técnicas desenvolvidas pelo agricultor e pesquisador Ernst Götsch, que em 1984 se instalou no Sul da Bahia em um local antes denominado “Fazenda Fugidos da Terra Seca”, hoje conhecido como a “Fazenda Olhos D´Água”.

A ZONA FRANCA E A CONSERVAÇÃO DA AMAZÔNIA

Ainda no assunto PIM. 

Fonte Amazônia Real 10/04/2014
CARLOS DURIGAN
Desde o primeiro turno de votação da PEC (Projeto de Emenda Constitucional) que busca prorrogar por mais 50 anos os incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus, o discurso que enaltece o Polo Industrial de Manaus (PIM) como um dos responsáveis pela conservação da biodiversidade no Amazonas tem ganhado força e adeptos. Mas será mesmo?
O Projeto Zona Franca de Manaus idealizado e implementado pela ditadura militar em fins dos anos 60 fez parte de um conjunto de ações estruturantes para a região que envolviam a abertura de uma rede viária e complexa de transporte, com foco especial para a abertura de rodovias, a construção de inúmeras hidroelétricas nos rios amazônicos, a exploração em escala industrial das commodities regionais (minérios, gás, petróleo, madeira, etc.), a criação de distritos agropecuários, o incentivo da imigração em grande escala para a região, entre tantas políticas direcionadas à integração nacional, era como bem sabemos a política do “integrar para não entregar”.

Mais 50 anos de Laissez-Faire

Um posicionamento dissonante da maioria que trata da prorrogação do modelo de incentivos existentes no PIM. Um questionamento sóbrio levantando problemas reais e significativos, que são omitidos nas análises de um modelo que precisa ser repensado, considerando todos os atores envolvidos para que possa enfrentar os problemas, sem no entanto desestruturar toda uma economia que funciona de forma bastante razoável e da qual depende uma significativa parcela da população amazônida. 
Fonte: Portal Amazônia 21 de março de 2014
 Ozório Fonseca
A Câmara Federal, em meio à intensa movimentação política visível e, quem sabe, por uma movimentação financeira invisível, aprovou, em primeiro turno, a prorrogação do modelo Zona Franca por mais 50 anos o que vai alimentar discursos demagógicos nas próximas eleições. Se o modelo já tinha muitos pais, agora essa quantidade se avoluma e o Amazonas passa a “dever” muito aos novos heróis e heroínas, algumas das quais apareceram na telinha, sem qualquer participação teórica ou prática, pois não sabem nada sobre politica (no bom sentido), teorias econômicas e desenvolvimento humano.
Agora vamos ter mais meio século para dormir em “berço esplêndido”, com os governantes tratando de gastar o dinheiro proveniente do PIM, com obras eleitoreiras caríssimas que equivocadamente chamam de infraestrutura, embora sejam de superestrutura, pois infraestrutura é configurada pela parte invisível que configura uma sociedade. Lamentavelmente a “ingnorança astravanca o progressio” no momento atual da vida brasileira, embora proporcione muitos lucros empresariais e pessoais além de vantagens pessoais.
Um liberalismo perverso

Cerrado do Amapá pode se tornar nova fronteira agrícola

O avanço da fronteira agrícola na Amazônia sempre traz preocupações devido a seu histórico quase sempre carregado de fortes impactos negativos. 

 É necessário um grande cuidado e controle no expansão da atividade, e a iniciativa de um  zoneamento ajudará o estado a melhorar seus meios de atuação, garantindo uma atividade  econômica que possa ser sustentável.

