http://www.amazonas.am.gov.br/noticia.php?cod=3534
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Amazônia e Desenvolvimento, Meio Ambiente, Território, População, Cultura e Sociedade
Josette Goulart, de São Paulo em 30/04/2010
Dez dias após o leilão, a corrida dos fornecedores mundiais de turbinas hidrelétricas já fez baixar os custos da usina
Japoneses, chineses, russos, franceses, alemães e até argentinos travam uma disputa pelo contrato de fornecimento dos equipamentos da usina de Belo Monte, estimado em cerca de R$ 6 bilhões. Dez dias após o leilão, a corrida dos fornecedores mundiais de turbinas hidrelétricas já fez baixar os custos da usina. Isso porque os asiáticos não querem perder essa oportunidade de entrar no mercado brasileiro, antes restrita aos europeus reunidos no consórcio da Alstom. A empresa tinha a preferência do consórcio derrotado no leilão da usina.
O presidente da Toshiba T&D do Brasil, Luís Carlos Borba, diz que apresentou uma proposta ao consórcio Norte Energia para o dia do leilão e depois fez nova oferta, com condições melhores. A empresa produz alguns equipamentos no país, como transformadores, mas o objetivo é fornecer as turbinas que fabrica no Japão e estrear no mercado brasileiro. Para isso conta com o JBIC, bando de fomento japonês, que está oferecendo 130% em crédito com prazo de 18 anos e juros de cerca de 4,12% ao ano. "Esse é custo padrão para o risco Brasil, mas poderá ser reduzido para Belo Monte", disse Borba. Os 130% de crédito significam que o banco financia 100% dos equipamentos a serem importados do Japão e ainda 30% dos que seriam produzidos pela Toshiba no Brasil.
A estatal russa Inter Rao Ues, associada à brasileira Energpower, quer fornecer os equipamentos e ainda se tornar sócia na usina. Os chineses jogam os preços ainda mais para baixo e também oferecem crédito, caso da Dongfang. A argentina Impsa, em parceria com a chinesa Harbin, aposta no investimento de R$ 250 milhões que está fazendo em uma fábrica que produziria parte das turbinas em Pernambuco, onde fica a sede da Chesf, uma das sócias da usina.
26/04/2010
Suelene Gusmão
Cada vez mais, o Brasil vem se apresentando como a grande potência ambiental da humanidade e um local onde a natureza não economizou em nada. O País é dono da maior biodiversidade do planeta, possui a maior floresta tropical do mundo, o maior rio em volume de água e dispõe também da maior quantidade de água doce. Somos donos de 11% de toda água doce disponível no mundo. E, para completar, temos ainda o Pantanal, considerado a maior planície de inundação.
Uma nova e recente descoberta vem ampliar ainda mais o poder brasileiro quando o assunto é disponibilidade de água. Trata-se do Aquífero Amazonas, um reservatório transfronteiriço de água subterrânea, que o Brasil divide com o Equador, Venezuela, Bolívia, Colômbia e Peru........
22/04/2010
O Serviço Florestal Brasileiro lançou nesta quinta-feira (22/4), o pré-edital de concessão para a Floresta Nacional do Amana, no Pará, com a publicação do extrato do documento no Diário Oficial da União. Serão disponibilizados 210 mil hectares para a extração de madeira de forma legal e sustentável. A área equivale a 1,3 vezes o município de São Paulo.
"A concessão florestal é o principal instrumento para desenvolver a economia de base florestal com a geração de renda e a manutenção da floresta em pé", afirma o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro, Antônio Carlos Hummel.
A concorrência pública para uso da área é aberta a empresas constituídas pelas leis brasileiras e faz parte das estratégias do Governo Federal para estimular o setor produtivo do ramo madeireiro na Amazônia, evitar a grilagem de terras e o desmatamento. Para dar chance a diversos empreendedores, os 210 mil hectares estão divididos em cinco unidades de diferentes tamanhos.
A área da Flona sob concessão abrange os municípios de Itaituba e Jacareacanga, no oeste do Pará, onde serão realizadas audiências públicas para debater o pré-edital nos dias 11 e 14 de maio, respectivamente.
Produção Sustentável - Estima-se que a produção de madeira, principal objeto da concorrência, chegue a 150 mil m³ por ano e gere uma arrecadação anual em torno de R$ 6,7 milhões. Este valor corresponde ao que o Governo recebe pelo uso da área com o pagamento pelo uso da madeira, e é distribuído entre a União, estado e municípios.
