terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A Vale, os miseráveis e a mídia, artigo de Rogério Almeida

Uma interessante observação do comportamento da mídia em relação a uma notícia que deveria ter destaque e como ele demosntra, foi preferível omitir ao invés de aproveitar a oportunidade para apresentar de maneira consistente sua ação atual, até porque a Vale realmente possui hoje (consequência da cobrança da sociedade e governos) uma política socioambiental razoável, com avanços significativos em relação a outras empresas do setor.   
Fonte: Portal Ecodebate 31/01/12
Rogério Almeida é professor da Universidade da Amazônia (UNAMA), Belém-PA e publica o blog FURO

Fiquei chafurdando na rede a procura de alguma matéria especial sobre o premio “Oscar da Vergonha” conferido a empresa Vale, no derradeiro dia 27, em Davos pela Publics Eye Awards, prêmio organizado anualmente pelas organizações internacionais Greenpeace, da e Declaração de Berna. A edição de domingo é considerada o filé mignon dos diários. Não encontrei nada nos grandes jornais, e menos ainda nos impressos locais.
Fiz o mesmo com as revistas, e a caça teve o mesmo desfecho. Na Veja havia uma nota em defesa da Vale, a base reside em cifra estratosférica que a mesma vai empenhar na área de meio ambiente. Com os meus botões fiquei a matutar sobre o silêncio nos principais meios de comunicação.
Indaguei: como pode nenhum veículo empenhar uma equipe para investigar as denúncias que os zés e marias ninguém realizaram em escala planetária sobre uma das principais empresas do planeta? A eleição da Vale como pior empresa do mundo agrupa inúmeros elementos considerados relevantes na teoria do jornalismo.

Licitação verde

Uma ótima iniciativa que está se espalhando com rapidez e gerando muitos benefícios para o meio ambiente. Com forte atuação do Ministério do Meio Ambiente, vem- se criando condições das instituições se tornarem social e ambientalmente melhores. Com a adesão a Agenda Ambiental da Administração Pública (A3P) as instituções das tres esferas de governo assumem um compromisso que é acompanhado/auditado e que incentiva, com a participação dos servidores e empregados das instituições,a adoção de boas práticas para essa questão
Fonte: Valor Econômico 24/01/2012
Dos copos de café aos cartuchos de impressora, setor público planeja dobrar volume de compras usando critérios ambientais. Por Sérgio Adeodato, para o Valor, de São Paulo
A estratégia de promover pregões eletrônicos para a compra compartilhada de produtos com critérios ambientais ganha escala na administração pública, levando o mercado a adaptar-se a novos padrões nas licitações. Após experiência pioneira no ano passado, um grupo com mais de dez instituições federais do Rio de Janeiro prepara atualmente um novo leilão on-line destinado à aquisição coletiva de no mínimo 48 itens - do papel reciclado aos cartuchos de impressoras e copos de cafezinho mais amigáveis ao meio ambiente. "O desafio é conciliar preço e qualidade, além de garantir o abastecimento e a abrangência na competitividade", diz Jorge Peçanha, da Fundação Oswaldo Cruz, que coordena o grupo.
"Queremos derrubar o mito de que o produto sustentável é necessariamente mais caro que o convencional", completa Renato Cader, um dos idealizadores do sistema compartilhado quando dirigia o setor de compras do Jardim Botânico do Rio. "Devido ao maior poder de compra do trabalho conjunto, o primeiro leilão gerou em média uma economia de 50% em relação aos preços identificados na pesquisa prévia de mercado", informa Cader. Ele hoje dirige a Agência Nacional do Cinema, membro de uma rede de 38 instituições públicas que se articulam para a adoção dos novos critérios nas licitações.

Dificuldades de atualização

Em processo de mudança, ainda não tenho telefone e internet instalada no novo apartamento, e continuo com dificuldades de manter atualizado o Amazonidade. Mesmo assim vou tentando e espero não ficar muito tempo sem postar.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Brasileiro indicado como secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB)

Alerta do Secretário, que é profundo conhecedor do assunto, considera os desafios a serem enfrentados em sua nova função na ONU.
Mais um reconhecimento para o Brasil que atualmente se destaca internacionalmente nas questões ambientais. Um incentivo a mais para que a sociedade continue cobrando e o governo responda de maneira mais eficiente em sua tarefa de conciliar o desenvolvimento econômico e social com a sustentabilidade.
Perda de recursos naturais é "vertiginosa" alerta Dias
Fonte Valor Econômico 23/01/12
Bráulio Ferreira de Souza Dias, atual secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente, inicia o trabalho como secretário-executivo da Convenção sobre Diversidade Biológica das Nações Unidas (CDB) com vários desafios pela frente - o maior, talvez, seja convencer a sociedade que o atual processo vertiginoso de perda de recursos naturais é tão desastroso para o mundo quanto a crise climática.
"Na área do clima, a ficha da sociedade já caiu. Na biodiversidade, a rota em que estamos levará a desastres ambientais enormes, mas é mais difícil de a população enxergar", diz o biólogo que, na sexta-feira, foi indicado para um dos postos internacionais de maior prestígio na área ambiental. "A crise climática se manifesta com um grande furacão ou uma grande tragédia como os deslizamentos de terra. Na biodiversidade, é mais silenciosa", falou Dias ao Valor, no dia em que soube ter sido indicado por Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU.