Depois do Tocantins, o Amapá desponta como nova fronteira agrícola na região Norte do país. Com boas condições climáticas e solo fértil, o Cerrado amapaense tem despertado o interesse de pequenos e médios produtores e até de grandes grupos vindos de regiões tradicionais.
A localização estratégica do Estado e a ampliação do porto de Santana pela Companhia Norte de Navegação e Portos (Cianport) representam outro atrativo para os agricultores, sobretudo de Mato Grosso, interessados em escoar parte da safra de grãos pelo rio Amazonas como alternativa para reduzir custos de logística. O avanço do agronegócio, porém, preocupa o governo. As terras para plantio são limitadas e fazem divisa com a Floresta Estadual do Amapá (Flota).
Os primeiros plantios de soja na região foram em 2001 e envolviam apenas 200 hectares. A chegada de produtores com capacidade de investimento e tecnologia há dois anos mudou o cenário.
De 2012 para 2013, a área plantada com grãos passou de 2,4 mil para 10 mil hectares, enquanto a produção de grãos passou de 7,6 mil toneladas para 25 mil toneladas no período, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Considerando apenas a soja, a área saiu de 1,6 mil hectares em 2012 para 6 mil hectares ano passado – a produção avançou de 4,2 mil toneladas para 15 mil toneladas no mesmo período. Ainda que tenha sido um marco para o Estado, é quase nada quando se pensa na área e na produção do Brasil.
A Embrapa estima que em 2014 a área plantada com grãos possa chegar a 20 mil hectares. Projeções para daqui a 20 anos mostram que a área deve atingir o potencial máximo, com 200 mil hectares. Hoje, as áreas de Cerrado aptas a cultivos correspondem a 932 mil hectares ou 6,5% do território do Amapá. “Desses quase um milhão, temos que descontar 50% de áreas de preservação permanente e 140 mil que pertencem a uma empresa japonesa que planta eucalipto”, explica o analista da Embrapa Amapá, Gustavo Spadotti Castro.
O potencial limitado, contudo, não tem sido um fator inibidor. Um levantamento realizado pela Embrapa com 15 dos principais produtores do Estado revela que 47% têm mais de 30 anos de experiência no setor. A maioria, inclusive, tem como origem Estados com larga tradição no agronegócio, como Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais.
O Cerrado amapaense também chamou a atenção de grandes empresas. Recentemente, representantes da Sperafico e da Coopave l sondaram analistas da Embrapa sobre as peculiaridades da região. O aumento da procura, por outro lado, levou a uma valorização das terras. Há dez anos, explica Castro, um hectare custava R$ 50. Em 2011, já tinha pulado para R$ 500. “Hoje, não sai por menos de R$ 3 mil nos melhores lugares”, diz.
“As perspectivas são positivas para o agronegócio no Amapá. Há uma demanda crescente por conhecimento e tecnologia”, afirma o pesquisador-chefe da Embrapa, Jorge Yared, que aponta o porto de Santana como um diferencial para empresas interessadas no mercado externo. O governo do Estado, por exemplo, calcula que a rota pelo Rio Amazonas proporcionaria uma redução de 30% nos custos de frete para produtores de Mato Grosso. O Estado exporta hoje 70% da produção pelos portos de Santos (SP), Paranaguá (PR) e Vitória (ES). De acordo com dados do Instituto mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), seria possível transferir 50% dessa carga com a viabilização dos portos no Norte, incluindo Santana.