Na avaliação do Serviço Florestal Brasileiro, os benefícios socioeconômicos vão muito além do valor arrecadado pela União, gerando a circulação, nos municípios abrangidos pela Flona, de cerca R$ 50 milhões anuais nos setores industrial e de serviço associados à atividade florestal.
Estima-se ainda a criação de 1.700 empregos diretos e indiretos com a atividade de concessão.
Além da madeira em tora, os vencedores poderão retirar produtos não madeireiros -- látex, cascas, cipós, óleos, frutos e sementes -- e realizar atividades de turismo, ou seja, instalação de infraestrutura para hospedagem, esportes de aventura, e visitação e observação da natureza.
Para estimular o desenvolvimento local, 60% do total de pontos da licitação vêm da proposta técnica, formada por critérios como geração de empregos, processamento local da madeira e diversidade de espécies exploradas, o que reduz a pressão sobre poucas espécies de árvores.
Além destes indicadores, também estão previstos indicadores de bonificação que geram descontos nos valores a serem pagos pelo concessionário, vinculados ao alcance de padrões socioambientais de excelência. A proposta de preço corresponde a 40% do total de pontos da licitação.
Os recursos obtidos por ano com a concessão são repartidos entre todas as esferas de Governo. Uma parcela de até 30% é destinada ao monitoramento e controle das áreas licitadas. O restante, pelo menos 70%, é dividido entre o estado do Pará, municípios onde se localizam as áreas de manejo, ou seja, Itaituba e Jacareacanga, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - o gestor da Flona -, e Fundo Nacional de Desenvolvimento Florestal (FNDF), gerido pelo Serviço Florestal. Os recursos devem ser obrigatoriamente, aplicados em ações de conservação e uso sustentável das florestas.
A concessão na Flona do Amana será a primeira de uma série de outras previstas para a região de influência da BR-163 no biênio 2010/2011, o que contribuirá com os esforços de combate ao desmatamento e retomada de uma economia florestal baseada na legalidade e no uso sustentado da floresta.
Em 2006, para frear o desflorestamento, foi criado um conjunto de unidades de conservação na localidade, entre elas, a Flona do Amana. Com as concessões, abre-se a possibilidade de uso sustentável com geração de renda para a região.
Saiba mais
Concessão X Privatização
A concessão florestal é uma atividade diversa da privatização. Ao contrário da privatização, a titularidade da terra continua sendo da União durante e depois do período do contrato, de até 40 anos. O fato de o Governo manter a titularidade impede o concessionário de vender a área ou de a explorar segundo seus próprios critérios.
Manejo X Desmatamento
O manejo permite o uso da floresta e, ao mesmo tempo, sua conservação. No manejo, somente cinco árvores, em média, são retiradas por hectare a cada 30 anos. A quantidade de árvores extraídas é cerca de quatro vezes menor em comparação ao que a floresta perde com quedas por razões naturais. No desmatamento, toda a cobertura vegetal é suprimida e a floresta dificilmente tem possibilidade de se regenerar. O desmatamento promove ainda a perda contínua da fertilidade do solo, o que torna as áreas pobres para o plantio.
Com informações do Serviço Florestal Brasileiro
"Os canadenses formaram uma empresa junto com a maior cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada
O segundo ciclo de exploração de ouro em Serra Pelada, maior garimpo a céu aberto do mundo nos anos 80, está prestes a começar. A empresa canadense Colossus descobriu ali um veio de 50 toneladas de minério, sendo 33 toneladas de ouro, 6,7 de platina e 10,6 de paládio. Só o ouro vale R$ 2,28 bilhões.
Desta vez, a exploração será mecanizada. Os canadenses formaram uma empresa junto com a maior cooperativa de garimpeiros de Serra Pelada. A Colossus terá 75% do que for extraído e os garimpeiros, 25%. Curionópolis, cidade onde está a mina, espera o presidente Lula no dia 7 para a outorga da lavra. O Planalto ainda não confirmou a visita."
Valor online - Daniela Chiaretti, de Serra Pelada 26/04/2010
Matéria completa só para assinantes:http://www.valoronline.com.br/?impresso/brasil/89/6228029/serra-pelada-aguarda-o-segundo-ciclo-do-ouro