BB e BNDES terão que reduzir juros

Essa orientação vale para todos os bancos públicos federais, inclusive o nosso Banco da Amazonia, que anda trabalhando muito para melhorar seu desempenho e seu desembolso, que ainda estão abaixo do esperado, ainda mais considerando seu principal primo/irmão o Banco do Nordeste. Em um "Ano da Economia" devemos esperar mudanças e torcer para que elas funcionem e o Banco da Amazônia amplie sua atuação  na região e mantenha seu compromisso e engajamento no financiamento do desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Fonte: Valor Econômico 24/01/2012
Orientação da presidente Dilma Rousseff à equipe econômica é para que bancos públicos incentivem consumo e investimentos e reduzam as taxas, para que bancos privados também tenham que acompanhar esse movimento.
A presidente Dilma Rousseff quer que os bancos públicos federais funcionem como um dos principais indutores do crescimento neste ano.
O recado foi passado em reunião com a equipe econômica, quando a presidente aproveitou para ordenar que essas instituições se esforcem para ampliar o crédito tanto a pessoas físicas quanto empresas, segundo relataram fontes do Executivo à Reuters.
Dilma passou cinco dias, de quarta-feira a domingo, reunida com as principais áreas do governo e extraiu dos ministros o que será prioridade em 2012.
Ela pediu que todos apresentem nos próximos 15 dias relatórios detalhados com metas e planos de trabalho para os próximos meses, segundo revelou um assessor de um dos ministros que estava nas reuniões.
A presidente pediu que o Banco do Brasil, por exemplo, encontre formas de estimular ainda mais o consumo pessoal, por meio de novas linhas de crédito ou redução nas taxas de juros.

Após avanços, governo 'mudou de atitude' sobre Amazônia, diz 'NYT'


É até engraçada a visão e interpretação dos estrangeiros em relação ao que acontece no Brasil. Porém bastante parecida com as posições do centro sul em relação a Amazônia. Mas pelo menos os estrangeiros não integram nossa sociedade e podem ser desculpadados por eventuais erros de interpretação. E nós brasileiros? Através da grande mídia se apresenta uma situação que muitas vezes não condiz com a realidade dos fatos, e proporciona espaço muito desigual e parcial para um debate ambiental mais coerente que leve em conta as opiniões diversas. Apresentam algumas vezes, militâncias ambientalistas que parecem querer, ou propoem, o retorno da população da região para o estágio de caçadores coletores, em uma pós-modernidade cibernática é claro, mais ainda assim caçadores coletores.
Precisamos participar mais ativamente desses debates, defendendo de forma intransigente a natureza, o meio ambiente, nossas fauna, flora e minerais (é para ser repetitivo mesmo), em conjunto com a defesa do homem que nela habita e necessita dessa natureza e de seus recursos para desenvolver o meio e a sociedade.   
Abaixo um link direto para a notícia do NYT
http://www.nytimes.com/2012/01/25/world/americas/in-brazil-protection-of-amazon-rainforest-takes-a-step-back.html?_r=1&scp=3&sq=amazon&st=cse


Fonte: BBC Brasil 25 de janeiro, 2012
Jornal diz que Brasil avançou no combate ao desmatamento nos últimos anos
Uma reportagem publicada na edição desta quarta-feira pelo jornal americano New York Times afirma que o Brasil teve "grandes avanços" nos últimos anos no combate ao desmatamento da Amazônia, mas que recentemente há sinais de uma "mudança de atitude" do governo.
"Desde que a presidente Dilma Rousseff foi eleita presidente, no final de 2010, há sinais de uma mudança na atitude do governo em relação à Amazônia", diz a reportagem assinada pelo jornalista Alexei Barrionuevo.
O texto do New York Times – intitulado "No Brasil, temores de uma recaída na proteção da Amazônia" – cita como exemplo a medida provisória 558/12, que altera os limites de alguns parques nacionais na Amazônia.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Economia ‘verde’, novo disfarce do neoliberalismo

Uma crítica válida sobre a ação do PNUMA e seus projetos. Vale como uma interpretação de representante da sociedade com uma visão mais global da instituiução, que atua muito tempo com o tema e se esforça para conseguir produzir melhorias. Porém como toda instituição sofre com o viés de cada dirigente ou grupo de dirigentes. Dentro de uma realidade democrática a discussão é proveitosa e ajuda a alcançar a maturidade da ação.