Apesar do otimismo, Yared diz que o aumento da produtividade do setor primário amapaense ainda depende do avanço do Estado na solução de problemas como a distribuição de terras, a situação fundiária e o licenciamento ambiental. “Uma coisa está amarrada à outra. É importante para os produtores, inclusive, para quem quer comercializar fora, ter esses aspectos legalizados”.
Por isso o governador Camilo Capiberibe (PSB) deve apresentar neste mês um zoneamento ecológico do Cerrado. Com as informações detalhadas, pretende mapear as áreas de preservação e as que de fato podem ser usadas para o plantio de grãos. “Até porque há uma expectativa de que, além da venda de commodities, o agronegócio possa agregar valor e movimentar outras cadeias produtivas”, ressalta o pesquisador.
A despeito dos benefícios, Capiberibe teme o avanço da agricultura sobre as florestas dado o potencial limitado de terras do Cerrado e o fato das duas regiões serem fronteiriças. O Amapá é o Estado mais preservado do Brasil, com 73% de áreas de conservação ambiental e terras indígenas. “É possível conviver floresta e agronegócio? A resposta Mato Grosso fornece para gente. O histórico de ocupação de terras no país na expansão da fronteira agrícola se dá contra os interesses ambientais e dos pequenos proprietários. Por isso nosso projeto de concessões florestais enfrenta tanta resistência”, afirma o governador sobre a proposta de conceder entre 1 milhão e 1,5 milhão de hectares da floresta amazônica para uma empresa regularizar a extração madeireira.
Capiberibe ressalta que o projeto vai ajudar o Estado a gerar emprego e renda para a população. A área de concessão florestal do Amapá não será licitada toda de uma vez, mas sim ao longo de dez anos, em lotes de 100 mil hectares anuais. A empresa vencedora da licitação fará o plano de manejo e poderá explorar a região por um período de até 40 anos. Cada lote pode gerar uma receita de R$ 3,5 milhões anuais, chegando a R$ 35 milhões no décimo ano.
Os recursos, segundo o governador, serão distribuídos entre o Estado, municípios e um fundo de desenvolvimento florestal, para atender as comunidades atingidas. Em dez anos, deve gerar uma receita de R$ 192,5 milhões. Trata-se de um montante significativo para um Estado que, em 2013, teve receitas tributárias próprias estimadas em R$ 735,2 milhões dentro de um orçamento de R$ 4 bilhões, composto principalmente por transferências federais (R$ 3,2 bilhões).
Em novembro foi publicado um pré-edital de licitação. O documento definitivo deve ser lançado no fim de abril em meio a resistência de deputados estaduais que questionam a legalidade da Flota desde que o governo anunciou a proposta de concessões florestais. Aprovada de forma unânime em 2006, a lei que criou a floresta estadual quase foi revogada em fevereiro pela Assembleia Legislativa.
A votação de um projeto de revogação, de autoria do deputado Eider Pena (PSD), foi adiada por recomendação do Ministério Público. O parlamentar alega que há inconstitucionalidades no projeto. Diz, por exemplo, que seis mil pessoas podem ser expulsas da floresta com o início do manejo madeireiro. A diretora-presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Ana Euller, contesta os números apresentados pelo deputado.
“Estudos declaratórios mostram que há 400 famílias. E como moram lá desde antes da criação, vão ter o direito de ficar na floresta, conforme determina a própria lei”, afirma Ana, que vê motivações eleitorais na oposição dos parlamentares. “Ninguém se preocupou com os pequenos agricultores há oito anos quando a Flota foi criada. Questionam agora que temos recursos e planos de manejo e de regularização fundiária”, acrescenta. A floresta engloba uma área de quase três milhões de hectares. Passa por 10 dos 16 municípios amapaenses. 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Amazônia não vai mais virar savana, diz agora o IPCC

Essa era uma das principais previsões feitas no relatório anterior, de 2007
Fonte : ORM News 26 de março 2014
Há pelo menos uma boa notícia, se é que se pode dizer assim, no novo relatório do IPCC (o painel científico da ONU sobre mudanças climáticas): a Amazônia não corre mais o risco de virar uma savana até o final do século.
Essa era uma das principais previsões feitas no relatório anterior, de 2007, do IPCC. Na época, modelos climáticos apontavam que o aumento da temperatura e as mudanças climáticas levariam a uma nova configuração da vegetação em busca de um reequilíbrio com o clima diferente. Assim, em vez de permanecer como uma floresta densa chuvosa, a Amazônia responderia apresentando um menor porte, menor diversidade, menor biomassa — mais semelhante com o nosso cerrado. Isso acabou conhecido como savanização e foi um dos pontos de maior crítica ao IPCC.
Sete anos depois, e com mais estudos disponíveis, o cenário ficou menos pessimista. É o que se pode concluir de uma versão preliminar do relatório completo do grupo de trabalho 2 do IPCC (que fala sobre impactos, vulnerabilidade e adaptação) que vazou na internet nos últimos dias. O material será chancelado no final da semana em plenária do IPCC em Yokohama, no Japão. 

Um importante projeto que merece registro e divulgação


Pesquisadores vão mapear castanhais nativos e caracterizar sistemas de produção extrativista da castanha-do-brasil