Fonte: Ecodebate 23/01/2012

Em meio à mais grave crise da economia capitalista em escala mundial, a deterioração ambiental foi relegada a um segundo plano. É verdade que se diz alguma coisa sobre a perda da biodiversidade ou a mudança climática. Mas, de fato, o meio ambiente não é prioridade.
A reportagem é de Alejandro Nadal e está publicada no jornal mexicano La Jornada, 11-01-2012. A tradução é do Cepat.
Os termos do debate sobre a crise foram impostos pela direita e em sua tela do radar o problema ambiental sempre ocupou um lugar subsidiário. Por isso, não surpreende que agora que os centros de poder castigam com austeridade fiscal e promovem a destruição de qualquer vestígio do estado de bem-estar, o meio ambiente brilhe por sua ausência. E quando se pretende tratá-lo como tema prioritário, a realidade é que é apenas para manter o projeto neoliberal em escala global.
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) promove nos últimos três anos uma série de projetos que se enquadram no que vem chamando de Iniciativa de Economia Verde (IEV). Este projeto define uma economia verde como o resultado de melhorias no bem-estar humano e equidade social, ao mesmo tempo que se reduzem os riscos ambientais e a escassez ecológica. O Pnuma sustenta que o manejo eficiente dos recursos ambientais oferece oportunidades econômicas importantes. Finalmente, afirma que uma economia verde deve ser baixa no uso de combustíveis fósseis e socialmente includente.

Nos EUA, roubo de óleo de cozinha usado se torna comum

Enquanto no Brasil, muitos de nós ainda joga nosso óleo usado diretamente no esgoto, vemos a importância e o valor dado ao produto. Que serva de incentivo a nós para melhor destinarmos esse importante residuo e não o tratarmos ainda como rejeito.

Fonte: New York Times 16//01/2012

Empresas que coletam óleo e gordura de cozinha usados em restaurantes nos Estados Unidos começaram a adotar novos tipos de proteção nos últimos anos: investigadores particulares, câmeras de vigilância, alarmes contra roubo. Mesmo assim, recipientes cheios de óleo de cozinha usado estão sumindo.

Durante anos, os restaurantes tiveram que pagar essas empresas para retirar a gordura usada, que era então reutilizada principalmente para alimentar animais. Alguns restaurantes doavam a gordura para fãs de automóveis, que a reaproveitavam para produzir biodiesel.

Mas com a demanda por biocombustível em alta, o óleo de fritura agora faz parte de um mercado em ascensão, valendo cerca de US$ 0,40 o quilo, cerca de quatro vezes mais do que valia há 10 anos. Isso o torna um alvo tentador nestes tempos difíceis.

Cadeia produtiva da palma é estratégica para o Pará e receberá incentivos

A Palma, no caso local o dendê, é uma das culturas que tem sido identificada e trabalhada como prioritária para substituição de pastagens no esstado do Pará e fortemente incentivada a partir do "boom" do biodiesel pelas possibilidades de fortalecimento da economia das micro regiões onde está instalada. A matéria a seguir descreve as ações do Governo do Pará para conhecer as necessidades dod produtores e apresentar demandas sociais que possam ser assumidas por eles no entorno de suas atuações.                        Fonte: Agência Pará de Notícias 19/01/2012   
Um dos mais estratégicos setores para ajudar a mudar os inquietantes indicadores sociais do estado se reuniu nesta terça-feira (17) com secretários de governo, quando se estabeleceu uma agenda conjunta com as empresas, com objetivo de discutir propostas e ações de incentivo e fortalecimento à cadeia produtiva da palma (oleaginosa) conhecida por dendê, palmácea que fornece óleo com amplo uso industrial, da cozinha a combustíveis.
O encontro com dirigentes das 12 empresas do setor no Pará foi provocado pela Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Seicom) para conhecer e discutir as dificuldades da área, e apontar alternativas para esse importante setor também contribuir no enfrentamento dos baixos indicadores sociais, o que remete a agregação de valor à produção, o foco do governo estadual na área industrial.
Por isso, o titular da Seicom, David Leal, lembrou que “se não agregarmos valor aos nossos produtos, corremos o risco de ser eternamente um estado pobre e o momento histórico para repensarmos essa situação deve ser a partir de uma parceria entre governo e empresas”, provocou.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Independência pelos livros


Educação é fundamentalmente desenvolvimento, dessa forma vale apresentar essa matéria que discorre sobre a necessidade de nos envolvermos cada vez mais na busca da nossa excelência individual e coletiva, e assim construirmos uma Amazônia e um Brasil que represente de forma plena toda a riqueza de nosso povo e de nossa nação.

Fonte Correio Brasiliense 15/12/2012
O aumento da escolaridade é a maior arma de que o país pode dispor para se livrar do atraso que dificulta a caminhada rumo ao desenvolvimento. Cada ano a mais de ensino na formação de trabalhadores tende a elevar o crescimento econômico em até 7%.
» GABRIEL CAPRIOLI
A transformação social do Brasil nos últimos 10 anos, fruto da consolidação da estabilidade econômica, resultou na ascensão de mais de 40 milhões pessoas à classe média e em um mercado consumidor invejável.
Depois de mais de duas décadas de estagnação, hiperinflação e desemprego recorde, esse contingente de brasileiros pôde ir às compras, reformar a casa, botar o primeiro carro na garagem. Enfim, satisfazer necessidades relegadas por tanto tempo. Mas quando descontados todos os avanços, nada salta mais aos olhos do que o baixo nível educacional da nação que caminha, a passos largos, para se tornar a quinta potência do mundo até 2015.