Fonte: Ecodebate 15, 2014 
Castanheira nas redondezas de Marabá
Castanheira nas redondezas de Marabá. Foto: Wikipedia
Bela e imponente, a castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa) é uma das árvores-símbolo da Amazônia, e tem merecido atenção especial da pesquisa devido à sua importância social, ecológica e econômica. Com o objetivo de conhecer melhor diversos aspectos relacionados à castanheira e ao seu ambiente natural, um grupo de pesquisadores está iniciando um projeto audacioso, que pretende mapear e modelar a ocorrência de castanhais nativos da Amazônia brasileira, por meio de geotecnologias, e caracterizar as relações sociais e econômicas de sistemas de produção, a fim de contribuir para o fortalecimento da cadeia de valor da castanha-do-brasil.
O projeto conta com nome e apelido: Mapeamento de Castanhais Nativos e Caracterização Socioambiental e Econômica de Sistema de Produção de Castanha-do-Brasil na Amazônia ou, simplesmente, MapCast. O trabalho contempla atividades em seis Estados da região norte – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia – e em um do centro-oeste, o Mato Grosso. Atualmente não existe um mapa geral da ocorrência da castanheira na Amazônia brasileira e os estudos sobre a distribuição espacial dos castanhais podem ser cruciais para a definição de estratégias de manejo e conservação da espécie.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Despedida de Lúcio Flávio Pinto do Yahoo


Registro aqui a perda de mais um importante espaço dedicado a discussão da Amazônia em mídia nacional., através de um interlocutor local privilegiado pelo acúmulo do conhecimento do tema ao longo de toda a sua trajetória profissional coroada de êxitos e reconhecimento.
Trata-se do fim da coluna de artigos do Lúcio Flavio Pinto no sítio do Yahoo chamado de Cartas da Amazônia.
Talvez pelas atribulações diárias do seu dia a dia profissional, aliada a luta constante contra os processos judiciais que lhe tentam calar a voz, o se sítio próprio com a transcrição do seu "Jornal Pessoal" não é atualizada desde setembro do ano passado. Uma pena pois deixa seus leitores/admiradores de fora de Belém, onde o jornal é impresso, com poucas chances de acessarem seus interessantes textos, que sempre trazem uma visão diferenciada do senso comum das grandes mídias sobre a situação regional.
Transcrevo abaixo o último artigo do sítio do Yahoo:

Vai-se a flor, fica o perfume


Por  | Cartas da Amazônia – sáb, 29 de mar de 2014
Não só pelo total de 13 integrantes e cobertura territorial plena, a sucursal seria inovadora por outro elemento: ela teria direito a enviar matérias em texto final para São Paulo, que respeitaria esse conteúdo. A sede podia definir a forma de aproveitamento e corrigir eventuais erros de redação das matérias, mas não mudá-las.

DESMATAMENTO NA AMAZÔNIA: CRESCEU?


PAULO ARTAXO
Um dos grandes “sucessos” do país na área ambiental e de mudanças climáticas é o forte decréscimo no desmatamento da Amazônia, que caiu de 27.772 Km², em 2004, para 4.571 Km², em 2012. Recentemente, o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e o MMA (Ministério do Meio Ambiente) anunciaram que a taxa de desmatamento havia subido para 5.843 Km², em 2013 (agosto 2012 a julho 2013), um aumento de 28%. Importante lembrar que esse aumento recente é pequeno em área absoluta. Ou seja, 1.272 Km2 não é muito, principalmente se comparado à redução já realizada.
Um dado curioso é que se você pergunta a diferentes grupos quais políticas públicas foram responsáveis pela forte queda no desmatamento de 2004 a 2012, você terá as respostas mais díspares possíveis. O governo atribui a queda à maior fiscalização e maior controle ao financiamento bancário em áreas desmatadas. Algumas ONGs atribuem a questões de mercado (preços de commodities, por exemplo), ou mesmo a uma não necessidade de abertura de novas áreas à agricultura na Amazônia, com melhor aproveitamento das áreas já desmatadas. Quem está com a “verdade”? Provavelmente, a resposta correta é: a combinação linear de vários desses argumentos.

terça-feira, 25 de março de 2014

Homenagem a Armando Mendes


Retorno as postagens neste espaço com uma nota sobre alguém que me é muito caro, o Prof. Armando Mendes, que voltou para a casa do Pai em Junho de 2012 e hoje 25/03/2014 será homenageado no lançamento do Prêmio Celso Furtado de Desenvolvimento Regional Edição 2014 no Ministério da Integração Nacional - MI e no dia 31 de março no auditório do BNDES no Rio de Janeiro.
Abaixo a divulgação do sítio do MI e a programação do evento no DF.